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LANCE ARMSTRONG
Ciclismo-EUA

A volta da França e a volta à vida

Recuperado de câncer, ciclista quer transformar o ouro em mensagem para as crianças

Associated Press
Armstrong venceu o câncer e a Volta da França


JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DO PAINEL FC


“Lutar pelo ouro nos Jogos de Sydney significa, para o ciclista Lance Armstrong, lutar por uma causa. Em 1996, o atleta do Texas, apontado como uma das grandes esperanças da modalidade, descobriu que estava com câncer nos testículos. E pior: a doença se espalhava, atingindo o cérebro e os pulmões.

‘‘Foi um momento muito difícil. Quando tudo passou, tornou-se importantíssimo para mim como aprendizado, uma lição de vida’’, disse Armstrong à Folha, em entrevista por telefone.

‘‘Ganhar o ouro será muito importante, porque a Olimpíada é diferente da Volta da França (principal competição de ciclismo, vencida duas vezes, em 1999 e 2000, pelo norte-americano). Tem uma repercussão muito maior e, ainda mais por eu ter tido câncer, sei que serei notícia em todos os cantos do planeta.’’

Sendo notícia, Lance Armstrong acha que terá espaço para ‘‘conversar com as pessoas e atingir as crianças que passam por problemas semelhantes ao que eu enfrentei’’.

O ciclista narra sua missão: ‘‘As crianças me procuram com frequência e eu tenho tentado defender a causa delas. Não só das que têm câncer, mas daquelas que lutam contra outras doenças, como a Aids, hoje tão espalhada por alguns países e principalmente pelos mais pobres, como os africanos’’, comentou.

Segundo Armstrong, os exemplos dos atores Christopher Reeve e Michael J. Fox, o primeiro tetraplégico, o segundo, com mal de Parkinson, devem ser seguidos.

‘‘Admiro o trabalho deles (em fundações que lutam contra a paralisia e o mal de Parkinson). Eu faço um trabalho semelhante, mas, por enquanto, em menor escala, voltado principalmente às crianças. O meu caso vira um incentivo e uma esperança para elas’’, comemorou.

Atualmente, Armstrong é o responsável por uma fundação, criada em 96, que leva o seu nome e trabalha na luta contra o câncer. “Espero que, após os Jogos, tenha mais tempo para me dedicar à fundação.”

Durante um ano de outubro de 1996 a outubro de 1997, o ciclista foi submetido a cirurgias e a um tratamento quimioterápico. Segundo ele, passou por quatro sessões de quimioterapia, extraiu um tumor do cérebro e retirou um dos testículos.

Com alta médica, Armstrong passou a treinar para torneios de triatlo e mountain bike ainda no final de 1997. No ano seguinte, retornou às origens. De onde não saiu mais.

Este ano, após lançar o livro “It’s Not About the Bike”, que traz o subtítulo “My Journey Back to Life” e tem sua renda revertida a sua fundação, a tarefa de Lance Armstrong em Sydney será vencer a prova de estrada o trajeto, para os homens, é de 228 km.

Definindo-se como ‘‘um milagre da medicina’’ o ciclista continua passando por exames semestrais para confirmar que o câncer não voltou, ele se irrita quando lançam suspeitas de que teria competido dopado na Volta da França.

Mandou ao jornal, por fax, atestado da União Ciclística Internacional, inocentando-o de acusação de doping de que teria tomado corticóides para aumentar sua capacidade respiratória.

De acordo com o fax, o que houve foi um mal entendido. Substância irregular teria sido detectada em seu organismo devido a uma pomada que passou, com autorização médica e aval da organização, numa ferida de pele antes da Volta da França do ano passado.

OS HERÓIS OLÍMPICOS

Amsterdã-1928

O finlandês voador Paavo Nurmi ratificaria em Amsterdã seu reinado no atletismo mundial. Com a vitória nos 10.000 m, conquistaria sua nona medalha de ouro somadas as três Olimpíadas dos anos 20.

Popperfoto
Los Angeles-1932

Fenômeno da história esportiva, Midred "Babe" Didriklson ganhou três medalhas no atletismo em 1932 depois de ter sido considerada a melhor jogadora de basquete dos EUA. Aí foi brilhar no baisebol, basquete e golfe


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