Folha Online 
Dinheiro

Em cima da hora

Brasil

Mundo

Dinheiro

Cotidiano

Esporte

Ilustrada

Informática

Ciência

Educação

Galeria

Manchetes

Especiais

Erramos

BUSCA


CANAIS

Ambiente

Bate-papo

Blogs

Equilíbrio

Folhainvest em Ação

FolhaNews

Fovest

Horóscopo

Novelas

Pensata

Turismo

SERVIÇOS

Arquivos Folha

Assine Folha

Classificados

Fale com a gente

FolhaShop

Loterias

Sobre o site

Tempo

JORNAIS E REVISTAS

Folha de S.Paulo

Revista da Folha

Guia da Folha

Agora SP

Alô Negócios

Folhainvest Ranking de fundos
18/05/2005

RANKING: Fundo de ações ativo rende mais que juros

Com juro real na casa dos 13% ao ano, poucos gestores conseguem superar o CDI (Certificado de Depósito Interbancário)

MARIA CRISTINA FRIAS
DA REPORTAGEM LOCAL

"O nosso competidor mais feroz é o CDI", diz Inácio Ponchet, gestor dos fundos do Credit Suisse First Boston (CSFB) que alcançaram o primeiro lugar em rentabilidade, no primeiro trimestre, em duas das faixas do Ranking Labfin/USP. Essa opinião é compartilhada por muitos gestores do mercado de ações.

Para esses analistas, a competição com juros reais altos, em torno de 13% ao ano, é quase desleal, dada a dificuldade de encontrar papéis de empresas que paguem mais que a renda fixa e ainda um prêmio pelo risco ser maior.

Com um olho naquela rentabilidade irresistível e de baixo risco, e com outro nas incertezas que vêm do mercado externo, o investidor em ações amarga a queda de 7% da Bolsa no acumulado do ano.

Para Ponchet, o investidor não deve focar no Ibovespa, e, sim, buscar fundos com gestão ativa, que selecionem as melhores oportunidades, em vez de replicar passivamente a carteira teórica do principal índice da Bolsa. Os primeiros do ranking têm esse perfil.

O ano de 2005 está sendo um ano mais difícil que foi 2004. O primeiro trimestre foi marcado por muita volatilidade- um sobe-e-desce que acabou em alta de apenas 1,58%, com o Ibovespa na casa dos 26 mil pontos, como no início de janeiro.

O investidor tem dúvidas já antigas: como ficarão o crescimento global, as taxas de juros e a inflação nos EUA, a desvalorização do dólar, os problemas da GM e Ford [cujos papéis foram rebaixados por agências de risco de crédito].

Por último, veio o temor de quebra de "hedge funds" globais, os fundos mais agressivos. Houve redução do apetite a risco e de investimentos. Gestores não esperam ruptura tão grande, nem vislumbram uma forte alta.

Cenário doméstico

Se não faltam inimigos no "front" externo, o cenário doméstico também não ajuda. A inflação mostrou-se muito mais rígida e o movimento de alta dos juros, bem mais longo do que se esperava. Quando os juros sobem, a atratividade da Bolsa cai.

Pelo bom resultado de empresas abertas neste ano, seria fácil chegar aos 30 mil pontos em dezembro, afirma Walter Mendes, do Banco Itaú. "Mas é difícil definir até quando vai a incerteza."

Com tanta indefinição, que para alguns gestores deve perdurar até o segundo semestre, e para outros, se estender por mais um ano, seria melhor sair ou adiar o investimento em Bolsa?

Para Walter Mundell, da Sul América Investimentos, a reposta é sim. "Com a economia mundial crescendo menos, a inflação em alta nos EUA, China, Eurozona e mercados emergentes -o que permite prever taxas de juros mais altas- as perspectivas para a Bolsa não devem ser boas".

Que riscos corre quem sair da Bolsa agora? Para Mundell, em 2006, a economia mundial não vai crescer mais do que este ano, os juros não estarão na média mais baixos, e a lucratividade das empresas provavelmente não será maior. "A Bolsa pode subir, mas, racionalmente, não há razão para ficar aplicado."

O risco de ficar fora é perder o momento da alta, dizem gestores. "Quem sai ou espera para investir, poderá só ter certeza [da melhora do cenário] quando a Bolsa já estiver em cerca de 26 mil pontos. E aí terá perdido uma valorização de 8%, ou mais, quase a metade do CDI no ano. Esse é o charme da coisa", rebate Ponchet.

Dois destaques do ranking já ultrapassaram esse saboroso percentual, apesar das trovoadas no mercado, de março para cá. São fundos com papéis do setor financeiro, HSBC Ações Banking e Safra Setorial Bancos, que já acumulam no ano, até o dia 10 de maio, rentabilidade de 12,86% e 9,97% respectivamente.

"O setor pode não ter muito espaço para subir, mas o desempenho dos bancos vem surpreendendo e isso pode continuar" , diz Valmir Celestino, do Safra. Lúcio Graccho, do HSBC, afirma que "o segmento ainda vai se beneficiar do crescimento de crédito, com taxas de juros ainda altas".


     

Assine a Folha

Classificados Folha

CURSOS ON-LINE

Aprenda Inglês

Aprenda Alemão


Copyright Folha de S. Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).