Folha Online 
Dinheiro

Em cima da hora

Brasil

Mundo

Dinheiro

Cotidiano

Esporte

Ilustrada

Informática

Ciência

Educação

Galeria

Manchetes

Especiais

Erramos

BUSCA


CANAIS

Ambiente

Bate-papo

Blogs

Equilíbrio

Folhainvest em Ação

FolhaNews

Fovest

Horóscopo

Novelas

Pensata

Turismo

SERVIÇOS

Arquivos Folha

Assine Folha

Classificados

Fale com a gente

FolhaShop

Loterias

Sobre o site

Tempo

JORNAIS E REVISTAS

Folha de S.Paulo

Revista da Folha

Guia da Folha

Agora SP

Alô Negócios

Top of Mind
18/10/2005

Finanças - 2005: Aposta na Igualdade

No ano em que criou um plano de saúde votlado ao público homossexual, Unimed registra a melhor performance do ano

RACHEL CARDOSO
da Folha de S.Paulo

Campanha da Unimed
Campanha da Unimed
Apesar do impulso da chamada economia solidária, com empresas criadas por associação, sistema que constitui a Unimed do Brasil (congregação de 376 cooperativas de saúde), o mérito pelo melhor desempenho entre todas as categorias analisadas pelo Top of Mind 2005 é creditado a uma profunda reforma na comunicação institucional.

Com 38% das menções em plano de saúde, a marca mantém a liderança. Neste ano, porém, deu um salto de oito pontos percentuais, deixando para trás a segunda colocada, Amil, com 6%. Essa evolução se destaca no ranking de finanças, que permanece praticamente idêntico ao registrado no ano passado.

É o caso do Banco do Brasil, líder entre os bancos, que oscilou positivamente dois pontos (38%). O mesmo ocorre com Visa em cartão de crédito (30%). A Caixa Econômica Federal também se mantém no topo, em poupança, oscilando positivamente um ponto (29%). O Bradesco, vice-líder em banco e campeão em seguro, perdeu participação nas duas categorias. As oscilações negativas foram de três pontos e quatro pontos, respectivamente.

Plano de saúde


A Unimed colhe em 2005 os frutos de um trabalho iniciado há quatro anos. Trata-se de um conjunto de iniciativas implementadas em todas as unidades, apesar de cada uma delas manter sua autonomia. "O primeiro passo foi padronizar a linguagem e tornar a marca única", diz o diretor de marketing da Unimed do Brasil, Almir Gentil.

Campanha do Banco do Brasil
Campanha do Banco do Brasil
Com esse objetivo, a empresa criou um núcleo de trabalho para atender a pequenas unidades. Dessa forma, conseguiu eliminar falhas no uso da imagem da rede, formada por 12 milhões de clientes, 70 mil empresas contratadas e 98 mil médicos cooperados. As grandes cooperadas como a Unimed Rio e a Unimed Paulistana (que assumiu a clientela da extinta Unimed São Paulo e hoje é a maior do país) têm as próprias agências. A F/Nazca atende o conglomerado Unimed do Brasil.

Em 2005, a Unimed Blumenau criou um plano de saúde para a família que atendia ao público homossexual. O fato mereceu campanha regional de peso com direito a iniciativas em todas as mídias de Santa Catarina. Aliás, o Sul é a região onde a Unimed é mais citada, com 51%.

É forte também no Norte e no Centro-Oeste, com 46%. Na seqüência estão Sudeste e Nordeste, com 37% e 31%, respectivamente. Há equilíbrio entre homens e mulheres. Outro destaque da marca, com 26% de participação no mercado, é a política de responsabilidade social. "Vivemos a era da consciência, e a percepção do consumidor na hora de escolher produtos e serviços é cada vez maior nesse sentido", afirma Gentil.

Assim, as ações coordenadas com o Instituto Ethos saltaram de 60 para 1.000. Projetos que englobam educação e saúde também contribuíram.

