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História O Campeonato Paulista completa 99 anos de existência como o mais competitivo dos torneios estaduais do país. Ao longo do século, a história do Paulista foi marcada por sucessivas mudanças no regulamento e na forma de disputa. A primeira edição do Paulista foi disputada de maio a outubro de 1902 por cinco clubes, que compunham a LPF (Liga Paulista de Futebol). Os ingleses do São Paulo Athletic levantaram a primeira taça, derrotando o Paulistano na final. Em 1913, os clubes de São Paulo se dividiram e foi fundada a Apea (Associação Paulista de Esportes Atléticos), que seria responsável pela organização de um campeonato mais elitista, paralelo à LPF. No entanto a divisão entre os clubes da elite e os mais populares da capital durou apenas três anos. Na edição de 1916, o campeonato da LPF foi interrompido e as duas ligas acabaram unificadas. Assim transcorreu durante dez anos, até que, em 1926, o Paulistano rompeu com a Apea e decidiu criar uma nova liga de futebol, denominada LAF (Liga de Amadores de Futebol). Novamente, por mais três anos, o futebol paulista teve dois campeonatos estaduais. A LAF se desintegrou em 1930, mas cinco anos mais tarde o torneio estadual sofreu uma nova cisão. Em 1935, foi fundada uma nova LPF (Liga Paulista de Futebol), aderida pela maioria dos clubes, e a competição organizada pela Apea, teria sua última edição. Na década de 40, o “trio de ferro” da capital _formado por Palmeiras, Corinthians e São Paulo_ dominou o Campeonato Paulista. Somente em 1955, o Santos quebrou um jejum de 20 anos, conquistou a segunda taça de sua história e quebrou a hegemonia dos rivais. Três anos depois, o time da Vila Belmiro, comandado por Pelé _que marcou 58 gols, uma marca vigente até os dias atuais_, faria uma das campanhas mais impressionantes da história e despontaria como uma das potências do futebol paulista, ao lado de Corinthians, Palmeiras e São Paulo. Nas décadas seguintes, outros clubes _boa parte do interior de São Paulo_ também se destacaram e novos ídolos surgiram no cenário da competição estadual mais importante do país. A Inter de Limeira foi o primeiro time do interior do Estado a conquistar o título paulista, em 1986. A façanha foi repetida pelo Bragantino _comandado pelo técnico Wanderley Luxemburgo_, em 1990, derrotando outra equipe do interior, o Novorizontino. O confronto ficou conhecido como a primeira “final caipira” do Paulista. A década de 90 foi marcada pelo auge dos três grandes clubes da capital. A edição de 1992 consagrou o São Paulo, então comandado pelo técnico Telê Santana, que viveu uma das melhores fases de sua história. Nesse ano, o time do Morumbi foi campeão Mundial interclubes, façanha que repetiu em 93. Em 1993, o Palmeiras inaugurou uma nova fase no futebol brasileiro. A equipe do Parque Antarctica foi a precursora da gestão clube-empresa, quando firmou parceria com a multinacional Parmalat. A parceria _que só foi encerrada no final do ano passado_ rendeu títulos importantes ao Palmeiras, como o Paulista de 1993, que marcou o fim de um jejum de 16 anos, e a Taça Libertadores da América em 98. Em 1996, comandado por Wanderley Luxemburgo, o time do Parque Antarctica chegou a marcar mais de cem gols. O Corinthians também encerrou a década com façanhas. O time campeão paulista de 99, liderado por Marcelinho, Rincón, Edílson e Ricardinho, conquistou a primeira edição do Mundial de clubes da Fifa, no ano seguinte. O time do Parque São Jorge é o maior recordista de títulos estaduais, com 23, seguido pelo Palmeiras, com 22, e pelo São Paulo, com 20. Este ano, além dos quatro "grandes" do Estado (Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos) e dos tradicionais Guarani, Lusa e Ponte Preta, a presença do São Caetano _atual vice-campeão nacional_ na elite deve tornar a disputa pelo título ainda mais acirrada. |
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