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15/02/2006

Fundos: Multimercados têm alta e atraem R$ 3 bi

Aplicação volta a ter bons rendimentos neste início de ano, demanda cresce e leva bancos a lançar novos produtos

JULIANA GARÇON
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O cenário de alta volatilidade, ganhos reduzidos e muitos saques que fez de 2005 um ano sombrio para os fundos multimercados, começou a mudar de tom em 2006. A recuperação dos rendimentos começou já no segundo semestre do ano passado.

Ao bom desempenho da Bovespa, vitaminada pelo fluxo de capitais estrangeiros veio se somar o quadro de redução da taxa básica de juros, estimulando os investidores a buscar prêmios maiores do que o rendimento do CDI.

Resultado: as captações deste ano somavam R$ 3,1 bilhões no último dia oito, de acordo com o site Fortuna começando a reverter a saída de R$ 29 bilhões ao longo do ano passado. De olho nessa demanda, os bancos estão ajustando seus portfólios, lançando produtos e projetando crescimento e ganhos apetitosos para essas aplicações.

Carteiras

Regidos por normas flexíveis, os multimercados costumam ter carteiras alavancadas e gestão dinâmica. Operam com ações, dólar, opções e derivativos. Embora sejam atrelados a mais de um tipo de mercado, tendem a focar e seguir a trajetória de uma classe de ativos. Os bancos cobram, em geral, entre 1,5% e 2% pela administração, além de taxa de performance de 20%, em média, sobre os ganhos acima do CDI.

"Reestruturamos a família de multimercados em outubro", informa Felipe Monteiro, gestor de multimercados do Unibanco Asset Management (UAM). Para o varejo, foi criada uma opção mais moderada, com volatilidade baixa, que vem rendendo entre 110% e 115% do CDI nos últimos três meses. "Para o público institucional, criamos um fundo que, até o início de janeiro, captou R$ 50 milhões e pode crescer mais 30% neste ano", diz. Apesar do incremento, a categoria ainda é pouco representativa no total de R$ 37,7 bilhões administrados pela UAM.

O ajuste envolveu a estratégia de gestão dos fundos: "desconcentramos os riscos", diz Monteiro. Até meados do segundo semestre, com a perspectiva de queda de juros, enquanto a indústria de fundos focou em prefixados e Bolsa, a estratégia da UAM foi manter uma parcela do capital nesses ativos, mas buscando diversificação em dívida externa e taxa de juro em dólar. Para este ano, as metas de rentabilidade dos multimercados oscilam entre 105% e 140% do CDI, conforme o produto.

Demanda em alta

A SulAmérica Investimentos também abriu, em junho, um fundo multimercado para atender clientes institucionais. O fundo acumulou, em 2005, ganhos de 103,85% do CDI, impulsionado pelas performances de novembro (127,25% do CDI) e dezembro (130,53% do CDI). Os outros produtos tiveram ganhos de 93,63% a 107,98% do CDI no período.

Com um patrimônio de R$ 214 milhões, o segmento multimercado representa 5% do total gerido pela SulAmérica. Em 2006, o volume de investimentos nos fundos multimercado deve crescer 60%, diz Marcelo Assalin, diretor de investimentos da instituição. "A demanda vem aumentando. Os fluxos de capitais para os países em desenvolvimento criam ambiente favorável para ações e outros ativos de risco mais alto."

O BankBoston, por sua vez, criou em janeiro um novo fundo, o Boston Expert, apoiado em modelos estatísticos a partir dos quais os gestores traçam tendências para câmbio, juros e ações. De acordo com Rafaela Vitória, superintendente de wealth management (gestão de fortunas), a instituição pretende captar até R$ 200 milhões com o produto neste ano. "O período de 2004 a meados de 2005 não foi bom para os fundos multimercado de maneira geral. Havia muita volatilidade e a performance ficou abaixo do CDI. A partir do segundo semestre, a Bolsa subiu, os juros caíram e, por isso, esses fundos voltaram a ser atrativos", diz.

No Bradesco, os fundos Prime Multimercado e Alocation, que na média do ano passado renderam, respectivamente, 90% e 97,6% do CDI, mostraram recuperação no último trimestre e ganharam 102% e 101% do CDI. Neste ano, acumulam 108% e 106% do CDI.

Embora um dos produtos tenha perdido captação, a instituição, que começou 2005 com R$ 160 milhões no segmento, chegou no fim do ano a R$ 200 milhões, o equivalente a 5% do patrimônio da família Prime, segmento de clientes de alta renda. A expectativa no banco é dobrar o volume neste ano.


     

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