Banco

O item registrou novamente o maior índice de lembrança: 99% dos entrevistados são capazes de nomear alguma instituição financeira. A categoria ganha de outras igualmente populares, como cerveja (96%) e supermercado (93%).

Na avaliação do diretor de marketing do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, a capacidade de alcance do setor também contribui para fixar marcas. "O fato de estar presente na maioria dos municípios ajuda a ampliar a liderança no Top of Mind", diz.

O Banco do Brasil tem 3.600 agências, 12 mil pontos de atendimento e 25 milhões de clientes. Com investimento maciço em marketing institucional, também conta com o fato de ser uma marca do governo federal. Somente neste ano serão investidos R$ 33 milhões em esporte e R$ 40 milhões em cultura. "Cerca de 200 mil pessoas participam desses eventos", afirma Caffarelli.

Segundo o diretor, o desafio agora é modernizar a marca e oferecer serviços pautados pela evolução da tecnologia. O objetivo é adotar uma posição mais agressiva frente aos diversos segmentos atendidos pelo banco. Pela forte atuação no meio rural, o BB tem alto percentual de lembrança no interior (45%). A marca também é puxada para o topo pela classe de baixa renda (40%).

Caffarelli aponta como destaque deste ano a campanha publicitária "Valores", que ressalta a questão da ética, assinada pela D+ Brasil, umas das três agências da instituição. Mantém ainda a Ogilvy, com verba anual de marketing de R$ 140 milhões.

O BB ampliou a distância do rival Bradesco no ranking deste ano. Enquanto ele passou de 36% para 38%, o Bradesco foi de 26% para 23%. O Itaú se mantém na terceira posição com 13%. O BB é mais forte no Nordeste e no Norte/Centro-Oeste, com 56% e 44%, respectivamente. Já o Bradesco se destaca no Sudeste (29%) e é mais lembrado em regiões metropolitanas (30%).

Cartão de crédito

Sem muito alarde, a Visa começa um longo trabalho de mudança de arquitetura da marca. A campeã na categoria cartão de crédito com 30% das indicações quer ser lembrada também como uma administradora de meios de pagamento eletrônico, uma evolução natural dos negócios.

Com investimento intenso em marketing, numa verba não revelada pela vice-presidente da área, Andréa Cordeiro, o desafio pode ser superado. Iniciativas como o portal Finanças Práticas dão a tônica da estratégia da empresa. Trata-se de um guia completo sobre finanças pessoais que permite aos usuários administrarem seu dinheiro.

Campanha da Visa
Campanha da Visa
Mas o cardápio é mais extenso. A Visa marcou presença nos principais campeonatos de futebol -patrocina a Taça Libertadores da América, a Copa Sul-Americana e a Copa do Brasil. É patrocinadora oficial da Olimpíada e da Paraolimpíada. Pela primeira vez apoiou o Comitê Paraolímpico Brasileiro, que conquistou medalha mundial neste ano. Isso sem contar promoções e ações culturais casadas, como as feitas com a rede Cinemark, com o propósito de incentivar o uso dos cartões de débito em conta.

Na avaliação de Cordeiro, esse pilar forte no entretenimento ajuda muito a fixar a bandeira na cabeça do consumidor. A Visa foi mais citada nas regiões Sul, Norte/ Centro-Oeste (ambas com 35%) e Sudeste (31%), e nas regiões metropolitanas, com 32% das menções. A lembrança é maior entre homens neste ano, com 32%, contra 29% das mulheres.

Depois da Visa, as marcas mais lembradas na pesquisa são Credicard (15%) e Mastercard (12%). As duas estão empatadas dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. No desempate, que considera a segunda pergunta feita pelo Datafolha ("De quais outras marcas você se lembra?"), a Mastercard registra o melhor resultado, com 29% das respostas, contra 25% da Credicard, e fica com a segunda posição no ranking.

