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Ansiedade de pais atrapalha crianças Família deve evitar cobranças exageradas e acúmulo de atividades
DA REPORTAGEM LOCAL O grau de ansiedade dos pais deve ser o primeiro fator a ser avaliado na hora de escolher a pré-escola dos filhos. Para o pesquisador em educação infantil da Fundação Carlos Chagas e coordenador do mestrado em educação da Universidade São Francisco, Moysés Kuhlmann Jr., os pais têm de saber dosar suas expectativas e avaliar os reais benefícios da primeira educação. É normal que, hoje, com a crise do emprego e todas as questões ligadas ao trabalho, os pais fiquem ansiosos para que os filhos tenham um rendimento alto e queiram antecipar certas aprendizagens. Isso pode levá-los a matricular seus filhos em escolas que priorizem apenas o conteúdo e a preencher o tempo das crianças com uma série de atividades extracurriculares, o que pode as levar ao estresse, diz. Para ele, a escola ideal é aquela que balanceia conteúdo e faz-de-conta, horas em salas de aula com brincadeiras feitas ao ar livre. No primeiro contato com a escola é preciso que a criança esteja tranquila para desenvolver sua criatividade, sem desprezar os conteúdos, e que ela seja estimulada a conhecer o mais amplamente possível os diferentes aspectos do mundo em que vive, afirma. O estímulo à criança para que ela se desenvolva em sintonia com o mundo e tenha sua individualidade respeitada foram dois conceitos defendidos por oito pedagogos de pré-escolas procuradas pela Folha. Alfa, Bacuri, Bem-Me-Quer, Carlitos, Cecei (Centro de Estudos e Educação Infantil), Escola da Vila, Escola Viva e Vera Cruz têm projetos pedagógicos distintos, mas no geral apresentam preocupação em levar atividades extras (como inglês, computação ou música) para dentro da sala de aula, destinam tempo à brincadeira e fazem com que o primeiro contato com a escrita se dê logo que a criança entra na escola. Também afirmam valorizar o contato com os pais, que podem propor temas para aulas. Colaborou Leia mais: Participação ajuda a desenvolver
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