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09/06/2006

Cenário: Alemanha - Berlim ano zero

Cheguei em maio, quando a primavera começava, lentamente, a dar lugar ao verão. Começou um ano especial na minha vida. Ficou claro que meu caso de amor com Berlim ia ser eterno

POR KARIM AÏNOUZ

Karim Aïnouz
Acima, detalhe da casa noturna SO36, em Kreuzberg; ao lado, ciclistas descansam no Viktoria Park, um dos famosos parques da cidade
Acima, detalhe da casa noturna SO36, em Kreuzberg; ao lado, ciclistas descansam no Viktoria Park, um dos famosos parques da cidade

A primeira vez Exterior. Dia. 30 de dezembro de 1985. Primeira lembrança: uma praça gigantesca cercada de prédios muito parecidos. Quase ninguém. Um frio intenso. Calçadas congeladas. No centro da praça, uma torre. No topo da torre, uma espécie de bola. Paisagem monocromática. Um não lugar: Alexanderplatz, Berlim Oriental.

Interior. Noite. 31 de dezembro de 1985. Segunda lembrança: uma grande festa na Metropol, a mesma boate tão bem descrita por Christiane F. Apesar da temperatura abaixo de zero, Berlim Ocidental pega fogo. Saí da festa de manhã, céu cinzento, manhã de inverno. O ano já era 1986. Estar em Berlim me dava a sensação de que o futuro era agora. Andei até o hotel, apesar do frio. A cidade estava vazia e parecia que era minha (e de mais ninguém).

Na época eu tinha 19 anos, morava na França e decidi que não queria entrar o Ano Novo numa cidade bege, arrumada e cheia de prédios antigos como Paris. Peguei um avião e fui para Berlim, sozinho, sem conhecer ninguém, sem falar alemão. Foi inesquecível.

Havia algo inexplicável ali. Era uma cidade européia que tentava se desvencilhar do bolor da história, um lugar que tinha necessidade de reinventar seus próprios roteiros, uma cidade destruída que tentava se reconstruir. Fiquei uma semana e voltei com a vontade de um dia habitá-la. Estar em Berlim era como viver o presente da maneira mais intensa possível.

Voltei quase 20 anos depois, em 2004. Dessa vez para morar. Por um ano. Não havia mais o muro, a Metropol havia fechado e Alexanderplatz era praticamente irreconhecível.

Cheguei em maio. A primavera começava, lentamente, a dar lugar ao verão. A primeira coisa que me chamou atenção foi o quanto a cidade era verde. Densa de parques, árvores e água. Sim, dizem os berlinenses que em Berlim há mais pontes do que em Veneza. São muitos lagos, canais e o largo rio que corta a cidade, o Spree. Começou um ano especial na minha vida. Ficou claro que meu caso de amor com Berlim ia ser eterno.

A volta Uma das primeiras coisas que fiz foi voltar a Alexanderplatz. Na primeira vez, o que me impressionou, além das dimensões da praça e de sua escala monumental, foi a ausência de qualquer adereço urbano: não havia néon, outdoors, cor, imagens de propaganda. Um lugar definido pela austeridade. Era o oposto de Times Square.

Agora, no topo de todos os prédios que delimitam a praça, existem enormes anúncios luminosos, de várias marcas, com fotos, cores, imagens do novo regime. O movimento de pessoas é intenso. E o número de lojas que se instalaram no prédio central da praça e nos seus arredores transformou o lugar em um grande centro comercial.

Eu estava diante de uma paisagem improvável. Uma praça construída dentro de todos os preceitos de uma arquitetura "stalinista" agora funcionando como centro do consumo ocidental. Uma das maiores lojas da praça se chama Saturn, especializada em câmeras e computadores. Depois de passar uma hora me deliciando com os produtos, saí e fiquei procurando aquela praça vazia, austera, onde em 1985 a única coisa a se comprar eram livros de bolso sobre marxismo, em papel jornal, vendidos por alguns centavos nas calçadas.

Naquele dia havia punks, grupos de skatistas, gente fazendo nada. Talvez o nome mais apropriado para a praça fosse Saturn, e não Alexanderplatz. Era um outro planeta.

Karim Aïnouz
Cenas de Berlim Ocidental: lojas, antena de televisão
Cenas de Berlim Ocidental: lojas, antena de televisão

Luxo russo Minha casa ficava no final da Kurfürstendamm. Sempre que ia ao centro, eu atravessava a Kurfürstendamm inteira. Antes da queda do muro, a Ku’damm, como é mais conhecida, era a vitrine do Ocidente. Ali ficavam as lojas mais caras, os restaurantes. O equivalente ao Champs-Elysées em Paris. A Ku’damm, o templo do luxo, era o sonho de muitos que habitavam o outro lado.