Com a publicidade sob a coordenação da agência Leo Burnet, a Visa cresce em média 30% ao ano. No Brasil, possui mais de 116 milhões de cartões emitidos, sendo 28,5 milhões deles de crédito e 87,5 milhões de débito. Em 2004, seu volume de transações alcançou a cifra de R$ 72 bilhões.

Campanha da Caixa
Campanha da Caixa
Poupança

A campanha da Caixa Econômica Federal, assinada pela agência Fisher, para incentivar o brasileiro a poupar, deu tão certo que se repete há três anos consecutivos. Líder novamente na categoria (29%), a CEF também ampliou a distância do rival Bradesco. Na segunda posição, o maior banco privado do país oscilou de 16% para 15% neste ano. O Banco do Brasil aparece aqui com 7%, e o Itaú, com 4%.

A receita da Caixa Econômica Federal é a educação financeira. "A intenção é dar continuidade ao trabalho nessa linha, com foco no público infanto-juvenil", diz o gerente de comunicação Edson Massao Kikuchi. "A influência da criança sobre o público adulto é mais forte que o contrário."

Ainda neste ano deve estrear a terceira edição da campanha que tem a Turma da Força X como protagonista.

No primeiro ano a idéia aplicada foi o combate ao desperdício de modo geral, como água e energia. Em 2004, adotou-se o mote "poupe o que você não desperdiçou". Neste ano, será abordada a necessidade de poupar para realizar um sonho.

Mais do que às iniciativas didáticas, o superintendente nacional de produtos e serviços da CEF, Roberto Derziêr, credita o sucesso da marca à segurança que a instituição busca passar, principalmente por sua tradição no investimento de baixo risco e no financiamento da casa própria. "São nossos carros-chefe", diz o executivo.

A facilidade de movimentação da poupança entre a população de baixa renda também é apontada como fator de fixação da marca, além da distribuição das agências: está presente em mais de 5.000 municípios. A participação da Caixa Econômica Federal saltou de 27,3% em dezembro de 2000 para 31,65% em agosto deste ano. São 28 milhões de clientes e um saldo de R$ 51 bilhões.

Seguro

Com 8% das citações, o Bradesco mantém a liderança mesmo tendo registrado queda de quatro pontos neste ano. No mesmo período, o índice de não-lembrança de marca na categoria seguro oscilou positivamente um ponto, para 63%.

"Faltou exposição na mídia", avalia o diretor de marketing da Bradesco Seguros e Previdências, Luiz Carlos Nabuco.

Outro fator apontado pelo executivo para o resultado é o desconhecimento. "A maioria das pessoas não sabe que existem coberturas, além daquelas voltadas para carros, que cabem no bolso", afirma.

Os demais citados pela pesquisa Top of Mind mantiveram as mesmas posições e percentuais do ano passado: Itaú (4%), Porto Seguro (4%), SulAmérica (3%) e Banco do Brasil (2%).

A Bradesco Seguros continua com mais expressão em capitais e regiões metropolitanas (11%), no Sudeste, no Nordeste e no Norte/ Centro-Oeste (todas com 9%) e entre consumidores com idade entre 25 e 44 anos (10%).

Na avaliação de Nabuco, a força do marketing na área está mesmo nos corretores. "Organizamos ações específicas para esse time", afirma. As campanhas são divididas por concorrência entre Neogama e ArtPlan.

Em 2004, o desempenho do Grupo Bradesco de Seguros, líder no mercado segurador nacional, resultou na receita de R$ 15,389 bilhões, nos segmentos de seguro, capitalização e previdência complementar aberta, representando crescimento de 17,37% em relação ao ano anterior -superior aos 16,6% registrados pelo mercado do país. Com esse faturamento, o grupo encerrou 2004 com 25,7% do mercado.

     

Assine a Folha

Classificados Folha

CURSOS ON-LINE

Aprenda Inglês

Aprenda Alemão


Copyright Folha de S. Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).