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IV
- Novos imortais
Ivan Junqueira ocupa vaga de João Cabral de
Melo Neto na ABL
CRISTINA
GRILLO
da Sucursal do Rio
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Veja
as principais
obras do escritor
Poesia
Os Mortos (1964)
Três Meditações na Corda Lírica (1977)
A Rainha Arcaica (1980)
A Sagração dos Ossos (1994)
Tradução
Quatro Cartetos, de T.S. Eliot (1967)
Antologia
Testamento de Pasárgada, antologia crítica da
poesia de Manuel Bandeira (1981)
Dias idos e vividos, antologia crítica da prosa de não-ficção
de José Lins do Rego (1981)
Ensaio
À Sombra de Orfeu (1984)
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O
poeta, jornalista e tradutor carioca Ivan Junqueira, 65, foi eleito
no dia 30 de março o imortal que vai ocupar a cadeira
37, antes ocupada pelo poeta João Cabral de Melo Neto, morto
em outubro, na ABL (Academia Brasileira de Letras).
A
eleição aconteceu uma semana depois que a ABL elegeu
o escritor Carlos Heitor Cony para a cadeira número 3.
Junqueira
venceu a eleição com 32 votos. Seu adversário,
o também poeta e escritor Artur Eduardo Benevides, 76, obteve
apenas três. No total, 37 acadêmicos votaram.
Junqueira
tem uma obra reconhecida nos meios culturais. Ele é autor,
entre outros títulos, de A Rainha Arcaica, prêmio
nacional de poesia do Instituto Nacional do Livro em 1981. Em 1985
recebeu da ABL o prêmio Assis Chateaubriand, um dos mais importantes
da instituição, pelo livro de ensaios À
Sombra de Orfeu.
Junqueira
também é reconhecido por seu trabalho como tradutor.
Ele já traduziu obras como Quatro Quartetos,
de T.S Eliot, A Obra em Negro, de Marguerite Yourcenar,
As Flores do Mal, de Charles Baudelaire, e Poemas
Reunidos 1934-1953, de Dylan Thomas, entre outros.
Artur
Eduardo Benevides, cearense, é professor titular da faculdade
de Letras da Universidade Federal do Ceará e responsável
pela área de literatura brasileira. Também é
membro permanente do júri do prêmio Jabuti.
Carlos
Heitor Cony participou da sessão, mas não da votação.
Ele só passa a ter direito a voto após sua posse,
marcada para o dia 31 de maio.
Com
a eleição do sucessor de João Cabral de Melo
Neto, resta ainda uma vaga a ser preenchida na ABL _a do cientista
Carlos Chagas Filho, morto em fevereiro.
As
inscrições ficam abertas até o dia 16 de maio
e a eleição deverá ser marcada para uma data
em torno do dia 20 de julho.
Por
enquanto há apenas um candidato inscrito: o embaixador Alberto
da Costa e Silva, 68, autor de vários livros de poesia (um
deles, Ao Lado de Vera, recebeu o prêmio Jabuti
em 97), de história e de ensaios.
Tradução
Ivan Junqueira, o mais novo imortal da Academia Brasileira
de Letras, tem sua obra conhecida nos meios culturais e sua poesia
já foi traduzida para o espanhol, alemão, francês,
inglês, italiano, dinamarquês, russo e chinês.
Duas
de suas obras já foram muito premiadas: em 1995, Ivan Junqueira
recebeu o Prêmio Jabuti por seu livro de poesia A Sagração
dos Ossos. Onze anos antes, em 1984, ganhou o Prêmio
Assis Chateaubriand da ABL por seu ensaio À Sombra
de Orfeu.
Porém, seu trabalho mais importante e conhecido é
Rainha Arcaica, que conquistou o prêmio nacional
de poesia do instituto Nacional do Livro, em 1981. Além disso,
Junqueira é muito conceituado por seu trabalho como tradutor,
tendo traduzido várias obras, entre elas Quatro Quartetos,
de T.S. Elliot, A Obra em Negro, de Marguerite Yourcenar,
As Flores do Mal, de Charles Baudelaire e Poemas
Reunidos 1934-1953, de Dylan Thomas.
Natural
da cidade do Rio de Janeiro, nasceu no dia 3 de novembro de 1934.
Ivan cursou Medicina e Filosofia na Universidade do Brasil, mas
não chegou a concluir os cursos.
Depois,
em 1963, ingressou no jornalismo como redator da Tribuna da
Imprensa, permanecendo na profissão até 1987.
Nesse tempo, trabalhou no Correio da Manhã, Jornal
do Brasil e O Globo sempre como editor ou redator.
Entre
1970 e 1977, Junqueira foi assessor de imprensa e, depois, diretor
do Centro de Informações das Nações
Unidas no Rio de Janeiro. Mais tarde, tornou-se supervisor da Editora
Expressão e Cultura e diretor do Núcleo Editorial
da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
O
poeta Ivan Junqueira é membro titular do Pen Club do Brasil
e, em 1994, conquistou o Prêmio José Sarney de poesia
inédita. Em 1997, organizou, com Moacyr Félix e Leonardo
Fróes, as Quintas de Poesia, sob patrocínio
da Funarte.
Em
98, o novo imortal foi curador do Programa de Co-Edições
da Fundação Biblioteca Nacional, possibilitando a
publicação de 35 títulos de autores das regiões
Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil. Ainda no ano de 98, ele recebeu
a Medalha Cruz e Souza, da municipalidade de Florianópolis.
Colaborou
André Tarchiani Savazoni, repórter da Folha
Online
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