I - Apresentação
Fique por dentro dos
bastidores da Bienal


BIENÁLICAS


6.mai.2000

Fim de feira
Neste sábado (6), penúltimo dia de Bienal, algumas editoras já estavam desmontando partes dos seus estandes. Escadinhas e cadeiras utilizadas para retirar os livros mais altos são encontradas em todos os pavilhões. No Pavilhão Vermelho, o estande de exposições do FMI já estava vazio na hora do almoço. A grande expectativa de vendas das editoras neste último final de semana parece que não serão comprovadas. No espaço reservado para as editoras portuguesas, também no Pavilhão Vermelho, tudo era calmo e tranquilo. As funcionárias, sentadas, aguardavam em vão pela chegada de um possível comprador.

Lotado?
Ao chegar na frente da entrada principal do Expo Center Norte, uma placa avisa: "estacionamento lotado". Ao entrar, a reportagem da Folha Online localizou, no mínimo, umas 40 vagas. Dentro dos pavilhões, por sinal, o público era bem menor do apresentado no sábado e domingo passados. Pelo menos até as 14h.


5.mai.2000

Dor de cabeça
Dor de cabeça é o que mais tem levado as pessoas ao posto médico desta Bienal. Segundo a médica Márcia Canseco, que estava de plantão na noite de quinta-feira, as principais causas das dores são o calor e o estresse do trabalho. Em média, são atendidas entre cem e 150 pessoas por dia. A médica informou que a maioria dos atendidos é de crianças e funcionários dos estandes. O posto de atendimento fica no corredor de acesso ao Pavilhão Azul.

Em Verso e Prosa
Passeando pelos corredores da Bienal, um estande poderia passar despercebido, mas chama a atenção porque não vende livros nem faz parte da área de alimentação. À primeira vista, parece uma loja de roupas, e o nome também diz isso _Companhia de Roupas Tropicais. Mas não é só isso. A proprietária, Fernanda Dias, é designer de produtos, e as suas criações incluem trechos de livros de autores indicados pelas editoras que estão expondo nesta Bienal ou pelos próprios autores, que lhe mostram seu trabalho. Há camisetas com versos, pratos com trechos de prosa e até roupas de cama. Um dos mais criativos é um vestido longo, preto, cuja etiqueta, que fica no decote, nas costas, tem um verso do poeta português Eugénio de Andrade: "Se ousares, ousa". A criatividade e o gosto pela literatura não surgiram do nada, vêm de família. Fernanda é neta da poeta Cecília Meireles.


4.mai.2000

Esconde-esconde
Miguel Falabella voltou aos tempos de criança e brincou de esconde-esconde nesta tarde na Bienal. Ao chegar, ele começou a caminhar calmamente em direção ao Pavilhão Azul. Triste ilusão que conseguiria passar despercebido. Reconhecido pelos fãs, principalmente pelas adolescentes, Falabella teve de sair correndo e se esconder na sala de imprensa. Do lado de fora, as meninas tentavam invadir o local e quase quebraram os vidros.

Frankfurt
Falabella, que esteve na Bienal participar de um bate-papo sobre cinema e prostituição de garotas polacas, organizado pela Casa da Cultura de Israel, disse que o lado ruim da fama é este: não poder tentar, ao menos, ser normal. E o bom? "Andar pela Bienal da Alemanha (Frankfurt) e não ser reconhecido", disse.

Muito trabalho
Falabella disse que não pretende fazer nenhum trabalho para a televisão ou para o teatro nos próximos meses. A hora é de relaxar. "Também, já faço muita coisa, e nem daria tempo."

Segure a sua noiva
Até domingo (7), ao lado do Expo Center Norte, está sendo realizada a "Expo Noivas", com tudo _tudo mesmo_ para quem pretende se casar. Os namorados e noivos que forem até a Bienal do Livro nos próximos dias que tratem de segurar suas noivas e namoradas.

Parou tudo
O Corinthians perdeu para o Rosário Central na Argentina, pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores da América, mas o meia Marcelinho Carioca não conseguiu fugir da garotada. A criançada fez a maior festa para o ídolo, que está lançando a "Cartilha do Marcelinho Carioca", pela editora FTD, que já vendeu mais de 1.200 exemplares.

Em busca da fama
O escritor Luiz Fernando Kiehl passeava pela sala de imprensa e distribuindo o seu cartão. Ele paga R$ 50 por mês para deixar seu livro publicado na editora virtual hotbook (www.hotbook.com.br). Quem quiser pode acessar o site e copiar gratuitamente o livro. Vale tudo pelo reconhecimento.

De graça
No sábado (6) às 16h, Nelson Motta estará no estande da Editora Objetiva (Pavilhão Azul) para uma sessão de autógrafos do livro "Noites Tropicais". Os 150 primeiros leitores que comprarem o livro vão ganhar o CD Noites Tropicais, gravado pela Universal, com oito faixas musicais escolhidas pelo próprio Nelson Motta.

Copa de 98
O jornalista Juarez Soares, o popular "China", estará dando autógrafos no livro "Diário da Copa de 98", no sábado (6), às 14h, no estande da Master Book/Pancast (Pavilhão Azul).

A moda pegou...
Acompanhando a onda da música árabe, a Madras Editora, que tem um estande no Pavilhão Azul, fez uma "festinha" de lançamento do livro "Curso Prático de Dança do Ventre". Dançarinas se apresentaram na frente do estande, ao som de El Arbi, do cantor argelino Khaled, vestidas de odaliscas. A moda pegou... e o público parece ter gostado, pois as garotas foram muito aplaudidas ao final do "show". Resta saber se os aplausos se traduziram em lucro...

Espíritas
Esta Bienal traz uma novidade para quem curte livros de temas religiosos. Além de estandes de editoras já tradicionais, como a Edições Paulinas e a Editora Vozes, entre outras, no Pavilhão Verde, foi aberta uma rua com o nome Bezerra de Menezes, onde só se encontra literatura espírita. Segundo vendedores de três editoras, esta é a primeira vez que editoras espíritas se agrupam numa única rua. O nome preferido era o de Allan Kardec, mas como as ruas dos pavilhões da Bienal têm nomes de escritores brasileiros, foi escolhido o nome de Bezerra de Menezes, um dos mais conhecidos autores de livros psicografados no Brasil.

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Reportagem de Adriana Resende, André Tarchiani Savazoni e Rodrigo Dionisio

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