18/05/2005
Cresce a presença de gestores independentes
SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL
O ranking de fundos do primeiro trimestre mostra uma maior presença das administradoras de recursos independentes de bancos. Dos 140 fundos selecionados pelo Labfin (Laboratório de Finanças) da USP, 40 são de empresas de asset management.
Segundo André Oda, supervisor do Guia de Fundos do Labfin, o que explica a diferença dos resultados dos fundos das assets são as taxas de administração cobradas por elas, bem menores que as dos bancos. "Nos grandes bancos, as taxas vão de 3,5% ao ano a 4,5% ao ano, principalmente nos fundos que aceitam volumes menores de aplicação", diz Oda. Nas assets, as taxas variam de 0,3% a 2%.
As taxas de administração corroem o ganho do investidor, pois são descontadas da rentabilidade bruta do fundo ao longo do ano. Quanto mais alta a taxa, menor o rendimento líquido embolsado pelo cotista.
Outro fator que levou as assets a terem destaque no ranking é que elas adotam políticas mais agressivas de investimentos. "Elas assumem mais riscos e dificilmente estão em fundos conservadores como DI e renda fixa", diz Edinardo Figueiredo, superintendente de produtos de investimentos do banco Real.
É nos fundos multimercados que os gestores independentes mais se destacam. "Esses fundos têm um patrimônio líquido menor e conseguem operar em mercados de baixa liquidez como os de commodities agrícolas, ações de segunda e terceira linhas, por exemplo", diz Oda. Já os grandes bancos, que operam com volumes muito grandes de recursos, têm mais dificuldades para fazer esse tipo de alocação.
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