Folha Online 
Dinheiro

Em cima da hora

Brasil

Mundo

Dinheiro

Cotidiano

Esporte

Ilustrada

Informática

Ciência

Educação

Galeria

Manchetes

Especiais

Erramos

BUSCA


CANAIS

Ambiente

Bate-papo

Blogs

Equilíbrio

Folhainvest em Ação

FolhaNews

Fovest

Horóscopo

Novelas

Pensata

Turismo

SERVIÇOS

Arquivos Folha

Assine Folha

Classificados

Fale com a gente

FolhaShop

Loterias

Sobre o site

Tempo

JORNAIS E REVISTAS

Folha de S.Paulo

Revista da Folha

Guia da Folha

Agora SP

Alô Negócios

Folhainvest Ranking de fundos
18/05/2005

RANKING: Dólar em baixa derruba fundos cambiais

Proteção do investidor em tempos de instabilidade, fundos que acompanham moeda americana perdem atrativo

JULIANA GARÇON
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Badalados em tempos de turbulência, os fundos cambiais perderam charme e participação no bolo dos investimentos com a trajetória descendente do dólar e a ausência de surpresas na condução da política econômica pelo governo. Na média, tiveram desempenho melhor do que no primeiro trimestre do ano passado, mas os ganhos chegaram a, no máximo, 1,22%, conforme o estudo do Labfin para a Folha.

Esses fundos visam seguir os movimentos do dólar e, por isso, são recomendados para quem tem compromissos -dívidas a pagar, viagens programadas ou valores a receber- em moeda estrangeira.

"Para manter a adesão à variação do dólar, usamos contratos de dólar futuro. E os recursos à vista vão para papéis públicos", explica Aymar Almeida, superintendente de renda fixa do BankBoston Asset Management. "Estamos sempre comprados em dólar, mesmo com a moeda norte-americana apontando para baixo. Não fazemos posições de acordo com nossas convicções sobre a cotação."

Luciano Jimenez, gestor de fundos do BNP Paribas, conta que sua carteira concentra contratos de dólar futuro com vencimento no prazo mais curto possível. Esses contratos refletem a oscilação da moeda americana no mercado à vista e minimizam a exposição às movimentações da taxa de juros. "Esses derivativos têm taxa de juros embutida. Quanto mais alta for a taxa, mais caro o dólar futuro. Se a taxa cai, ele fica mais barato", explica Jimenez.

Sem alavancagem

Carlos Otero, diretor de renda fixa da Bradesco Asset Management, conta que manteve o resultado positivo no fundo cambial graças à combinação de operações com cupom cambial (taxa de juros paga pelo governo nos títulos públicos indexados ao dólar), "swap" e dólar futuro. "Swap" é operação feita na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) para troca de indexador de um título.

"A alteração nos valores do cupom não alteram os resultados. Somos muito conservadores e mantemos a adesão à oscilação do câmbio. Fica difícil recomendar para outros clientes", diz Érico Crapelo, superintendente de renda fixa do Itaú, para quem a moeda norte-americana continua apontando para baixo.

Aplicações em euro tampouco estão empolgando os gestores. "Não vale a pena para quem pode investir em juros do governo", avalia Carlos Otero, do Bradesco Asset Management, que não recomenda tentativas de arbitrar dólar contra euro. "É muito técnico, difícil para ganhar dinheiro."

Os fundos cambiais não podem usar alavancagem (fazer operações em valores superiores ao seu patrimônio) e, portanto, a perda máxima possível, que aconteceria caso o valor do dólar fosse a zero, equivale ao patrimônio aplicado. Se o câmbio se mantém estável, o fundo fica parado. Se sobe mais que o previsto, o investidor ganha. Se cair, ele perde.

Para balancear os resultados, alguns trabalham com uma "banda" para a parcela de capital "comprado em dólar", de 95% a 100%. Se acredita que a cotação da moeda norte-americana se valorizará, o gestor compra 100%. Caso contrário, aporta volume menor.

Fatia menor

Em março último, os cambiais respondiam por apenas 0,6% do patrimônio geral dos fundos, montante equivalente a R$ 627.587,71 milhões, conforme a Anbid (Associação Nacional de Bancos de Investimento). A parcela desse tipo de fundo atingiu o ápice em 2001 -em dezembro daquele ano, a modalidade concentrava 2,12% dos recursos investidos em fundos, o que representava patrimônio líquido de R$ 534.745,21 milhões.

"No Brasil, todo mundo é comprador [de dólar] de alta e vendedor de baixa. Se a moeda dispara, todo mundo quer comprar -ao contrário do que seria recomendável-, em vez de fazer aquisições nas quedas, porque acha que o dólar não parará de subir", comenta o consultor Emílio Garófalo. "Em 2002, quando chegou a R$ 3,80, todos queriam comprar."

O cenário eleitoral do ano que vem não deve repetir o ambiente de incerteza que acelerou a moeda norte-americana em 2002. Não se espera uma reversão do quadro atual, segundo os gestores, porque não há no horizonte nenhum candidato forte cujas propostas confrontem a atual política econômica. "Hoje não há um grande candidato que ameace o "modus operandi" do mercado", aponta Jimenez, do BNP Paribas. "A preocupação sempre foi com vitória de Lula, mas como esse receio não existe mais, não deverá haver grandes oscilações", conclui Garófalo.


     

Assine a Folha

Classificados Folha

CURSOS ON-LINE

Aprenda Inglês

Aprenda Alemão


Copyright Folha de S. Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).