História
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| Nadadoras largam na decisão dos 100 m livre |
Três anos após a quebra da Bolsa de Nova York, que derrubou a economia norte-americana, os Estados Unidos conseguiram organizar os Jogos Olímpicos de Los Angeles graças ao investimento federal, que seria a base do "New Deal", programa que reestruturou o país.
O investimento realizado pelo governo norte-americano viabilizou a realização da Olimpíada, que pela primeira vez contabilizou lucro, cerca de US$ 1 milhão, valor exorbitante na época.
Apesar do sucesso econômico da competição, os Jogos de Los Angeles sofreram uma queda radical no número de participantes -- 1.332, contra 2.883 que foram à capital holandesa. Culpa da distância entre EUA e Europa, mas também das incertezas do mercado financeiro.
O público, no entanto, não ficou decepcionado com essa queda e lotou os eventos. A cerimônia de abertura, por exemplo, foi vista por 100 mil pessoas.
Na Califórnia, a Olimpíada abandonou a alternância na duração que caracterizava o evento até aquele momento e estabeleceu pela primeira vez o limite de duração das competições --duas semanas--, que dura até hoje.
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Destaque
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Brasil
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O Brasil não subiu nenhuma vez ao pódio em Los Angeles. De positivo, as primeiras participações femininas. A nadadora Maria Lenk (foto) se tornou a primeira sul-americana a competir em uma Olimpíada. Nos 200 m peito, foi eliminada nas semifinais. |
Curiosidades
- A polonesa Stalislawa Walasiewicz venceu os 100 m com recorde mundial --11s9--, recebendo o título de "mulher mais rápida do mundo". Em 1980, foi assassinada nos EUA, e a polícia resolveu fazer uma autópsia. A surpreendente constatação: a campeã olímpica era homem.
- Os 3.000 m com obstáculos da Olimpíada-1932 tiveram na verdade 3.400 m --um erro na contagem das voltas fez com que os atletas corressem uma volta a mais. Como consequência, o finlandês Volmari Iso-Hollo, medalha de ouro, deixou de bater o recorde mundial.
- A participação brasileira em Los Angeles-32 foi, mais uma vez, uma decepção. Sem dinheiro para bancar as viagens, os atletas conseguiram embarcar em um navio, mas sob a condição de venderem sacas de café nos portos em que fizessem escalas até a Califórnia.
- Os japoneses dominaram as provas da natação em Los Angeles. Foram cinco vitórias nas seis provas masculinas --só não levaram o ouro nos 400 m livre, vencido pelo norte-americano Clarence Crabbe. O Japão faturou ainda mais quatro medalhas de prata e duas de bronze.
- A norte-americana Helene Madison, que venceu três provas da natação (100 m, 400 m e 4 x 100 m livre), e o italiano Romeo Neri, três vitóras na ginástica (barras paralelas, exercícios combinados individual e por equipe), foram os atletas que mais subiram no alto do pódio.
