Esporte
Copa
22/03/2006

História

ANDRÉ LUÍS NERY
da Folha Online

2002 1998 1994 1990 1986 1982 1978 1974 1970
1966 1962 1958 1954 1950 1938 1934 1930  

1970 - México

Classificação

Brasil
Itália
Alemanha Oc.
Uruguai

Artilheiros

10 gols - Gerd Müller (ALE/atacante)
7 gols - Jairzinho (BRA/atacante)
5 gols - Teofilo Cubillas (PER/atacante)

Veja todos os jogos

Folha Imagem

Pelé segura a taça Jules Rimet, após o título na Copa do México, na chegada ao Brasil

Para a Copa-1970, a fórmula de disputa permaneceu a mesma, com quatro grupos de quatro seleções, em que os dois primeiros de cada chave avançavam às quartas-de-final. A partir daí até a final, os jogos eram eliminatórios.

A seleção brasileira foi ao México pronta para ganhar em definitivo a taça Jules Rimet. Com um elenco fabuloso, o Brasil confirmou o favoritismo e levantou o título pela terceira vez. A equipe também conseguiu uma proeza inédita: Zagallo, bi como jogador em 1958 e 1962, tornou-se o primeiro a ser campeão também como técnico.

O Brasil estreou vencendo a Tchecoslováquia por 4 a 1. Depois, ganhou da Inglaterra por 1 a 0 e da Romênia por 3 a 2. Nas quartas-de-final, os brasileiros aplicaram 4 a 2 na seleção peruana. Nas semifinais, o Brasil teve pela frente o Uruguai. A partida fez voltar à tona as feridas da final de 1950, quando os brasileiros perderam o título em pleno Maracanã.

A torcida brasileira até levou um susto, quando o Uruguai abriu o placar. O escrete canarinho, porém, virou o jogo para 3 a 1 e garantiu um lugar na final contra a Itália. Quem vencesse entraria para história como o primeiro país tricampeão mundial. Numa atuação perfeita, a seleção brasileira liderada por Pelé superou a Azzurra por goleada: 4 a 1.

BRASIL

Apesar da desastrosa campanha em 1966, a CBD não mostrou profissionalismo muito maior para o Mundial seguinte. O técnico Aymoré Moreira, que iniciara o trabalho de renovação da seleção, foi dispensado em 1969, ano das eliminatórias. O jornalista João Saldanha assumiu e classificou o time. Logo em seguida, no entanto, também foi dispensado, em episódio mal explicado. Seu substituto foi Zagallo, que manteve a base da equipe, mas convocou Dario, por exemplo, que era uma exigência do presidente Emílio Garrastazu Médici.

DESTAQUE

O alemão Gerd Müller foi artilheiro da Copa-1970 com dez gols, três a mais que o brasileiro Jairzinho. Com os quatro gols que faria na Copa seguinte, Müller passaria a ser o jogador que mais marcou gols na história das Copas. Nas semifinais, contra a Itália, Müller marcou duas vezes na prorrogação, mas não pôde evitar a derrota de seu time por 4 a 3, em jogo épico. No time brasileiro, formado por grandes estrelas, o destaque maior foi Pelé, que no auge de sua forma comandou a equipe e encantou os mexicanos.

CURIOSIDADES

Nas 32 partidas, foram marcados 95 gols, média de 2,96 por duelo --superior ao índice registrado nas duas edições anteriores do Mundial. Os estádios receberam um público total de 1.673.975 torcedores, média de 52.312 por jogo.

Toda a linha de frente titular do Brasil jogava com a camisa 10 em seus clubes: Jairzinho (Botafogo), Pelé (Santos), Gérson (São Paulo), Tostão (Cruzeiro) e Rivellino (Corinthians). Na Copa, porém, ninguém questionou a primazia de Pelé de usar a 10.

Na semifinal Itália 4 x 3 Alemanha Ocidental, com cinco gols na prorrogação, Franz Beckenbauer terminou a partida jogando como braço direito atado ao peito. O time já havia efetuado as duas substituições quando o alemão se machucou.

Após marcar o gol de empate na vitória do Brasil por 4 a 1 sobre a Tchecoslováquia, na estréia, em violenta cobrança de falta, o meia-atacante Roberto Rivellino ganhou dos mexicanos o apelido de Patada Atômica.

A seleção do Peru, grande surpresa da Copa do Mundo-1970, que tirou os argentinos nas eliminatórias e chegou às quartas-de-final do Mundial, quando perdeu para o Brasil, era treinada pelo ex-jogador brasileiro Didi, campeão em 1958 e 1962.

FolhaShop

Digite produto
ou marca