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Ruben Sprich/Reuters
Ex-padre irlandês ataca Vanderlei Cordeiro de Lima durante maratona
Ex-padre irlandês ataca Vanderlei Cordeiro de Lima durante maratona

Oito anos depois do centenário da Olimpíada, quando todos esperavam que Atenas ficaria com a tarefa de organizar o evento -Atlanta, nos Estados Unidos, ganhou a eleição--, os Jogos da Era Moderna voltaram à Grécia, onde começaram.

Realizada sob o medo do terrorismo, a 28ª Olimpíada da era Moderna, a primeira realizada após os fatídicos ataques de 11 de Setembro nos EUA, foi a que mais se preocupou com segurança na história. Formam gastos US$ 1,5 bilhão com segurança, nada menos do que do que cinco vezes o valor de Sydney-2000.

Os Jogos, no entanto, correram em tranqüilidade. As hostilidades em relação aos norte-americanos, em grande parte devido à invasão do Iraque, ficaram restritas a vaias de torcedores.

No aspecto esportivo, a Olimpíada viu a ameaça chinesa aos EUA. Com 32 medalhas, os asiáticos ficaram em segundo no quadro, três conquistas atrás dos norte-americanos, e jogaram os russos para o terceiro lugar. Outra surpresa também veio da Ásia. O Japão pulou dez posições no quadro e apareceu em quinto, com 16 ouros --contra 5 da edição anterior.

Com sua maior delegação na história, com 247 atletas, o Brasil viu também seu melhor desempenho, com o recorde de quatro ouros, ultrapassando o feito de Atlanta-96 (três). Em total de medalhas, no entanto, houve retrocesso pela segunda vez seguida: foram dez, contra 12 em Sydney e 15 em Atlanta.

Medalhas Ouro Prata BronzeTotal
1. EUA363927102
2. China32171463
3. Rússia27273892
4. Austrália17161649
16. Brasil52310
Confira o quadro de medalhas completo

Destaque

Destaque MICHAEL PHELPS
O nadador não conseguiu superar os sete ouros de Mark Spitz, mas ganhou oito medalhas, seis delas de ouro.

Brasil

Destaque Marcelo Ferreira e Torben Grael (foto) foram campeões na classe star e conquistaram um dos quatro ouros do país em Atenas. Os outros foram com o velejador Robert Scheidt, a dupla de vôlei de praia Ricardo e Emanuel e a seleção masculina de vôlei.

Curiosidades

  • O atirador Matthew Emmons liderava a carabina três posições 50 m, quando fez uma trapalhada. No último tiro, o americano acabou acertando o alvo de um vizinho, o austríaco Christian Planner. O erro tirou suas chances de medalha e deu o bronze a Planner.
  • Na Grécia, a vela se tornou o esporte mais vencedor do Brasil em Olimpíadas. A modalidade trouxe dois ouros --Robert Scheidt (classe laser) e Torben Grael/Marcelo Ferreira (star)-- e chegou a 14 pódios na história, à frente de atletismo (13) e do judô (12).
  • Pela primeira vez, a China terminou na segunda posição no quadro de medalhas a apenas três ouros dos EUA. Os chineses ganharam 32 ouros, 17 pratas e 14 bronzes, contra 35 ouros, 39 pratas e 29 bronzes dos EUA. A Rússia terminou em terceiro (27 ouros).
  • A canoísta alemã Birgit Fischer, 42, ganhou nos Jogos gregos seu oitavo ouro (soma também quatro pratas) na história e ficou a apenas um de igualar a marca da ginasta Larissa Latynina (URSS), que detém o recorde entre as mulheres de nove títulos olímpicos.
  • A jogadora Janeth se consolidou como a maior cestinha das Olimpíadas. A ala atingiu na Grécia a marca de 535 pontos, mas não conseguiu ajudar o Brasil a ganhar outra medalha no basquete --a equipe terminou em quarto após perder a decisão do bronze para a Rússia.
  • Porta-bandeira da equipe, o velejador Torben Grael conquistou seu segundo ouro em Atenas, na classe star, e se tornou o atleta olímpico brasileiro de maior sucesso da história. Ele possui na carreira cinco pódios (dois ouros, uma prata e dois bronzes).
  • Na disputa da maratona, um espectador, o ex-padre irlandês Cornelius Horan, entrou na pista e derrubou o brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima, quando ele liderava a prova. O maratonista brasileiro acabou terminando a prova em terceiro lugar.
  • Após conquistar apenas um ouro em Sydney-2000 --halterofilista colombiana María Isabel Urrutia--, a América do Sul fez sua melhor campanha na história em Atenas. Além dos quatro ouros do Brasil, a Argentina e o Chile conquistaram dois títulos cada um.
  • A Argentina quebrou um jejum de 52 anos que não ganhava um ouro olímpico. De quebra, em Atenas, faturou dois: ganhou os títulos nos torneios masculino de basquete e de futebol. No basquete, foi responsável pela eliminação dos EUA nas semifinais.

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