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Ian Thorpe
O Pacífico vai à guerra das
medalhas
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IAN
THORPE
Natação - Austrália
E os ouros da natação vão para...
A
Austrália já contabiliza as medalhas de seu ´Thorpedo',
o jovem fenômeno das piscinas
France
Presse
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Thorpe,
o atleta mas badalado da Olimpíada |
JOÃO
CARLOS ASSUMPÇÃO
DO PAINEL FC
Apontado pelo treinador Don Talbot, que comanda a equipe australiana,
como maior revelação da história da natação,
Ian Thorpe deve ser o nome da Olimpíada de Sydney.
É para o jovem nadador de 17 anos que estarão voltadas todas
as atenções. E especialmente as de seus compatriotas. Na
Austrália, Thorpe é o que Ronaldo seria _ou pelo menos era
essa a expectativa_ para o Brasil na Copa de 1998.
Recordista mundial dos 200 m e dos 400 m livre, além de detentor
da melhor marca, com a equipe australiana, do revezamento 4x200 m, Ian
Thorpe acha que, nas piscinas de Sydney, várias marcas podem _e
devem_ ser superadas.
Um dos motivos é a permissão para o uso da roupa, conhecida
como fast skin (pele rápida), que promete
reduzir bastante o atrito do corpo do nadador com a água.
Mesmo não havendo consenso a este respeito _o russo Alexander Popov
é um dos que não se convenceram da utilidade do novo maiô_,
Thorpe tem defendido a nova tecnologia e acha que ela pode ajudar, sim,
na obtenção de melhores marcas.
Apesar de seus pés terem, de acordo com revelação
recente do próprio nadador, parado de crescer _Thorpe calça
51, um dos fatores que ajudariam a explicar suas conquistas_, ele é
o favorito disparado para vencer as provas em suas especialidades: nos
200 m e nos 400 m livre e também no revezamento 4x200 m, onde coleciona
recordes.
Sobre novos recordes seus, prefere não falar. Tem dito apenas que
podem acontecer. Como tem evitado também discussões a respeito
de doping. Um dos maiores defensores do exame de sangue para verificar
uso de substâncias proibidas na natação, a estrela
Ian Thorpe acabou sendo alvo de suspeitas lançadas por um técnico
alemão.
Depois de reagir aos comentários, recebeu um pedido de desculpas.
Agora, com os Jogos se aproximando, prefere, de fato, ficar longe das
polêmicas.
Embora às vezes reclame da fama, a popularidade do nadador na Austrália
o tem permitido se dedicar, com afinco, a causas sociais, tal qual o tenista
conterrâneo Patrick Hafter.
Além de trabalhar numa ONG, atendendo pessoas deprimidas, tem doado
recursos e participado de campanhas publicitárias para entidades
que tratam de doentes de câncer.
O motivo para seu interesse pelos assuntos que cercam a doença
foi ela ter afetado, há cerca de três anos, um de seus melhores
amigos. Apesar de seu colega ter se recuperado, Thorpe decidiu ajudar
outras pessoas _e em especial crianças_ vítimas da doença.
Sobre seus adversários, embora faça muitos elogios a Michael
Klim, seu compatriota detentor do recorde mundial dos 100 m borboleta_,
prevê que a natação norte-americana lhe dará
muito trabalho. E que o russo Popov, recordista mundial dos 100 m livre,
será outro grande adversário na Olimpíada.
O nadador russo, aliás, treina no Instituto Australiano dos Esportes,
em Canberra, onde o Brasil está fazendo aclimatação
antes de ir a Sydney.
A escolha de Popov pela Austrália não é mero acaso.
Como disse Luiz Lima, brasileiro que chegou a treinar em Perth, outra
cidade do país de Thorpe, lá havia mais piscinas do que
no Brasil inteiro. O que explica, inclusive, o porquê de a Austrália
se transformar no país da natação. E estar com grandes
chances de bater os EUA nos Jogos deste ano.
OS
HERÓIS OLÍMPICOS
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Popperfoto |
Atlanta-1996
O nome
dos Jogos de Atlanta é forte candidato à estrela também
em Sydney. O atleta Michael Johnson, o "dono" dos
200 m e dos 400 m em Atlanta, virou superstar de tal grandeza que
corria com uma sapatilha dourada
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Barcelona-1992
O ouro
fácil do Dream Team" americano no basquete não
foi novidade. A notícia era que o grande Magic Johnson,
que havia abandonado o esporte por causa da Aids, voltaria às
quadras para o show. |
Leia mais: O Pacífico vai
à guerra das medalhas
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