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18/05/2005

SUSTENTABILIDADE: Bovespa prepara novo índice para "empresas modelo"

Indicador será lançado neste ano e vai selecionar papéis de companhias que têm responsabilidade social

LUCIANO MARTINS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

FRASE
"A maioria dos analistas de investimentos já leva em conta não apenas as questões financeiras mas também os chamados aspectos intangíveis, e as empresas que ficarem de fora poderão ter dificuldade de acesso a capital via Bolsa de Valores"
MÁRIO MONZON
coordenador-adjunto do Centro de Estudos em Sustentabilidade
O Índice de Sustentabilidade Empresarial, que será lançado ainda neste ano pela Bovespa, é esperado pelo mercado como a principal referência para a seleção de papéis de primeira linha. Serão avaliadas ações de até 40 empresas comprometidas com políticas socioambientais corretas e saúde financeira comprovada.

O indicador está sendo elaborado por um conselho deliberativo composto por nove instituições, entre elas a International Finance Corporation (IFC), subsidiária do Banco Mundial.

O modelo de análise foi preparado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade (CES) da Fundação Getúlio Vargas e consta de um questionário com cinco blocos de quesitos sobre responsabilidade social e ambiental, governança corporativa, saúde econômica e financeira e quesitos gerais como a publicação periódica de balanço de sustentabilidade e adesão a compromissos reais com instituições ou acordos globais pela sustentabilidade.

A metodologia deverá permitir, segundo o coordenador-adjunto do CES, Mário Monzon, que seja analisado como a empresa trata os acionistas minoritários, o grau de transparência de sua gestão e a efetividade de suas prestações de contas.

Das cerca de 400 empresas cujas ações constituem o mercado de capitais brasileiro, entre 130 e 140 serão submetidas à análise, pelo critério de liquidez de suas ações, e as 40 mais qualificadas irão compor o Índice de Sustentabilidade Empresarial.

Não haverá exclusão a priori de setores da economia; todos serão analisados dentro do questionário e empresas que trabalham com produtos polêmicos terão que ser melhores em todos os quesitos, o que deve estimular melhores práticas em setores que, por sua natureza, apresentam relacionamento problemático com a comunidade ou o ambiente.

Monzon observa que empresas cuja gestão é voltada para a sustentabilidade tendem no longo prazo a mostrar indicadores econômicos melhores, por sua capacidade de atrair e reter talentos, pela diminuição do custo de capital e acesso a fontes privilegiadas de financiamento, por menores riscos de acidente ambientais e de conflitos com a comunidade e pela redução dos seguros que precisa contratar.

"A maioria dos analistas de investimentos já leva em conta não apenas as questões financeiras, mas também os chamados aspectos intangíveis, e as empresas que ficarem de fora poderão ter dificuldade de acesso a capital via bolsa de valores", observa.

Integração

Desde a sanção da nova Lei das Sociedades Anônimas, em 31 de outubro de 2001, que assegurou eqüidade de remuneração aos minoritários, com a conseqüente criação dos níveis diferenciados de governança corporativa e o surgimento de novas instituições que dão poder regulatório aos investidores, o país se integra rapidamente ao ambiente global de negócios. "As empresas nacionais já podem se apresentar como alternativas mais confiáveis ao capital internacional, afirma o analista André Querne, gestor de renda variável da Máxima Asset Management.

"Melhorou a qualidade e a variedade das empresas listadas na Bolsa, o empresário tem que estar sempre mostrando resultado e transparência e o controlador já vê o mercado como parceiro", observa Querne.

A melhoria de qualidade nas relações torna o mercado mais confiável, reduzem-se os riscos de fora dos fundamentos, fatores que não dizem respeito diretamente ao desempenho dos empreendimentos, e os papéis se valorizam dentro da lógica de negócios, acrescenta.

O cenário de crescimento da economia também estimula as empresas a ver a Bolsa como fonte de capitalização, diz o analista, e isso explica a maior freqüência de emissões, que movimentaram o mercado no ano passado. Foram feitas doze ofertas públicas iniciais e de aumento de capital.

"Com as contas do governo mais ajustadas e muitas empresas com qualidade de gestão dificilmente encontrada em outros países, o mercado internacional olha hoje o Brasil com menos desconfiança", diz.

     

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