Depois da queda do muro, o eixo da cidade se deslocou um pouco mais para o leste, em torno da Friedrichstrasse. E a Ku’damm ficou um tanto esquecida, meio vazia, um pouco mofada. Mas as marcas de alto luxo, apesar de terem aberto filiais na Friederichstrasse, continuavam com suas sedes na Ku’damm. Quando eu passava por lá avistava-as sempre vazias: Bulgari, Cartier, Chanel, Prada.

A capital da Alemanha junta o antigo e o moderno nas manifestações da arquitetura, da arte e da música. Depois da queda do muro, a cidade se transformou no centro da vanguarda européia
Uma noite, estava jantando com um amigo num dos restaurantes da Ku’damm. Num determinado momento começaram a entrar vários homens, de terno, muito sérios, acompanhados de mulheres com seus casacos de pele. Cumprimentaram o maître, que os acompanhou a uma mesa. Eram tratados como habitués.

Conversando com um amigo alemão, ele me revelou a chave do segredo. A Ku’damm agora era território da máfia russa. Muitos clientes, bem como proprietários de estabelecimentos, eram russos. O sonho realizado.

Karl Marx e as rosas A Karl Marx Allee é uma avenida muito, muito larga, construída com a finalidade de abrigar as gigantescas paradas militares que comemoram a Revolução Russa. É o eixo central da antiga Berlim Oriental. São oito pistas de cada lado, e ela é cercada por prédios quase idênticos. Mesmo na hora do rush a avenida está sempre vazia.

Andando pela Karl Marx Allee, coisa que quase ninguém faz, me deparei com uma praça localizada num dos lados da avenida. No meio da praça, um pequeno monumento: o busto de Karl Marx. Era uma estátua pequena, tímida, face à grandiosidade daquele espaço. Havia algo fora de escala. Ao redor da estátua, algumas poucas rosas vermelhas, já meio ressecadas. Uma homenagem anônima.

Fiquei ali observando o busto, a avenida, as rosas, o vazio, o rosto de Marx olhando para aquela avenida fria e monumental. A sensação era a de estar num cemitério particular, onde estava enterrado um herói esquecido, mas no meio da cidade. Saudades de Marx.

Karim Aïnouz
Cenas de Berlim Ocidental: viaduto da Ku’damm e jovem na calçada do bairro de Kreuzberg, o reduto alternativo da cidade
Viaduto da Ku’damm e jovem na calçada do bairro de Kreuzberg, o reduto alternativo da cidade

Kino Pravda Noite de sábado na Karl Marx Allee, onde fica o Kino Internacional, um dos poucos cinemas de Berlim Oriental. Um prédio enorme, lindo, com um lobby elegante no primeiro andar, grandes candelabros, pé-direito de dez metros. Cenário perfeito para um filme de Wong Kar-wai. O Kino é cinema, mas também abriga festas de todos os tipos, para todas as tribos.

Numa dessas festas, uma amiga me levou para uma sala com paredes cobertas por um tapete vermelho escuro. Um lugar pequeno, que virou pista de dança. O som do hip hop sacudia tudo. As paredes, as pessoas, o piso. Logo depois que entramos começou a tocar Beyoncé. Os clubbers não resistiram, nem a gente. Quando saímos, minha amiga me contou que aquela sala, antes da queda do muro, era um cinema privado, o local onde Honecker, o homem forte da Alemanha Oriental por tanto tempo, fazia sessões de cinema com o intuito de julgar quais filmes poderiam ser lançados e quais deveriam ser proibidos.

Fiquei me perguntando o que Honecker acharia do público que agora ocupava seu cine privé. Não acho que ficaria muito feliz. Provavelmente os teria censurado. Mas na Berlim de hoje a irreverência, a vitalidade e o improviso são mais fortes do que qualquer censura. "Crazy in Love", cantava Beyoncé.

Águias apagadas Tempelhof. O antigo aeroporto de Berlim ainda esta de pé e bem conservado. É um dos maiores prédios nazistas ainda existentes. Os outros foram quase todos destruídos. Mas os aliados precisaram de Tempelhof para aterrissar em Berlim.

Hoje muito poucos vôos saem de Tempelhof. Um vez embarquei de Tempelhof para Bruxelas. Meu vôo atrasou três horas. Era impossível estar ali e não tentar preencher o lugar com as referências da era nazista. Além da escala, da monumentalidade, as cores do lugar me remetiam imediatamente ao imaginário nacional-socialista: o cinza do concreto, o preto e aquele vermelho cor de vinho são as cores predominantes. Só faltavam as suásticas inscritas em grandes bandeiras, penduradas por todo o aeroporto.

