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Javier Sotomayor


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O Pacífico vai à guerra das medalhas

 


JAVIER SOTOMAYOR
Atletismo - Cuba

Dando as costas para a polêmica

Condenado por doping, atleta retorna e salta atrás do bicampeonato olímpico

Associated Press
O cubano Javier Sotomayor, que tentará em Sydney repetir o feito de Barcelona


JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DO PAINEL FC


A presença de Javier Sotomayor na Austrália é sinal de polêmica. Melhor atleta latino-americano da atualidade, o cubano, de 32 anos, tentará recuperar sua imagem, abalada com o fraco desempenho em Atlanta _não obteve nenhuma medalha_ e, principalmente, com a acusação de doping no Pan de Winnipeg-99.

Foi ele o protagonista do maior escândalo de doping no esporte desde o caso do canadense Ben Johnson, que foi suspenso após correr dopado _usou anabolizantes_ nos Jogos de Seul, onde obtivera o recorde, depois anulado, de 9s79 nos 100 m rasos.

Traços de cocaína no exame de doping a que o cubano foi submetido foram os responsáveis pela perda do ouro _seria o quarto em Pan-Americanos_ e por uma crise entre a Odepa, que organiza o Pan, e a Federação Cubana de Atletismo, inconformada com a punição a Sotomayor.

O caso envolveu até Fidel Castro, já que o chefe de Estado de Cuba deu total apoio ao atleta e lançou a tese de que Sotomayor teria sido, na verdade, vítima de uma conspiração.

A CIA (central de inteligência norte-americana) teria misturado cocaína na comida do cubano para que ele fosse pego no exame, chegaram a dizer Castro e os dirigentes esportivos de seu país.

Alegando ‘‘circunstâncias excepcionais’’, a Federação Internacional de Atletismo reduziu a pena de alguns atletas pegos em antidoping _o que ocorreu não só com Sotomayor, mas também com a brasileira Elisângela Adriano. A pena do cubano foi diminuída de dois para um ano, o que lhe permite o retorno às provas.

Mesmo assim, o Instituto Nacional de Esportes de Cuba continua protestando, sob a alegação de que o simples fato de ele já ter sido suspenso durante um ano foi um absurdo contra Sotomayor e o povo cubano.

Em Sydney, o recordista mundial do salto em altura _2,45 m_, apontado em Cuba como símbolo do esporte na ilha, tentará dar a volta por cima.

Não pôde no ano passado, porque, com a punição em Winnipeg, teve de ficar ausente do Mundial de Atletismo, realizado em Sevilha, na Espanha.

Ouro em Barcelona-92, também conquistou os Mundiais de 93 e 97. Seu grande feito, no entanto, data de 89, quando bateu o recorde mundial em Budapeste, na Hungria, saltando 2,43 m.

Depois, ele próprio conseguiu melhorá-lo para 2,44 m e 2,45 m, as duas vezes em Salamanca, na Espanha. O estádio em que obteve as duas marcas passou a se chamar Javier Sotomayor.

A partir de 95, começou a atravessar a pior fase de sua carreira em parte devido a um problema de tendinite.

Quer provar, contudo, que não está acabado. Em entrevistas à imprensa cubana, tem dito que se sente muito jovem e ainda pode dar muito a seu país. Recentemente, em Havana, o atleta, que é casado com uma esportista e tem um filho de 6 anos, voltou a saltar 2,30 m, o que o qualifica para disputar o ouro em Sydney

OS HERÓIS OLÍMPICOS
Popperfoto


Seul-1980


Na Olimíada do doping de Ben Johnson e do acidente de Greg Louganis, o destaque foi a exuberante Florence Griffith-Joyner, de uniforme ousado, esmaltes multicoloridose quatro medalhas de ouro no atletismo.

Los Angeles-1980

Nos Jogos esvaziados pela ausência de países socialistas, o nome foi Carl Lewis, um dos atletas do século (nove medalhas em quetro Jogos), Em LA, Lewis foi ouro no 100 m, 200 m, 4X100m e salto em distância


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