18/05/2005
Se juro parar de subir, alternativa são os prefixados
SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL
No horizonte de um ano devem preponderar as aplicações em renda fixa devido ao patamar elevado dos juros, dizem os analistas. Para Odair Abate, do Bank Boston, aplicações indexadas ao CDI, como os fundos DI, continuam atraentes e as prefixadas, como fundos de renda fixa, passarão a ser interessantes quando o BC der por encerrada a alta dos juros.
No curto prazo, Abate não vê oportunidade de ganhos em aplicações em ativos indexados ao câmbio. "Se nada de novo ocorrer - como uma piora no cenário externo-, o real continuará valorizado, pois os juros internos não vão despencar nem as contas externas devem piorar", diz Abate.
Num período mais longo, a balança comercial se ressentirá do dólar fraco, o juro interno começará a cair e o juro americano continuará subindo. "Pode haver, então, uma recuperação do dólar. Mas até o final do ano só chegará a R$ 2,70", diz
Para Carlos Henrique Mussolini, diretor do Itaú, "independentemente do cenário, as aplicações em renda fixa têm hoje um forte concorrente: os CDBs". Hoje essas aplicações disputam espaço com os fundos DI e de renda fixa, diz ele.
"Desde a criação da conta investimento os CDBs ficaram competitivos. Antes, a cada renovação trimestral da aplicação o investidor pagava uma CPMF. Agora, o investidor resgata a aplicação e o dinheiro circula pela conta investimento e volta para o CDB sem CPMF", diz Mussolini.
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