Esporte
Copa
22/03/2006

História

ANDRÉ LUÍS NERY
da Folha Online

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1950 - Brasil

Classificação

Uruguai
Brasil
Suécia
Espanha

Artilheiros

9 gols - Ademir Menezes (BRA/atacante)
5 gols - Oscar Míguez (URU/atacante)
5 gols - Estanislao Basora (ESP/atacante)

Veja todos os jogos

Folha Imagem

Friaça chuta para marcar o gol do Brasil contra o Uruguai no jogo decisivo da Copa

A quarta edição ocorreu em 1950, no Brasil, e contou com a presença de 13 seleções. Seriam 16, mas, na última hora, três países desistiram de participar do Mundial. Como os grupos já haviam sido definidos, a Chave 3 contou com apenas três equipes, e a 4, com dois. O primeiro colocado de cada grupo avançava para o quadrangular final.

A Copa-1950 teve algumas ausências importantes, pois a Europa ainda estava se reconstruindo da 2ª Guerra Mundial. A Alemanha foi proibida de participar e a seleção italiana, além de marcada pela guerra, sofreu um grande desfalque devido ao acidente aéreo com o time do Torino, base da seleção. Em 1950, foi disputada pela primeira vez a taça "Jules Rimet".

Para a realização do Mundial, o Brasil construiu, no Rio de Janeiro, aquele que por muito tempo seria o maior estádio de futebol de todo o mundo, o Maracanã. Também foram disputadas partidas em São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e Recife.

Na estréia, o Brasil venceu o México por 4 a 0. Depois, empatou em 2 a 2 com a Suíça, resultado deixou a equipe na obrigação de vencer a Iugoslávia na última partida. Para alívio da torcida, a seleção venceu os iugoslavos por 2 a 0 e garantiu a vaga na fase final. Os demais classificados foram a Espanha, a Suécia e o Uruguai.

No primeiro jogo do quadrangular, o Brasil goleou a Suécia por 7 a 1, até hoje a maior goleada do futebol brasileiro em Copas. Na outra partida, o Uruguai não passou de um empate em 2 a 2 com a Espanha. Na partida seguinte contra a Espanha, o Brasil aplicou outra goleada: 6 a 1. O Uruguai, por sua vez, venceu a Suécia por um placar apertado: 3 a 2.

Com isso, a seleção brasileira precisaria de um empate contra o Uruguai para chegar ao título. Mas o que parecia impossível acabou acontecendo, e os uruguaios ganharam por 2 a 1, com um gol de Ghiggia, nos últimos minutos do segundo tempo, e levantaram pela segunda vez o troféu da Copa do Mundo, frustando a torcida brasileira que lotou o Maracanã.

BRASIL

O Brasil perdeu a Copa em grande parte devido ao excesso de confiança e as comemorações antecipadas. A confiança era tanta que o prefeito do Rio (então Distrito Federal), Mendes de Morais, saudou os "campeões do mundo" antes da partida decisiva. No jogo, o que se viu não foi essa superioridade. Além disso, a delegação trocou sua concentração no Joá pelo estádio de São Januário. Lá, os jogadores sofreram assédio de torcedores, dirigentes e muitos receberam promessas de presentes, como geladeiras e outros bens.

DESTAQUE

Ademir de Menezes, conhecido como "Queixada", foi o segundo brasileiro a ser artilheiro de uma Copa do Mundo, repetindo feito de Leônidas da Silva em 1938. Em seis jogos, Ademir fez nove gols. Mesmo após o fracasso em 1950, continuou jogando pela seleção. Em 41 jogos com a camisa do Brasil, marcou 37 gols. Outro grande destaque brasileiro foi o meia Zizinho. Apesar de ter marcado 2 gols, era o grande articulador das jogadas e cérebro da equipe. Pelo lado uruguaio, o maior destaque foi o meia Obdulio Varela, capitão do time.

CURIOSIDADES

Foram marcados 88 gols em 22 jogos, média de 4. O total de público foi de 1.337.000 torcedores, média de 60.772 por jogo. O Brasil teve o melhor ataque com 22 gols, mas o Uruguai alcançou uma média melhor: 3,75 gols por jogo.

A partida decisiva entre Brasil e Uruguai registrou o maior público da história das Copas. Segundo a Fifa, o Maracanã recebeu mais 173.850 torcedores. Porém há fontes que destacam que o público foi de cerca de 200 mil.

A Itália jogou em São Paulo e a numerosa colônia italiana da cidade se transformou na segunda maior torcida da Copa. Brasil x Suíça, no Pacaembu, teve 42 mil espectadores. No mesmo local, a Itália levou 41 mil torcedores ao jogo contra a Suécia.

A Copa-1950 contou pela primeira vez com a participação da Inglaterra, que não passou da primeira fase, com duas derrotas e apenas uma vitória. Até então, os ingleses se consideravam superiores e se recusavam a jogar o Mundial.

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