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27/10/2006

Capa: Quem não casa também quer casa

Se você mora de um jeito diferente do tradicional modelo papai-mamãe-filho-ou-filhos, pronto: entra na categoria batizada de "novas famílias", cada vez mais comuns e variadas nos grandes centros.

Modernas ou nem tanto, as famílias encolheram. A média de ocupação de uma residência, nos anos 70, era de cinco pessoas. Hoje é de 3,5, segundo dados do IBGE. A pesquisa do Datafolha encontrou a média de três habitantes por imóvel. "Os agrupamentos familiares são cada vez menores e, no caso de São Paulo, o crescimento da população é quase vegetativo. Quem engrossa a base da pirâmide é a terceira idade, que vive hoje muito mais", lembra Luiz Paulo Pompéia, diretor da Embraesp.

Essa gente, muito mais velha, saudável e independente do que nunca, é parte do público com o qual a indústria da construção começa a se preocupar. O "novo perfil" --ao menos na perspectiva do mercado imobiliário-- inclui, além dos idosos que preferem ou precisam morar sozinhos, viúvos e separados, solteiros de toda ordem, gays, lésbicas, pares que não sabem o dia de amanhã, casais estáveis mas que não querem filhos... uma diversidade sem fim.

"É um público estimado entre 10% e 12% da população, com tendência de crescimento", diz Pompéia. No Datafolha, a média de pesquisados que declara morar só é de 11%, sendo que há mais habitantes sozinhos no Rio (12%) do que em São Paulo (9%).

Essas e outras maneiras de viver já começam a ampliar a tipologia dos imóveis oferecidos. Os "lofts", que na verdade são apartamentos dúplex, miram solteiros convictos e casais sem filhos. "Nos últimos três anos, vários lançamentos foram dirigidos à terceira idade e alguns também à fatia GLS, em São Paulo", conta o arquiteto Aníbal Sabrosa, da Asbea-RJ.

O Datafolha entrevistou 718 proprietários de imóveis das classes A e B nos dias 24 e 25 de agosto, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. A margem de erro para o total da amostra é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos
O diretor da imobiliária Lopes, Tomás Salles, identifica uma demanda por imóveis na faixa entre 45 m2 e 70 m2, segundo ele, o "tamanho ideal" para novas famílias. "O grande mercado sem dúvida é esse", aposta.

Se a idéia é atender a essa variedade de estilos, a questão da metragem, apenas, pode não resolver, diz o arquiteto Gilberto Beleza: "O melhor imóvel é o que tem flexibilidade para se adequar a diferentes moradores ou diversas fases de vida". Nada de novo nisso: "O primeiro apartamento moderno projetado em São Paulo, por Rino Levy, nos anos 40, já tinha planta livre: você podia derrubar qualquer parede, tinha três alternativas de ocupação. Hoje, poucos lançamentos valorizam a boa arquitetura, o comprador não tem muita opção".

Na opinião da arquiteta Patrícia Anastassiadis, cujo escritório investe em pesquisas sistemáticas de mercado, "muitas pessoas com dinheiro para comprar não aceitam mais pratos prontos". Algumas incorporadoras atentas, não por acaso, lançam linhas personalizadas de apartamentos. "O morador compra na planta e é chamado a interferir, a participar de decisões finais. É bom mesmo, porque é isso que agora todo mundo quer: escolher."




     

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