A cobra de estimação
Renato Stockler/Na Lata | ||
O menino Iago Pegoraro Barbosa, 10, não tem gato, cão ou passarinho em casa. Mas tem uma cobra de estimação com uns dois metros de comprimento. Calma! Ela é de pano, toda de retalhos. E já está bem velhinha, sem olho, desgrenhada e desbotada.
Ele encontrou o brinquedo, numa feira paulistana da praça Benedito Calixto, quando tinha uns dois anos de idade. "Foi amor à primeira vista", lembra a mãe, Silvia Pegoraro. Imediatamente, o garoto pediu a cobra de presente, e o bicho ganhou o nome de Panelinha.
"Durmo enrolado nela todas as noites", conta Iago, que já passou uns apertos à noite quando a cobra estava ausente --às vezes, ela precisa tomar banho, né? Quando ele era menorzinho, um de seus sonhos era que o brinquedo ganhasse vida. Aí, a cobra virava sua protetora contra tudo e contra todos.