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15/02/2006

Mercado de capitais: Ações já atraem os pequenos investidores

Sem turbulências à vista no cenário interno e externo crescem as aplicações na Bolsa de Valores

ADRIANA AGUILAR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A valorização das ações foi mais rápida do que o imaginado para o início do ano, graças à continuidade do fluxo de capital trazido pelos investidores estrangeiros à Bolsa e, como surpresa, pelo aumento do número de pessoas físicas investindo em ações via corretoras e fundos. Até a sexta-feira, o Ibovespa teve alta de 10,52%

"É comum a pessoa física olhar o desempenho passado do mercado. O segundo semestre de 2005 foi muito bom para a Bolsa. Portanto, o pequeno investidor se sente inclinado a assumir mais risco, principalmente agora com o cenário de queda da taxa de juros", diz o superintendente de renda variável do Banco Itaú, Walter Mendes. Ele também notou aumento no fluxo de pessoas físicas nos fundos de ações do banco em janeiro.

Segundo dados do site Fortuna, consultoria especializada em fundos de investimentos, em janeiro, os fundos de ações registraram captação líquida (o que entrou menos o que saiu) de R$ 438 milhões. O número é extremamente elevado, principalmente se for levado em conta que a média mensal de captação dos fundos de ações em 2005 e 2004 ficou negativa em R$ 23 milhões e em R$ 63 milhões, respectivamente.

Um bom exemplo do aumento do investimento em renda variável é o fundo de ações Caixa Petrobras. Somente em janeiro, esse fundo voltado ao público de varejo recebeu R$ 90 milhões líquidos, segundo o gerente de renda variável da Caixa Econômica Federal, Antonio Delmar do Nascimento. O volume captado em janeiro de 2006 superou toda quantia líquida que entrou no mesmo fundo em 2005, de R$ 70 milhões.

No pregão

A fatia de investidores locais, pessoas físicas, comprando ações via corretoras também subiu. Passou de 23% para 25,7% do movimento da Bolsa entre dezembro e janeiro deste ano, segundo dados da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).

A participação dos investidores estrangeiros na Bovespa variou de 33,2% para 34,7% no mesmo espaço de tempo. A Bovespa registrou aporte de recursos externos da ordem de R$ 2,5 bilhões até 30 de janeiro, equivalente a cerca de 45% do total aplicado em 2005.

Os analistas são unânimes em dizer que o processo de alta da Bolsa será contínuo, desde que mantidos os atuais fundamentos da economia brasileira e o crescimento da economia mundial.

A maior parte das dez instituições consultadas (leia quadro) avalia que o preço justo para o principal índice da Bovespa, o Ibovespa, neste ano alcançaria até 45 mil pontos. Os cálculos para se chegar a essa estimativa podem variar de uma instituição à outra. O mesmo índice fechou janeiro em 38.383 pontos. Portanto, para chegar a 45 mil pontos, por exemplo, teria de valorizar mais cerca de 18% ao longo deste ano.

O que ninguém consegue afirmar é se o Ibovespa atingirá aquele patamar em dois, três, quatro ou até 12 meses. "Tudo depende do grau de certeza dos investidores, do cenário interno e externo", afirma Mendes.

Na avaliação do diretor de renda variável da Bradesco Asset Management, Herculano Alves, há três pontos fundamentais que poderiam antecipar o movimento de alta do Ibovespa em 2006: continuidade da queda da taxa de juros, manutenção da liquidez internacional e uma tranqüila eleição para a presidência.

Isso significa ter candidatos que não coloquem em risco a atual política econômica brasileira - câmbio flutuante, sistema de metas de inflação mediante regulação da taxa de juros- que permitiram queda do risco Brasil.

Na opinião dos analistas consultados, se as atuais pesquisas se concretizarem, a eleição deve ser tranqüila porque os candidatos com o maior percentual de intenção de votos nas pesquisas (PSDB e PT) não devem colocar em risco o atual modelo econômico. O receio sempre é alguma "zebra" no meio do caminho.

Cenário externo

No exterior, a taxa de juros americana foi elevada para 4,5% ao ano. Mas, os analistas já consideram uma provável desaceleração do ritmo de alta da taxa. O final do ciclo de aperto monetário nos EUA pode estar próximo. Isso beneficiaria ainda mais a liquidez internacional e o mercado local.

O fato é que o mercado de ações dos países emergentes, pelo quinto ano consecutivo, registra rentabilidade superior à renda variável dos países desenvolvidos. A melhoria dos fundamentos das empresas tem sido verificada no Brasil, México, Rússia, Índia e África do Sul, para mencionar alguns.

     

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