Marion Jones


Alexander Karelin


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Lance Armstrong


Hamish Carter


Maurice Greene


Steve Redgrave


Ronaldinho


Patrick Rafter


Javier Sotomayor


Ian Thorpe


O Pacífico vai à guerra das medalhas

 



O Pacífico vai à guerra
das medalhas


Olimpíada "em casa" eleva o número de favoritos das equipes do continente asiático

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DO PAINEL FC


Os Jogos de Sydney-2000 devem consolidar a força dos países do Pacífico nas competições olímpicas. Estão na região alguns dos favoritos para a edição deste ano dos Jogos, que têm início nesta semana.

Entre as consideradas “barbadas” da Olimpíada, o maior destaque é para a natação australiana. Não só Ian Thorpe, mas também Michael Klim, recordista mundial dos 100 m nado borboleta, integrante também da equipe australiana que é dona da melhor marca do mundo no revezamento 4x200 m.

Muito amigo de Popov, russo que também é tido como bicho-papão da natação, Klim, sob menos pressão do que a revelação Thorpe, pode até ter mais destaque do que seu compatriota, segundo apostam alguns especialistas no esporte.

Graças principalmente à natação, a Austrália, como país-sede e potência olímpica emergente, deve contabilizar um bom desempenho em sua Olimpíada.

Se não ficar entre as quatro primeiras nações do quadro de medalhas, sua participação terá sido um fracasso, conforme avaliação do próprio Comitê Olímpico Australiano (COA), divulgada no final do ano passado.

E os anfitriões são os favoritos para roubar a cena não só na natação. A Austrália é bem cotada também no triatlo e nos saltos ornamentais, além de estar muito bem representada em esportes como tênis, tiro, pentatlo, vela e basquete masculino e feminino, entre outros.

Na primeira vez em que os Jogos aconteceram no país _em Melbourne, na Olimpíada de 1956_, havia 93 países participantes, e os anfitriões ficaram em oitavo lugar com 18 medalhas, das quais seis foram de ouro.

Em Melbourne, o Japão foi o país do Pacífico mais bem colocado, obtendo a terceira colocação e um total de 29 medalhas, sendo 16 de ouro.

Os investimentos em infra-estrutura e formação de novos talentos apresentariam resultados mais significativos para o esporte australiano nos Jogos seguintes, em Roma _1960_, quando, entre 83 países, chegou em quinto lugar, com oito medalhas de ouro, oito de prata e cinco de bronze. O Japão ficou em oitavo.

Em 1964, quando Tóquio abrigou a competição, os japoneses subiram para o terceiro lugar, atrás de Estados Unidos e da então União Soviética. À Austrália coube a oitava colocação.

Agora, em Sydney, é esperado que os japoneses sejam o grande destaque no judô. O principal atleta da delegação japonesa é Kosei Inoue, competidor da categoria meio-pesado e campeão mundial no ano passado.

Quando os Jogos voltaram ao Pacífico _Seul-1988_, dos países da região só os anfitriões coreanos se destacaram, terminando em quarto lugar no quadro, com um total de 33 medalhas, sendo 12 de ouro.

Em 1992, em Barcelona, a Comunidade dos Estados Independentes _ex-URSS_ ficou em primeiro, os EUA em segundo e a Alemanha em terceiro.

Em 1996, em Atlanta, venceram os EUA, seguidos de Rússia e, novamente, Alemanha. A China, nos dois Jogos, ficou em quarto.

O crescimento da Coréia do Sul ficou evidente, com o país ficando uma vez em sétimo, a outra em décimo lugar.

A Austrália, já se preparando para os Jogos de Sydney, teve bom desempenho em Atlanta, obtendo 41 medalhas, nove das quais de ouro. Terminou em sétimo lugar, três posições acima da obtida em Barcelona, na Olimpíada anterior.

De acordo com avaliação do Comitê Olímpico Australiano, os EUA devem terminar em primeiro. Entre os seis mais bem colocados estariam ainda Rússia, Alemanha e China.

A Rússia, segunda colocada em 1996, teria reduzido seus investimentos no esporte _cerca de 30% entre Atlanta e Sydney_ e deve cair na tabela. Pode ser superada, ainda segundo prognóstico do COA, pela própria Austrália, China e Alemanha, caindo para o sexto lugar.

Os chineses são franco favoritos no tênis de mesa. A atração do país é Liu Guoliang, ouro em simples e em duplas nos Jogos de Atlanta, em 1996.

Outra nação da região com chances de ficar entre as seis primeiras é a Coréia do Sul.

Os sul-coreanos são muito fortes no taekwondo, modalidade introduzida na Olimpíada por pressão de seus dirigentes, que fizeram forte campanha nas reuniões do Comitê Executivo do COI.

Jae-Kyung Kim, 30 anos, ouro em Barcelona _esporte foi demonstração_, e Hwang Mi Jo, 27, campeã mundial e dos Jogos Olímpicos Asiáticos, títulos obtidos em 1998, devem ser as maiores atrações do país em Sydney.

Até a Nova Zelândia, vizinha da Austrália que ‘‘corre por fora’’, deve progredir no quadro de medalhas. Os neozelandeses esperam ficar entre os 15 primeiros, melhorando a colocação obtida em Atlanta, 26ª, uma posição atrás do Brasil. Ambos tiveram três medalhas de ouro, mas os brasileiros levaram vantagem nas de prata _três a duas_ e especialmente nas de bronze _nove contra uma.


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