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15/02/2006

Novos papéis: Fique atento aos riscos e oportunidades das emissões

Onda de lançamentos de ações deve continuar em 2006 e levar nove companhias a estrear na Bovespa

ADRIANA AGUILAR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A seqüência de Ofertas Pública de Ações (IPOs, em inglês) continua a todo vapor em 2006. No último dia 8 de fevereiro, mais duas empresas -Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e Vivax, segunda maior empresa de TV a cabo do Brasil em número de assinantes- iniciaram a negociação de seus papéis na Bolsa.

Outros pedidos de ofertas de ações para este ano, como da Microsiga, Gafisa, Companhia Brasileira de Propriedades Agrícolas (BrasilAgro) estão sendo analisadas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Ainda há expectativa no mercado para a entrada de outras empresas na Bolsa em 2006, como Supermercados G Barbosa, Visanet, CSU ( cartões de crédito) e MMX Mineração. Caso todas realmente iniciem os negócios com ações, já serão nove empresas apenas neste ano. Entre 2004 e 2005, 15 novas companhias fizeram oferta pública de seus papéis na Bovespa.

Embora a maior parte dos IPOs tenha obtido sucesso até o momento (veja quadro), o gestor da Máxima Asset Management, André Querne, avalia que a oferta inicial de ações é arriscada para a pessoa física "A cada abertura de capital fica mais complicado para o pequeno investidor saber qual a melhor oportunidade entre as empresas que chegam à Bolsa."

O sócio da Mercatto Gestão de Recursos, Paulo Veiga, explica que a especulação de preço é maior nas ações das empresas menores. A pessoa física tem grande chance de errar na entrada e na saída da aplicação. Veiga não acredita que haverá IPO de uma grande companhia, de atuação nacional, com grande faturamento, neste ano. Por isso, recomenda muita cautela com as empresas que têm chegado ao mercado.

O superintendente de renda variável do Banco Itaú, Walter Mendes também explica que comprar ações de empresas menores, com baixo número de negócios (pouca liquidez), requer instrumentos de análise mais sofisticados. "A pesquisa dos números da empresa já é difícil para os profissionais do mercado, imagine para a pessoa física", observa.

Performance

Um estudo preparado pela Economática (veja quadro) mostra que algumas têm surpreendido o investidor pela performance muito superior ao principal índice da Bolsa, o Ibovespa. Em primeiro lugar, está a Localiza ON, que acumula rentabilidade de 126,20 % acima do índice, desde seu lançamento em maio do ano passado.

A segunda colocada, com melhor rentabilidade em relação ao Ibovespa, desde que estreou na Bolsa, é a empresa de Diagnósticos da América S.A. (DASA), com 82,10%. Outro destaque é a ação Cosan ON, com 72,80% de alta sobre o Ibovespa.

O analista da Fator Corretora, Eduardo Pfiszter, explica que a valorização das ações da Localiza desde o IPO ainda não reflete o potencial de resultados da empresa. Portanto, a ação deve subir ainda mais. Cotada a R$ 38,65 no dia 3 de fevereiro, a Localiza ON tem potencial para alcançar o valor de R$ 41,75, segundo projeção do analista.

A Localiza está entre as maiores do setor. Além do Brasil, atua em mais seis países da América do Sul. Pfiszter explica que a indústria de locação de carros será beneficiada este ano pelo aumento da atividade econômica, da massa salarial e pela trajetória de queda dos juros que reduzirá a despesa financeira da empresa.

Saúde

O desempenho da DASA, que atua no setor de análise e diagnósticos, continua positivo em 2006. A ação ordinária da empresa (sem direito a voto) valorizou 181% desde a abertura de capital em novembro de 2004 até o início de fevereiro deste ano.

Atualmente, a empresa possuiu unidades na região sudeste do país e em Brasília. Entre as marcas dos laboratórios administrados por ela estão Delboni Auriemo, Lavoisier, Lâmina e Bronstein.

A ação da DASA atraiu o investidor estrangeiro, que adquiriu 37% das ações durante a oferta pública. Atualmente, a CVM está analisando um pedido de oferta publica de ações no mercado secundário feito pela DASA.

Também apontada como destaque pelos analistas, a ação ordinária (ON) da produtora de açúcar e álcool Cosan, registrou até o final de janeiro uma valorização de mais de 100%, desde o início de sua negociação.

Mesmo diante da alta, o mercado ainda está otimista com o papel. Cotada a R$ 99,40 em 3 de fevereiro, a Cosan ON, segundo a corretora Prosper, pode atingir o preço justo de R$ 130.

O cenário é visto como favorável à empresa, que detém entre 7% e 10% do mercado de álcool e açúcar no Brasil, ainda bastante pulverizado. O preço das duas commodities está elevado no Brasil e no mercado internacional. Além disso, a longo prazo, o álcool é apontado como uma alternativa ao petróleo, o que torna possível a redução do custo de combustível no mundo, além de ser menos poluente.

A capitalização da Cosan é outro ponto favorável aos olhos do mercado. A empresa é a única do setor com ações negociadas na Bovespa. Segundo o gestor da Prosper, Gustavo Lacerda, a Cosan emitiu no mercado internacional bônus perpétuos no valor de US$ 300 milhões. "Com o aumento de recursos, ela tem condições de operar o estoque do produto nas entressafras", diz Lacerda.


     

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