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ESTÉTICA
Androginia e silhueta sem curvas da modelo twiggy estão de volta
ESPECIAL PARA A FOLHA
A partir de 1965 -quando o cabeleireiro Léonard cria o look que
iria marcá-la para sempre- a
modelo inglesa Twiggy será a cara
daquela década, nos dois sentidos
da expressão. Uma "cara" feita de
cabelos curtos, grandes olhos dominando um rosto pequeno, de
ar maroto, e um corpo fino e alongado, sem curvas, o que acentuava a androginia do conjunto.
Para as garotas do mundo inteiro, nos anos 60, ser magérrima
passou a ser pré-requisito de beleza e condição de juventude, liberdade e dinamismo. O ar andrógino, por sua vez, negava o modelo
anterior -as mulheres maduras
e curvilíneas dos anos 50- e confirmava a identidade jovem, já
que a adolescência é zona de fronteiras, é o lugar próprio da indefinição.
Incrível como Twiggy conseguiu condensar tudo isso, a ponto
de tornar-se uma verdadeira
popstar, com direito a fazer parte
do jet set internacional e a espaços
frequentes na mídia em geral.
De lá pra cá, a imposição desse
padrão de beleza entre as garotas
continua forte -basta citar os excessos anoréxicos dos anos 90 e a atual onda de androginia que volta a assolar as passarelas internacionais. Nesta temporada, Twiggy
lançou uma linha de produtos de
beleza na Europa.
(DARIO CALDAS)
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