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31/07/2006

Ranking dos fundos: A ousadia premiada

por EDSON PINTO DE ALMEIDA

Quem aplicou em fundos livres e de ações saboreou bons resultados no semestre, apesar da oscilação de maio

sxc.hu
O desempenho dos fundos de investimento no primeiro semestre de 2006 espelha o ambiente favorável da economia brasileira. Apesar das oscilações de maio, que chegaram a afetar seriamente alguns fundos, o setor continuou atraindo investidores. A captação líquida (aplicações menos resgates) totalizou R$ 43,2 bilhões de janeiro a junho –263% acima do valor registrado em igual período do ano passado.

Neste ano, a ousadia deu lucro. O ranking preparado pelo Laboratório de Finanças da FIA-USP mostra que os fundos de ações e os fundos livres apresentaram rentabilidade superior aos conservadores fundos DI e de renda fixa. Os fundos cambiais, por sua vez, permanecem no prejuízo que já dura três anos. Para os profissionais que administram os R$ 816,8 bilhões aplicados nos fundos de investimento (total até junho), o cenário não deve se alterar até o final do ano, sobretudo em função dos números positivos da economia e apesar das incertezas externas.

"O país chegou a um ponto que nunca havia alcançado antes", diz Milton Luiz Milioni, diretor da corretora Geração Futuro. "Com inflação controlada, juros em queda, dívida externa zerada e crédito crescendo, o Brasil sente menos os efeitos da turbulência lá fora", afirma. Ele recomenda a quem possui investimentos em renda variável não mudar de posição só porque a volatilidade anda alta. "As oscilações ainda continuarão até que o cenário externo fique mais claro", diz.

O fundo de ações que a Geração Futuro administra foi o primeiro no ranking da categoria, com rentabilidade de 35,06% no semestre e retorno de 374,66% em três anos. Esse desempenho é resultado da estratégia aplicada, que divide a carteira do fundo em duas partes iguais: uma que acompanha os índices gerais da Bolsa, e outra com papéis de empresas com grande potencial de crescimento, mas com valor de compra baixo. Entre elas, estão o grupo Guararapes, que controla as lojas Riachuelo, e a Plascar, do setor de autopeças.

"A queda no índice Bovespa, em maio, foi compensada com larga margem pela valorização dessas outras ações, que subiram acima de 200%", diz. Por isso, afirma, o investidor precisa ficar atento não só aos grandes movimentos da Bolsa, mas também ao comportamento da economia real, se quiser aumentar as chances de ganhos. "Quem compra uma ação deve analisar o negócio da empresa, a perspectiva de crescimento e não simplesmente se o valor do papel subiu ou caiu em determinado momento", diz Milioni.

Aplicações em mercados diferentes

Os fundos livres (onde se incluem os multimercados e os balanceados) também trabalham com ações em suas carteiras, além de outros tipos de aplicações relacionadas ao câmbio, à divida externa e aos títulos de renda fixa –operando tanto nos mercados à vista como no de futuros. O melhor desempenho dessa categoria foi do Fundo Opportunity T60 FI Multimercado. Sua rentabilidade no semestre alcançou 13,42%, superando o referencial da renda fixa (CDI) em 173%. Os fundos livres em geral apresentam mais desafios para a habilidade de seus gestores, porque combinam aplicações em mercados diferentes. Para o investidor, é como arriscar a sorte apostando em várias loterias.

Nesse caso, a sorte ficou do lado de quem confiou na estabilidade da política econômica. O fundo do Opportunity, por exemplo, dividiu sua carteira com ações (30%), câmbio (20%), títulos da dívida externa (5%) e renda fixa. "Os maiores ganhos vieram da Bolsa e do câmbio", diz Eduardo Moreira, gestor de renda fixa do banco. A receita do bolo, segundo ele, foi apostar na queda dos juros, na redução do risco Brasil, além do bom desempenho da carteira de ações e na queda do dólar.

Com a Selic embicada para baixo, os fundos de renda fixa ficaram pelo menos um ponto percentual acima dos fundos DI, que acompanham o movimento das taxas de juros. "O cenário com inflação baixa permanece favorável para que se façam novos cortes na taxa de juros", diz Alexandre Vitorino, gerente-geral de operações da Votorantim Asset Management, cujo fundo FI Year RF LP apresentou retorno de 8,89% no semestre.

