Choro

Comemoração



Veja mais fotos


Boca quebra hegemonia brasileira na Libertadores

da Folha Online

Mais uma vez o técnico argentino Carlos Bianchi conseguiu um título da Libertadores em uma disputa de pênaltis no estádio do Morumbi. Depois de levar o Vélez Sarsfield à conquista em 1994, contra o São Paulo, o treinador conseguiu novamente o feito na noite desta quarta-feira (21) com o Boca Juniors, impedindo o sonho do Palmeiras de chegar ao bicampeonato do torneio.

O time argentino fez 4 a 2 nas cobranças de pênaltis e chegou a seu terceiro título na história da competição _venceu também em 1977 e 1978.

Pelo Palmeiras, erraram as cobranças Asprilla e Roque Júnior. Alex e Rogério converteram. Pelo lado argentino, Guillermo Schelloto, Riquelme, Palermo e Bermúdez marcaram.

No tempo normal de jogo o Boca quebrou o tabu palmeirense _o time havia vencido todos os jogos que realizou em casa na competição_ e conseguiu um empate em 0 a 0.

Com o resultado, Bianchi venceu a "queda de braço" com Scolari. Ambos os treinadores têm fama de "copeiros" por se darem bem em competições do tipo mata-mata.

O time portenho reverteu um quadro que era totalmente favorável ao Palmeiras. Depois de empatar por 2 a 2 em Buenos Aires, os palmeirenses tiveram a chance de decidir no Brasil, com cerca de 66 mil torcedores a favor.

Além de ter vencido todos os jogos que fez em casa, o time do Brasil não tinha feito menos de três gols em nenhum jogo em São Paulo pela Libertadores este ano.

A conquista do Boca Juniors quebrou também a hegemonia do futebol brasileiro nos últimos anos. O Título não saia do Brasil desde 1997. No ano passado, o próprio Palmeiras foi o campeão. Em 98, foi o Vasco e em 97, o Cruzeiro quem levantou a taça.

Na década de 90, o Brasil tem seis títulos conquistados na Libertadores, com São Paulo (2), Grêmio, Cruzeiro, Vasco e Palmeiras.

A argentina tem agora três títulos na década, com Vélez, River Plate e Boca Juniors.

Nas decisões entre brasileiros e argentinos na história da Libertadores, a vantagem argentina aumentou. Agora, são seis vitórias de times argentinos, contra apenas três de brasileiros.

O jogo

O Palmeiras começou o jogo errando muitos passes. Quem teve a primeira chance foi o Boca, logo aos 3min. Depois de cruzamento da esquerda, o atacante Palermo empurrou para o gol, mas o juiz anulou, equivocadamente, seguindo a orientação de impedimento do bandeirinha.

A partir daí, nenhum dos dois times conseguiu criar grandes oportunidades de gol. Com as duas equipes muito bem fechadas na defesa, o jogo tornou-se um festival de erros.

O palmeiras chegou com algum perigo ao gol de Córdoba somente aos 27min e, ainda assim, em um erro da defesa argentina. O lateral-direito Ibarra tentou chutar dentro de sua área e a bola acabou rebatendo em Galeano, o que obrigou Córdoba a fazer grande defesa.

Logo em seguida, aos 29min, Pena tabelou com Alex, que chutou em cima do goleiro. Apesar do clima tenso, nenhum cartão amarelo foi mostrado em todo o primeiro tempo.

O Palmeiras voltou para a segunda etapa mais ligado no jogo. Logo aos 3min, Euller foi lançado em velocidade pela esquerda do ataque palmeirense e cruzou rasteiro para Pena, que, desequilibrado, não conseguiu concluir. Os jogadores do Palmeiras reclamaram um pênalti na jogada, mas o juiz não marcou.

Aos 6min, depois de uma jogada bem tramada pelo Palmeiras, a bola sobrou para Galeano, que cruzou da esquerda para a cabeçada de Argel. O lateral do Boca Arruabarrena tirou em cima da linha.