Do lado de fora do prédio, em algumas platibandas, vemos uma mudança de cor no concreto, como se houvesse algo que tenha estado lá durante muito tempo mas que foi retirado. Como uma parede que foi sempre cheia de quadros que não estão mais ali. Ficaram só as manchas, de um tom mais claro.

Intrigado, perguntei a um amigo o motivo daquilo e ele me revelou que a colunada da fachada estava repleta de águias, como se fossem alto-relevos. Eram as famosas águias do 3o Reich. Depois da guerra, ficaram só as manchas. Berlim ainda é cheia de manchas da guerra. Cheia de fantasmas. Mas o que seria de uma cidade se não fossem seus fantasmas? E Berlim está repleto deles.

Trailer Park O bairro é Kreuzberg. Sábado à tarde. "Mad Max", o filme a seguir. Kreuzberg era um bairro de Berlim Ocidental, na fronteira com Berlim Oriental. O muro passava por entre os prédios. Os aluguéis eram mais baratos, e era, e ainda é, ali que moram os punks, os imigrantes turcos, os anarquistas, entre outros. Há cerca de dois anos tentaram abrir um shopping center em Kreuzberg. Os moradores reagiram virulentamente. Kreuzberg era e ainda é sinônimo de experimentação, transgressão e resistência.

No tal sábado eu e um amigo estávamos numa das fronteiras de Kreuzberg, procurando uma galeria onde haveria uma coletiva de jovens artistas. A rua começava do outro lado de um parque. Começamos a atravessá-lo. E do outro lado já não era mais Kreuzberg. Fazia sol, e o lugar estava cheio de famílias, crianças, namorados. Início de verão.

Num determinado momento notamos, escondido atrás de algumas árvores, um trailer, estacionado. Para nossa surpresa, descobrimos que não era um trailer, e sim vários, formando uma espécie de rua. Ao todo, eram mais de 20, cada um decorado de maneira diferente, como se cada um deles fosse um pequena instalação.

Atravessamos a rua dos trailers e no final nos deparamos com pessoas que arrumavam várias cadeiras, ao ar livre. Ficamos por ali. Aos poucos descobrimos que aquelas pessoas eram moradores da comunidade dos trailers e as cadeiras estavam sendo arrumadas porque naquela noite haveria a exibição de um filme. Os famosos "freilufkinos" de Berlim.

Continuamos nossa procura pela galeria. Olhamos para trás não acreditando no que tínhamos acabado de ver. Uma comunidade alternativa no meio da cidade. Um cenário que me remetia a "Mad Max". Descobri que era uma comunidade punk que se instalara ali fazia uns dez anos. No verão eles promoviam um festival de cinema, uma exibição por semana. Tudo isso no meio da cidade.

Finalmente achamos a tal galeria. Os convidados tomavam vinho branco, comentavam as obras, que tinham um ar meio insípido. Fiquei arrependido de não ter ficado na rua dos trailers, assistindo ao filme da noite.

Karim Aïnouz
Flagrantes na estação de metrô Alexanderplatz
Flagrantes na estação de metrô Alexanderplatz

Club des Visionnaires A vontade é fazer um filme. Sim, um filme em Berlim, sobre Berlim. Começar o filme com imagens de "Alemanha Ano Zero", de Rossellini. Imagens em preto e branco, de uma Berlim destruída, em frangalhos. E o título: Berlim Ano Zero. Ou talvez outro título: Club des Visionnaires. Mas o título só deve entrar no final.

A história do filme eu não sei. Mas talvez um filme sem história. Imagens de Berlim, coletadas aqui e acolá. Memórias da minha Berlim. Personagens imaginados.

Exterior. Anoitecer. Uma mãe e uma filha morando em Kreuzberg. Ingrid Caven e Beatrice Dalle seriam as atrizes. As duas têm uma loja de roupas de dia, um pequeno cabaré dançante à noite. Ingrid canta, todas as noites, depois que a loja fecha. E Beatrice costura, faz roupas transparentes com tecidos que se iluminam com o contato humano.

Karim Aïnouz
Flagrantes na estação de metrô Alexanderplatz
Flagrantes na estação de metrô Alexanderplatz

Interior. Noite. Imagens em vídeo. Um diretor de ópera brasileiro produz uma tecno-ópera no Berghain, o templo da música eletrônica em Berlim. Um clube de seis andares no antigo prédio de um gerador elétrico. O espetáculo se desenrola no térreo. Os outros andares foram destruídos e do térreo vemos o sexto andar. Um grande vão, e a voz do tenor invadindo o vazio. Projeções monocromáticas em todas as paredes. Uma catedral do futuro.