Os juros em queda devem reduzir os rendimentos dos fundos DI, na avaliação de Luiz Gonzaga Veras Mota, diretor de recursos de terceiros do Banrisul. O banco administra o fundo Master FI referenciado DI LP, que rendeu 7,96% no semestre e 65,91% nos últimos três anos –e foi o primeiro colocado em sua categoria. Para esquentar a performance do fundo, o banco aplicou 16% da carteira em títulos privados, tais como CDBs e debêntures, além de derivativos.

Dos poucos fundos cambiais que conseguiram fechar o semestre no azul, dois pertencem à BB-DTVM, administradora de recursos do Banco do Brasil. O fundo BB Euro LP Mil FIC FI, líder do ranking, rendeu 1,94% no semestre e acumula rendimento negativo de 6,28% nos últimos três anos.

Para Nelson Rocha Augusto, presidente da BB-DTVM, os fundos cambiais, embora registrem perdas, ainda são uma opção melhor do que a compra direta de moeda estrangeira e de aplicações no exterior –como é comum entre o público de alta renda. "Os ganhos são superiores ao das taxas de juros internacionais", diz.

O bom desempenho do fundo da BB-DTVM se deve ao alongamento do prazo de vencimento de alguns títulos da carteira e a operações com derivativos e arbitragem de taxas de juros e outras moedas. Com relação ao cenário futuro, Rocha Augusto prevê a continuidade de queda nas taxas de juros e, com relação ao câmbio, acredita que há grandes chances de lenta valorização do dólar.

Entenda o ranking

Critérios de seleção e de análise usados pelo Labfin (Laboratório de Finanças da Fundação Instituto de Administração da USP)

Seleção
  • Só participam do ranking fundos abertos destinados a pessoas físicas, incluindo o segmento de "private banking"


  • Foram selecionados fundos com patrimônio líquido ao final do semestre igual ou maior de R$ 100 mil


  • A análise abrange 590 fundos de investimento com histórico de pelo menos seis meses.
Categorias
  • Foram selecionadas cinco categorias de fundos: DI, renda fixa, cambiais, ações e livres (multimercados e balanceados), que exigem aplicação mínima menor ou igual a R$ 100 mil

Retorno
  • 1º semestre - é a rentabilidade acumulada no primeiro semestre de 2006. O retorno nesse período é que determina a posição no ranking.


  • 3 anos - é a rentabilidade acumulada pelo fundo em três anos. Essa análise é importante porque a consistência da gestão do fundo é medida pelo seu desempenho no longo prazo. Alguns fundos ainda não têm três anos de vida, por isso não é informada a rentabilidade nesse período
Categorias de fundos
  • Ações - Aplicam em ações de companhias abertas e em derivativos referenciados em índices de ações (contratos de opção e índices da Bolsa). Sua política de investimento deve ser detalhada em prospecto entregue ao investidor no momento da aplicação.


  • Cambiais - Seu objetivo é seguir a variação dos títulos cambiais. Sua carteira é composta por títulos públicos ou privados atrelados à variação cambial, podendo usar também derivativos de câmbio (contratos futuros de dólar).


  • DI - Buscam acompanhar a variação do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). No mínimo 80% do patrimônio deve estar aplicado em títulos públicos emitidos pelo Tesouro ou pelo Banco Central ou por papéis privados classificados como de baixo risco.


  • Livres - Incluem os fundos multimercados e balanceados, que aplicam em títulos de renda fixa, ações, câmbio, derivativos e opções de ações. São fundos com grau de risco variado.


  • Renda Fixa - Não são obrigados a acompanhar um indicador de rentabilidade. A carteira é composta por, no mínimo, 80% de títulos públicos classificados como de baixo risco. Os 20% restantes podem ser aplicados livremente.

Ranking dos fundos

Fundos livres
Páginas: 1 | 2 | 3

Fundos de ações
Páginas: 1 | 2

Fundos DI
Páginas: 1 | 2

Fundos de Renda Fixa
Páginas: 1 | 2

Fundos Cambiais

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre ranking dos fundos de investimento
  • Leia o que já foi publicado sobre dicas de investimentos

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