Sem dar chance para o time do Boca "respirar", o palmeiras chegou novamente aos 10min. Depois de tabelar com Pena, Alex chutou novamente em cima do goleiro Córdoba.

O Palmeiras pressionou bastante até o final do segundo tempo, mas esbarrou na boa atuação do goleiro colombiano do Boca, Córdoba, e na forte defesa argentina.

Leia mais sobre a decisão:

22/06/2000

Derrota palmeirense mantém tabu do Rio-SP


Boca Juniors lucra mais de US$ 8 milhões com título


Imprensa argentina destaca goleiro e raça do Boca Juniors


Boca é recebido por multidão e ladrões em Buenos Aires


Asprilla diz que foi o pior dia de sua vida


Comemoração do Boca Juniors causa três feridos


Boca vai receber U$800 mil pela conquista da Libertadores


Luizão é o maior artilheiro brasileiro na Libertadores


Apesar do fracasso, Palmeiras não perdeu nenhuma em casa


Veja como foi a campanha do campeão Boca Juniors


Confira todos os campeões da Taça Libertadores


Bianchi diz que Boca mereceu o título

Argentina busca oitavo título mundial

Torcida do Boca provoca confusão no Morumbi


Roque Júnior deve iniciar desmanche no Palmeiras


Derrota não impede consagração de Scolari


Juiz irrita equipes na final da Libertadores


Argentinos anulam estrelas palmeirenses


Jogadores do Palmeiras dizem que faltou competência


Torcida palmeirense hostiliza Maradona

21/06/2000

Mais uma vez, Palmeiras decide Libertadores nos pênaltis

Palmeiras e Boca terminam 1º tempo empatados em 0 a 0

Palmeiras tenta o bi da Libertadores para coroar time "azarão"


Scolari insiste em esquema de favorecimento ao Boca

Confederação adverte, mas não pune Scolari por "complô"

Maradona chega ao Brasil para comentar final da Libertadores

20/06/2000

Melhor jogador da Libertadores receberá carro da Toyota

Scolari tenta recorde e vê complô contra o Palmeiras


Scolari pode usar três atacantes nesta quarta

Dirigente critica empolgação de palmeirenses

Marcos minimiza importância da final da Libertadores

Boca Juniors é um time "copeiro", diz Scolari


Machucado, César Sampaio é dúvida na decisão


Brasil terá hegemonia na Libertadores com vitória palmeirense


Palmeirenses tentam evitar o clima de "já ganhou"


Palmeiras aposta na torcida para vencer argentinos


Dupla Palermo-Schelotto deve voltar contra o Palmeiras


Boca Juniors se espelha em saga corintiana


Scolari volta a ser zagueiro em "rachão" do Palmeiras


Júnior faz aniversário e quer título como presente


Alex: "Espero que o Marcos não seja o melhor da Libertadores"


Técnico do Boca está preocupado com tamanho do campo


Goleiro do Boca acha que time deve atacar Palmeiras

Visite nossa página especial do primeiro jogo das finais da Libertadores

 


 
As equipes  
PALMEIRAS  
Marcos  
Rogério  
Argel  
Roque Júnior  
Júnior  
César Sampaio  
Galeano  
Alex  
Pena (Basílio)  
M. Ramos (Asprilla)  
Euller  
Técnico: Luiz Felipe Scolari  
   
BOCA JUNIORS  
Córdoba  
Ibarra  
Bermúdez  
Samuel  
Arruabarrena  
Bataglia  
Traverso  
Riquelme  
Basualdo  
Guillermo Schellotto  
Palermo  
Técnico: Carlos Bianchi  
   
   
O jogo  


Local:
estádio do Morumbi, em São Paulo

Cartões Amarelos: Argel e César Sampaio (P); Bermúdez e Guillermo Schellotto (B)

Juiz:
Epifanio González (PAR)