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29/01/2006

Mestrado profissional: Flexível, modelo não pára carreira

Curso permite levar temas do trabalho para os laboratórios das universidades

MARIANA IWAKURA
Colaboração para a Folha

Leonardo Wen/Folha Imagem
O aluno de mestrado profissional soma o universo do pensamento científico da academia ao mundo da aplicação prática e do resultado na empresa. Com isso, conquista um título "stricto sensu" e não precisa abrir mão nem do emprego nem do salário. O que faz a fórmula dar certo é o currículo flexível do curso.

As aulas são dadas à noite e aos sábados, e o projeto de pesquisa pode conter temas trazidos do trabalho na empresa. Assim, o formato atrai um público mais experiente, que tem vínculo empregatício e foco na aplicação imediata dos resultados da pesquisa.

O curso confere grau de mestre em programa avaliado pela Capes, e não deixa de lado o mercado de trabalho --aliás, geralmente é o próprio empregador quem banca uma parte ou até a totalidade dos custos do curso.

Desde 1999, quando o modelo foi regulamentado, até 2005, o número de cursos subiu de 18 para 155. "O mestrado profissional supre uma demanda dos setores de tecnologia e de serviços por profissionais qualificados", diz Jorge Guimarães, presidente da Capes.

"Esses alunos querem resolver problemas complexos, ganhar maturidade e melhorar a carreira na indústria", diz Marcelo Seckler, diretor do Centro de Aperfeiçoamento Tecnológico do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), que oferece mestrado profissional em quatro áreas.

O curso já é bem-visto entre os empregadores. Avaliação feita com ex-alunos do programa de administração de empresas da FGV-Eaesp (Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas) concluiu que de 50% a 60% deles tiveram aumento de salário ou foram promovidos.

Abraham Laredo Sicsú, vice-coordenador dos programas de pós-graduação da instituição, ressalta que a grande riqueza do modelo é a troca de experiências. "Eles criam metodologias e decidem com base em conceitos e intercâmbio com colegas."

Com experiência em pesquisa científica, o aluno leva um trunfo: a capacidade de criar técnicas e produtos. "O objetivo é que ele inove na indústria e contribua para o desenvolvimento do país", aponta Ronaldo Salvagni, do mestrado profissional em engenharia automotiva da USP.

O Brasil, segundo Guimarães, tem desempenho científico equiparável a Espanha, China e Índia, mas fica para trás no quesito tecnologia. "Não há, ainda, interação entre universidade e empresa. Entretanto, transformar conhecimento em produto é inevitável."

ANTES

Formada em meteorologia pela USP, Fernanda Sugamore Ide, 34, viu-se em uma área em que, com poucas ofertas de trabalho, os alunos seguiam para o mestrado acadêmico, mas sem prática de mercado. Trabalhava como consultora autônoma e buscava algo que lhe desse projeção na carreira. "Se me afastasse do mercado de trabalho por dois anos, perderia muitas oportunidades. Mas queria continuar estudando", conta. Descobriu que o mestrado profissional era o formato perfeito para o seu caso e optou pelo curso de tecnologia ambiental do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo).

DEPOIS

Na pesquisa do curso, Ide deu ênfase à área de geologia. "Saí da meteorologia pura e isso ampliou minhas aptidões", afirma ela. No último ano do curso, em 2005, foi contratada pela Atech Tecnologias Críticas. "Ainda que seja terceirizada, agora tenho segurança econômica", pondera. Atualmente, trabalha com sistemas de monitoramento de meteorologia e gerencia um projeto de melhoria de um centro meteorológico localizado na Venezuela. Um dos antigos problemas persiste: o doutorado é um projeto, mas a dedicação maior à pesquisa não combina com o tempo de trabalho.


     

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