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País não quer seus militares na operação
DA REPORTAGEM LOCAL
Da mesma maneira com
que se opõem a uma resposta armada dos Estados Unidos aos atentados, os entrevistados pelo Datafolha, na
expressiva maioria de 78%,
não aceitariam que militares
brasileiros participassem como força auxiliar de uma
possível retaliação.
Apenas 17% apoiariam a
participação das Forças Armadas brasileiras; 1% se disse indiferente, e 4% não souberam responder.
Os mais jovens, entre 16 e
24 anos, são os que deram o
maior número de respostas
favoráveis a uma participação do Brasil: 23%.
A porcentagem decresce
conforme aumenta a idade
do entrevistado, para chegar
a 12% entre aqueles com 60
anos ou mais.
Quando está em jogo a escolaridade, quem tem curso
superior (89%) se opõe com
maior frequência que aqueles com primeiro grau (76%)
à participação brasileira na
possível guerra.
Essa diferença diminui
quando a amostragem se
segmenta pela renda familiar dos entrevistados.
Os mais ricos (84%) são
mais numerosos que os mais
pobres (78%) na rejeição de
uma hipotética participação.
Partidos
Vejamos a divisão quando
está em jogo a preferência
partidária.
Os simpatizantes do PSDB
(82%) são os que mais rejeitam uma adesão à guerra
norte-americana.
Estão em seguida os simpatizantes do PT (79%), do
PMDB e do PTB (77% nos
dois casos) e do PFL (74%).
Quando se trata da segmentação por crença religiosa, católicos e evangélicos
não pentecostais são os que
menos se opõem a esse alinhamento, mas mesmo assim com uma taxa bastante
elevada, de 77% e 76%, respectivamente.
Os espíritas kardecistas e
espiritualistas registram o
maior grau de oposição
(85%), seguidos dos evangélicos pentecostais (80%).
No caso dos espíritas, no
entanto, a amostragem é
muito pequena, com 3% dos
entrevistados.
(JBN)
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