18/05/2005

Aplicações de valores menores têm taxas altas

MARIA CRISTINA FRIAS
DA REPORTAGEM LOCAL

O pequeno investidor, ou aquele que não quer arriscar muito dinheiro em ações, encontra, entre os classificados no ranking, fundos que aceitam pequenas quantias de aporte inicial. Essa facilidade tem seu preço. As taxas de administração cobradas por esses fundos são altas, em torno de 4% ao ano.

É o caso do BRB Ações, do Banco de Brasília, cuja aplicação mínima é de apenas R$ 100. "É um fundo de gestão mais ativa em relação ao mercado", explica o gestor Jorge Wilson de Aguiar. Privilegia ações de empresas com bons resultados e perspectivas.

O fundo reduziu a forte posição que tinha em mineração e siderurgia, e pulverizou mais a carteira. Cerca de 11% estão em papéis de bancos, que alcançaram boa valorização. Ações do Bradesco, por exemplo, subiram cerca de 23% no acumulado do ano.

Os clientes do fundo se dispõem a fazer investimento com um pouco mais de risco, diz Aguiar. "Mas o volume aplicado nesse fundo corresponde só a 1% dos recursos que administramos. O brasileiro não tem uma cultura para o mercado acionário."

Por essa razão, Nelson Rocha Augusto, presidente da BBDTVM, lembra que fundos de ações são para investidores com perfil de longo prazo. Segundo colocado entre os mais rentáveis no primeiro trimestre, na categoria, o BB Fundo de Ações, do Banco do Brasil, segue o índice IBX- 50, e exige aporte mínimo de R$ 200, além de também cobrar taxa de 4%.

Com as mesmas condições para valor aplicado e taxa, O FIA Santander Ações distingue-se por ser um fundo ativo que busca ganhar do Ibovespa. A carteira está alocada em ações de Telemar ON, Petrobrás, Embratel, Embraer e do setor de papel e celulose.