Exterior dia e exterior noite. Um parque de diversões abandonado no meio de um grande parque da antiga Berlim Oriental. Um casal que se mudou da Cidade do México para Berlim, com o intuito de reinventar o seu amor em terra estrangeira, passeia pelo parque.

Os brinquedos abandonados, as folhas quase todas amarelas, e um guarda que tenta expulsar o casal. Cores fortes. Imagens em super-8. A roda-gigante paralisada. As trepadeiras que cobrem a entrada do trem-fantasma. Ali é proibido entrar. "Raus!", grita o guarda no vazio. Ficam ali até anoitecer, quando ninguém poderá mais vê-los. E redescobrem o seu amor.

Exterior. Dia. Uma finlandesa apaixonada por uma alemã. A finlandesa é loura. A alemã é mulata, filha de um soldado americano e uma alemã branca. A alemã se veste como James Brown, cabelo black power, casaco de couro verde até o pé, calça de couro preta, óculos Ray Ban modelo aviador, botas de salto alto. A finlandesa é elegante, sapato alto, cabelos longos, soltos, toda de preto. As duas passeiam por Friederichstrasse, de braços dados, vendo as vitrines de luxo. O Natal se aproxima. Berlim está toda iluminada.

Exterior. Noite. Uma mulher, cerca de 50 anos, magra, elegante, desce de um ônibus na Kurfürstendamm. Anda pela rua vazia, como se aquele fosse um caminho de todo dia. Entra no supermercado, faz compras, coloca tudo numa sacola de tecido, que ela tira da bolsa. Sacola de plástico não é biodegradável. Dobra numa rua transversal, ainda mais vazia, e chega ao seu prédio. Construção antiga, pré-guerra. Sobe três andares de escada, entra em casa, tira o sapato e se acomoda no sofá. Um dia como outro qualquer em Berlim. Liga a TV e olha o jornal. Naquele dia morre Yasser Arafat.

O amanhecer em Alexanderplatz. Os anúncios luminosos que se apagam. Os primeiros bondes começam a circular. Uma mulher muçulmana, coberta da cabeça aos pés, desce do bonde e avança pela praça. A cidade que se reconstrói. Ingrid Caven cantando "Ave Maria". O título: Berlim Ano Zero, Club des Visonnaires. Como se a cada dia a cidade se reinventasse. Créditos.

O cineasta Karim Aïnouz dirigiu "Seams", "Paixão Nacional", "Madame Satã" e está finalizando um novo longa-metragem com lançamento previsto para janeiro de 2007.

Hotéis

Kempinski Hotel Bristol Berlin
Kurfürstendamm 27, D-10719 Tel. (00/xx/49/30) 88-43-40 www.kempinskiberlin.de
Esse cinco estrelas fica em uma das mais bonitas e famosas ruas de Berlim, a Kurfürstendamm. Une o clássico e o moderno em um prédio semicircular, com cerca de 300 apartamentos. Surpreende pela elegância e funcionalidade. Diárias a partir de US$ 175.
Jolly Hotel Vivaldi
Friedrichstrasse 96 Tel. (00/xx/49/30) 206-26-60 www.jollyhotels.de
No coração de Berlim, tem localização central e acesso direto ao sistema público de transporte. Oferece sauna, centro de esportes, solário e restaurantes inspirados no sabor e na tradição italiana. O famoso shopping Friedrichstrasse fica em frente ao hotel. Diárias a partir de US$ 150.
Best Western Hotel President
An der Urania 16-18, 10787 Tel. (00/xx/49/30) 21-90-30 www.president.bestwestern.de
Fica na região central da cidade, próximo a Kurfürstendamm. Tem fácil acesso ao aeroporto Tegal e à estação de trem Zoologischer Garten. Um quatro estrelas com conforto extra, como piso para não fumantes, sauna e sala de exercícios. Diárias a partir de US$ 100.

Restaurantes

Weltrestaurant Markethalle
Pucklerstrasse 34 Tel. (00/xx/49/30) 617-55-02
O restaurante serve comida austríaca, alemã e suíça. Ideal para um almoço rápido, entre um passeio e outro.
Oren Café & Restaurant
Oranienburger Strasse 28 Tel. (00/xx/49/30) 282-82-28
Para um lanche ou um café. Tem opções de pratos vegetarianos e fama de servir o melhor strudel de maçã da cidade.

Não deixe de ir

Alte Nationalgalerie
(Antiga Galeria Nacional) Bodestrasse 1-3, 10178 Tel. (00/xx/49/30) 20-90-58-01
Possui uma das maiores coleções alemãs de escultura e pintura do século 19.
Aeroporto de Tempelhof
Platz der Luftbrücke 1, 12.101
Construção monumental da época socialista, de arquitetura sofisticada.

     

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