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15/02/2006

Fundos: Com juros em queda renda fixa é opção

Essas aplicações têm papéis com taxas prefixadas que renderão mais se a Selic cair para 15% ao ano até dezembro

ADRIANA AGUILAR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os fundos DI proporcionaram ganhos sem grandes riscos para os investidores em 2005. Sua rentabilidade não ficou atrás dos fundos de renda fixa, resultado do ciclo de elevação das taxas de juros no primeiro semestre.

Para 2006, projeta-se um cenário diferente, com a queda do juro nominal e real. Se a taxa Selic, em dezembro, cair para 15% ao ano, por exemplo, a rentabilidade do fundo DI vai acompanhar esse movimento. Por isso, nessa fase de queda dos juros, o fundo de renda fixa é a melhor opção para o investidor que deseja ganhos maiores e está disposto a correr mais risco.

Porém, ao trocar a aplicação de um fundo DI para um fundo de renda fixa, é preciso fazer as contas do Imposto de Renda a ser recolhido. Desde o início de 2005, os investidores que permanecem por mais de dois anos na aplicação ganham o direito de recolher uma alíquota de 15% de IR. Quem fica apenas seis meses paga a alíquota maior de 22,5%.

Quanto menor o imposto, maiores os ganhos com a aplicação. Migrar de aplicação, neste momento, poderá significar perder o prazo acumulado em um fundo e abrir mão de pagar um IR menor.

Ranking

Dentre os 15 fundos de renda fixa mais rentáveis, selecionados pelo Laboratório de Finanças (Labfin), da Fundação Instituto de Administração (FIA) da USP, apenas dois ultrapassaram os 20% de rentabilidade. Os demais tiveram percentuais próximos dos alcançados pelos primeiros colocados do ranking dos DIs.

Integrante da mesma família de renda fixa, o fundo DI é considerado um investimento conservador, pois acompanha a trajetória do CDI, a taxa de juros interbancária, atrelada à Selic (taxa básica de juros da economia). Quando a Selic aumenta, o fundo DI acompanha o movimento. A taxa básica subiu mais do que se esperava em 2005, chegando a 19,75% ao ano em agosto.

Um dos fundos mais beneficiados por essa alta foi o fundo Itaú Soberano Referenciado DI, terceiro colocado no ranking de sua categoria. Sua rentabilidade foi de 19,45% no ano passado.

A carteira do fundo é 100% composta por Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), papel pós-fixado emitido pelo Tesouro Nacional que acompanha a trajetória da taxa de juros.

Com patrimônio de R$ 328 milhões, o Itaú Soberano DI recebe a aplicação de outros fundos do próprio banco.

Renda fixa

Desafio mais complicado enfrentaram os gestores dos fundos de renda fixa, que "suaram a camisa" para superar o CDI no primeiro semestre de 2005. Para isso procuram oportunidades, engordando a carteira com títulos privados, como CDBs e debêntures, mas os ganhos auferidos, na maioria dos casos, pouco ultrapassaram os retornos obtidos pelos fundos DI.

Nesses fundos conta muito a expertise do gestor. Embora possa ter até 100% da carteira em títulos públicos, ele sempre procura ganhos adicionais, seja nas operações de derivativos da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) seja com por títulos privados. Por isso, o fundo de renda fixa apresenta maior risco do que os fundos DI.

A ousadia premiou o fundo de renda fixa Mercatto Top RF Crédito, que registrou 20,74% de rentabilidade em 2005. Não se trata, porém de um fundo para o varejo. A aplicação mínima exigida é de R$ 10 mil e a taxa de administração cobrada corresponde a 0,80% ao ano. "As pessoas que aplicam nele precisam entender o risco que estão tomando", explica o gestor de Renda Fixa da Mercatto Gestão de Recursos, Adriano Fontes.

A carteira desse fundo, com patrimônio líquido de quase R$ 155 milhões, é abriga desde Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRIs) a Cédulas de Crédito Bancário (CCB), além de Certificado de Depósito Bancário (CDB) e cotas de Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs). Todos considerados títulos privados de empresas e de bancos, com baixa liquidez (número de negócios).

Um dos primeiros colocados no ranking de renda fixa (Alfa Mix) apresenta uma carteira com 95% em títulos públicos pré e pós fixados e os 5% restantes em debêntures de empresas de baixo risco. Apesar do perfil conservador (bem diferente do fundo Mercatto Top), o Alfa Mix obteve 19,68% em 2005 muito próxima dos 20%.

A rentabilidade do Alfa Mix foi beneficiada pela exigência de títulos de longo prazo (acima de 360 dias), no início de 2005, para que os fundos de renda fixa pudessem ter direito ao benefício fiscal, segundo critérios da Receita Federal e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Houve uma corrida por títulos públicos de longo prazo no mercado, aumentando o preço deles.

Naquela época, o Alfa Mix já apresentava títulos públicos de longo prazo em carteira. Predominavam os papéis pós-fixados, beneficiados pela alta dos juros. Hoje, o fundo tem mais títulos prefixados em carteira, com aplicação inicial de R$ 100 mil e taxa de administração de 0,5%.




     

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