GUIA DA PÓS-GRADUAÇÃO
28/01/2007
RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
Colaboração para a Folha
Para muitos alunos, partir para a pós-graduação significa seguir o caminho trilhado na área do saber em que foram formados. Esse itinerário, porém, começa a tomar outra forma.
Cada vez mais os pós-graduandos planejam uma rota com paradas em outras searas para complementar o conhecimento ou abrir mais frentes no mercado de trabalho.
São, por exemplo, advogados que estudam economia, matemáticos invadindo o campo das ciências agrárias e médicos se especializando em administração (leia mais nesta edição).
Não são só eles: o perfil dos cursos também começa a mudar. Programas multidisciplinares são a maioria dos aprovados pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), fundação do Ministério da Educação.
Dos 272 novos cursos de pós-graduação "stricto sensu" aprovados entre o ano passado e o início deste ano, 22 eram multidisciplinares. De 1999 a 2005, o número desses programas aumentou 260% (de 46 para 165).
Os cursos recém-aprovados estão distribuídos principalmente nas áreas de ciências sociais aplicadas e humanidades, mas há programas em ambiente, ciências biológicas e da saúde e engenharias.
A explicação para o fenômeno é uma tese que vem ganhando força: a de que problemas complexos exigem abordagem multifacetada, com profissionais de várias especialidades.
Segundo o representante da comissão da área multidisciplinar --atualmente a maior da Capes--, Carlos Nobre, a tendência de formar cursos interdisciplinares vem crescendo.
"A geração de novos conhecimentos se dá de forma cada vez mais interdisciplinar em todo o mundo. Problemas complexos normalmente são intrinsecamente questões interdisciplinares, requerendo a interação e a integração de várias disciplinas para sua solução", teoriza.
Unindo forças
Outro fator que contribui para o boom desse tipo de programa é a expansão de cursos em universidades menores, segundo Nobre. Para ele, como essas instituições geralmente têm corpo docente reduzido, professores unem forças para conduzir um curso de qualidade.
Depois da área multidisciplinar, os "campeões" de aprovação de novos cursos foram engenharia, medicina e saúde coletiva (veja a lista dos cursos recomendados no site www.capes.gov.br).
Confira, a seguir, quais são os pontos de intersecção entre oito grande áreas do saber definidas pela Capes e em que campos o mercado mais busca profissionais especializados.
E saiba o que dizem especialistas sobre o momento ideal para fazer cada uma das modalidades de pós --especialização, mestrado acadêmico ou profissional e doutorado.
Mistura de áreas: Aluno de pós busca outras habilidades em seu curso
Programas também já reúnem professores de várias disciplinasRENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
Colaboração para a Folha
Para muitos alunos, partir para a pós-graduação significa seguir o caminho trilhado na área do saber em que foram formados. Esse itinerário, porém, começa a tomar outra forma.
Cada vez mais os pós-graduandos planejam uma rota com paradas em outras searas para complementar o conhecimento ou abrir mais frentes no mercado de trabalho.
São, por exemplo, advogados que estudam economia, matemáticos invadindo o campo das ciências agrárias e médicos se especializando em administração (leia mais nesta edição).
Não são só eles: o perfil dos cursos também começa a mudar. Programas multidisciplinares são a maioria dos aprovados pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), fundação do Ministério da Educação.
Dos 272 novos cursos de pós-graduação "stricto sensu" aprovados entre o ano passado e o início deste ano, 22 eram multidisciplinares. De 1999 a 2005, o número desses programas aumentou 260% (de 46 para 165).
Os cursos recém-aprovados estão distribuídos principalmente nas áreas de ciências sociais aplicadas e humanidades, mas há programas em ambiente, ciências biológicas e da saúde e engenharias.
A explicação para o fenômeno é uma tese que vem ganhando força: a de que problemas complexos exigem abordagem multifacetada, com profissionais de várias especialidades.
Segundo o representante da comissão da área multidisciplinar --atualmente a maior da Capes--, Carlos Nobre, a tendência de formar cursos interdisciplinares vem crescendo.
"A geração de novos conhecimentos se dá de forma cada vez mais interdisciplinar em todo o mundo. Problemas complexos normalmente são intrinsecamente questões interdisciplinares, requerendo a interação e a integração de várias disciplinas para sua solução", teoriza.
Unindo forças
Outro fator que contribui para o boom desse tipo de programa é a expansão de cursos em universidades menores, segundo Nobre. Para ele, como essas instituições geralmente têm corpo docente reduzido, professores unem forças para conduzir um curso de qualidade.
Depois da área multidisciplinar, os "campeões" de aprovação de novos cursos foram engenharia, medicina e saúde coletiva (veja a lista dos cursos recomendados no site www.capes.gov.br).
Confira, a seguir, quais são os pontos de intersecção entre oito grande áreas do saber definidas pela Capes e em que campos o mercado mais busca profissionais especializados.
E saiba o que dizem especialistas sobre o momento ideal para fazer cada uma das modalidades de pós --especialização, mestrado acadêmico ou profissional e doutorado.
