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O Pacífico vai à guerra das medalhas
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O Pacífico vai à guerra
das medalhas
Olimpíada
"em casa" eleva o número de favoritos das equipes do
continente asiático
JOÃO
CARLOS ASSUMPÇÃO
DO PAINEL FC
Os Jogos de Sydney-2000 devem consolidar a força dos países
do Pacífico nas competições olímpicas. Estão
na região alguns dos favoritos para a edição deste
ano dos Jogos, que têm início nesta semana.
Entre as consideradas barbadas da Olimpíada, o maior
destaque é para a natação australiana. Não
só Ian Thorpe, mas também Michael Klim, recordista mundial
dos 100 m nado borboleta, integrante também da equipe australiana
que é dona da melhor marca do mundo no revezamento 4x200 m.
Muito amigo de Popov, russo que também é tido como bicho-papão
da natação, Klim, sob menos pressão do que a revelação
Thorpe, pode até ter mais destaque do que seu compatriota, segundo
apostam alguns especialistas no esporte.
Graças principalmente à natação, a Austrália,
como país-sede e potência olímpica emergente, deve
contabilizar um bom desempenho em sua Olimpíada.
Se não ficar entre as quatro primeiras nações do
quadro de medalhas, sua participação terá sido um
fracasso, conforme avaliação do próprio Comitê
Olímpico Australiano (COA), divulgada no final do ano passado.
E os anfitriões são os favoritos para roubar a cena não
só na natação. A Austrália é bem cotada
também no triatlo e nos saltos ornamentais, além de estar
muito bem representada em esportes como tênis, tiro, pentatlo, vela
e basquete masculino e feminino, entre outros.
Na primeira vez em que os Jogos aconteceram no país _em Melbourne,
na Olimpíada de 1956_, havia 93 países participantes, e
os anfitriões ficaram em oitavo lugar com 18 medalhas, das quais
seis foram de ouro.
Em Melbourne, o Japão foi o país do Pacífico mais
bem colocado, obtendo a terceira colocação e um total de
29 medalhas, sendo 16 de ouro.
Os investimentos em infra-estrutura e formação de novos
talentos apresentariam resultados mais significativos para o esporte australiano
nos Jogos seguintes, em Roma _1960_, quando, entre 83 países, chegou
em quinto lugar, com oito medalhas de ouro, oito de prata e cinco de bronze.
O Japão ficou em oitavo.
Em 1964, quando Tóquio abrigou a competição, os japoneses
subiram para o terceiro lugar, atrás de Estados Unidos e da então
União Soviética. À Austrália coube a oitava
colocação.
Agora, em Sydney, é esperado que os japoneses sejam o grande destaque
no judô. O principal atleta da delegação japonesa
é Kosei Inoue, competidor da categoria meio-pesado e campeão
mundial no ano passado.
Quando os Jogos voltaram ao Pacífico _Seul-1988_, dos países
da região só os anfitriões coreanos se destacaram,
terminando em quarto lugar no quadro, com um total de 33 medalhas, sendo
12 de ouro.
Em 1992, em Barcelona, a Comunidade dos Estados Independentes _ex-URSS_
ficou em primeiro, os EUA em segundo e a Alemanha em terceiro.
Em 1996, em Atlanta, venceram os EUA, seguidos de Rússia e, novamente,
Alemanha. A China, nos dois Jogos, ficou em quarto.
O crescimento da Coréia do Sul ficou evidente, com o país
ficando uma vez em sétimo, a outra em décimo lugar.
A Austrália, já se preparando para os Jogos de Sydney, teve
bom desempenho em Atlanta, obtendo 41 medalhas, nove das quais de ouro.
Terminou em sétimo lugar, três posições acima
da obtida em Barcelona, na Olimpíada anterior.
De acordo com avaliação do Comitê Olímpico
Australiano, os EUA devem terminar em primeiro. Entre os seis mais bem
colocados estariam ainda Rússia, Alemanha e China.
A Rússia, segunda colocada em 1996, teria reduzido seus investimentos
no esporte _cerca de 30% entre Atlanta e Sydney_ e deve cair na tabela.
Pode ser superada, ainda segundo prognóstico do COA, pela própria
Austrália, China e Alemanha, caindo para o sexto lugar.
Os chineses são franco favoritos no tênis de mesa. A atração
do país é Liu Guoliang, ouro em simples e em duplas nos
Jogos de Atlanta, em 1996.
Outra nação da região com chances de ficar entre
as seis primeiras é a Coréia do Sul.
Os sul-coreanos são muito fortes no taekwondo, modalidade introduzida
na Olimpíada por pressão de seus dirigentes, que fizeram
forte campanha nas reuniões do Comitê Executivo do COI.
Jae-Kyung Kim, 30 anos, ouro em Barcelona _esporte foi demonstração_,
e Hwang Mi Jo, 27, campeã mundial e dos Jogos Olímpicos
Asiáticos, títulos obtidos em 1998, devem ser as maiores
atrações do país em Sydney.
Até a Nova Zelândia, vizinha da Austrália que corre
por fora, deve progredir no quadro de medalhas. Os neozelandeses
esperam ficar entre os 15 primeiros, melhorando a colocação
obtida em Atlanta, 26ª, uma posição atrás do
Brasil. Ambos tiveram três medalhas de ouro, mas os brasileiros
levaram vantagem nas de prata _três a duas_ e especialmente nas
de bronze _nove contra uma.
Leia mais: As armas do Pacífico
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