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Marion Jones Alexander Karelin Maria Olaru Lance Armstrong Hamish Carter Maurice Greene Steve Redgrave Ronaldinho Patrick Rafter Javier Sotomayor Ian Thorpe O Pacífico vai à guerra das medalhas |
'Pareço antipática, mas não sou'
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO DO PAINEL FC Marion Jones, 24, tem tudo para ser um dos grandes nomes nos Jogos de Sydney-2000. Ou, se o objetivo traçado se confirmar, “o” nome. A velocista americana chega à Austrália para ser a primeira na história a conquistar cinco medalhas de ouro no atletismo numa mesma Olimpíada. Marion Jones irá competir nos 100 m, 200 m, salto em distância _é especialista nessas três provas_ , e no revezamento 4x400 m e 4x100 m. Número 1 do mundo tanto nos 100 m quanto nos 200 m, ela é conhecida como uma atleta cujo comportamento se assemelha ao de um robô. No mês passado, enquanto se preparava para disputar as seletivas olímpicas em Sacramento (na Califórnia), deu, por teleconferência, uma entrevista à imprensa estrangeira, em que se aborreceu bastante com os temas abordados. Jones foi indagada três vezes por uma jornalista francesa sobre sua postura fria e calculista. ‘‘Em uma competição esportiva, não ganha a mais simpática. Ganha quem se prepara melhor. Como cada detalhe é importante, procuro estar 110% concentrada. Na verdade, estou tão centrada em mim que pareço antipática. Mas não sou.’’ Quando a francesa retomou o tema, Jones comentou, com uma certa dose de humor: ‘‘Sou tão antipática que estou aqui, conversando com vocês’’. E já avisa: ‘‘Em Sydney, vou para competir e ganhar, não para fazer amizades’’. Está tão concentrada que não vai nem mesmo torcer para o basquete norte-americano, esporte pelo qual se diz fanática. ‘‘Comecei minha vida de esportista no basquete. Meu sonho era disputar uma Olimpíada jogando basquete, mas não deu.’’ Ela chegou a disputar, com sucesso, o campeonato norte-americano universitário de basquete, pela Carolina do Norte, antes dos Jogos de Atlanta, em 1996. Uma contusão roubou a bola de sua trajetória esportiva. ‘‘Quando voltei, optei pelo atletismo. Mesmo no basquete, já tinham me sugerido a modalidade, porque sempre fui muito ágil e veloz.’’ Fã de Florence Griffith-Joyner, recordista mundial dos 100 m com 10s49, Jones não quis comentar as suspeitas que pairaram sobre a atleta _e sobre vários outros norte-americanos_ em relação ao uso de doping. Griffith-Joyner, que morreu após problemas cardíacos, largou as pistas quando começaram a ser realizados testes de surpresa pela Iaaf, a Federação Internacional de Atletismo. Treinada por Trevor Graham, considerado um dos principais técnicos dos EUA, Jones obteve ótimos resultados em 1998. Chegou a ganhar o prêmio da Golden League, que dá US$ 1 milhão para quem vence a mesma prova em sete competições do circuito no mesmo ano. Ganhadora dos 100 m rasos, dividiu a premiação com um marroquino e um etíope. Em 1999, não repetiu o feito _uma contusão a impediu de disputar uma das provas. Tampouco conseguiu os quatro ouros pelos quais lutara em Sevilha, no Mundial de Atletismo. E é justamente o problema que a assustou no ano passado _fortes dores nas costas_ que pode atrapalhá-la em Sydney. ‘‘Estou tomando todo o cuidado para entrar na minha melhor forma nos Jogos. Se não, fica o risco de dar o máximo em uma prova e me desgastar para a seguinte. Tenho que dar o máximo em todas as disputas em que entrar.’’ E levar para casa seis _e não ‘‘só’’ cinco medalhas de ouro. Afinal, C.J. Hunter, seu marido, é outro que estará em Sydney, competindo na prova de lançamento de peso, com chance de medalha
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Editoria
de Arte
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Paris-1980