História
Andy Clark/Reuters |
Cathy Freeman posa com a tocha olímpica na cerimônia de abertura |
O COI (Comitê Olímpico Internacional) define a Olimpíada mais conhecida como Jogos Olímpicos de verão, já que há uma competição "de inverno", que conta apenas com esportes disputados no gelo ou na neve.
Mas em Sydney, o inverno invadiu, pela primeira vez, uma edição dos Jogos de verão, já que os primeiros dias da competição foram disputados ainda na estação mais fria do ano.
Livre de boicote e atentado, o problema do evento foi o fuso horário, que prejudicou o maior público mundial, o Ocidente. Os EUA, por exemplo, não transmitiram nenhuma prova ao vivo, muito também pela decisão da NBC, que detinha os direitos de transmissão no país.
O Brasil nunca havia chegado para uma Olimpíada com tantos favoritos como em Sydney. E nunca colecionou tantos fracassos em conquistas dadas como certas --foram seis pratas e seis bronzes.
O grande nome dos Jogos foi a velocista norte-americana Marion Jones, que subiu cinco vezes ao pódio --conquistou três medalhas de ouros. Anos mais tarde, no entanto, ela confessou ter usado substâncias ilícitas para melhorar seu desempenho.
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Destaque
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Brasil
Shelda e Adriana Behar (foto) chegaram a Sydney como favoritas ao ouro, mas, na final, acabaram perdendo para as locais Natalie Cook e Kerri Pottharst. Mesmo assim, mantiveram o vôlei de praia nacional como uma das potências do planeta. |
Curiosidades
- Eric Moussambani, da Guiné Equatorial, em sua eliminatória, teve que apelar para o estilo "cachorrinho" para conseguir completar o 100 m livre. Com 1min52s72, fez um tempo inferior até do que o obtido pelo húngaro Alfred Hajos na primeira edição, em Atenas-1896.
- A norte-americana Marla Runyan, com apenas 25% da visão --é considerada cega pela legislação de seu país--, se tornou uma das grandes heroínas de Sydney, ao conseguir se classificar para a final dos 1.500 m. Terminou a prova na oitava colocação.
- A Colômbia terminou em primeiro lugar no quadro de medalhas entre os países da América do Sul, com um ouro --seu primeiro da história-- da halterofilista Maria Isabel Urrutia, na categoria até 75 kg. Sydney marcou a estréia das mulheres no levantamento de peso.
- O ala australiano Andrew Gaze completou 40 partidas olímpicas e bateu o recorde do brasileiro Oscar Schimidt, 38. Ambos disputaram cinco edições dos Jogos. Gaze, que carregou a bandeira de seu país na festa de abertura, terminou na quarta colocação.
- Camarões conquistou sua primeira medalha de ouro na história, no esporte mais popular do mundo. Os africanos, donos de um estilo descontraído, surpreenderam os favoritos brasileiros, chilenos e espanhóis em seu caminho ao topo do pódio no futebol.
- Sydney viu uma das piores competições de atletismo da história olímpica. Apenas seis recordes olímpicos foram quebrados e nenhum mundial --igualando Londres-48. Nos 200 m, o grego Konstantinus Kenteris levou o ouro com o pior tempo dos quatro últimos campeões.
- Pela terceira vez, o vôlei masculino da Itália entrou na Olimpíada como favorito e saiu sem o ouro. Equipe mais vencedora dos anos 90, os italianos ganharam todos os títulos do vôlei mundial, menos a medalha olímpica. Em Sydney, perderam na final para a Iugoslávia.