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30/06/2006 - 17h49

Itália elimina última surpresa da Copa e faz semifinal com Alemanha

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THIAGO BARROS RIBEIRO
da Folha Online

A Itália venceu a Ucrânia por 3 a 0, em Hamburgo, e definiu a primeira semifinal do Mundial-06. Com gols de Zambrotta e Toni (dois), os comandados de Marcello Lippi eliminaram a última surpresa do torneio e agora fazem, contra a Alemanha, na próxima terça-feira, em Dortmund, o clássico europeu do qual sairá o primeiro finalista da Copa do Mundo.

O confronto será o quinto entre Itália e Alemanha na história das Copas e repetirá a semifinal de 1970 e a final de 1982. Até aqui, a vantagem é dos italianos, que têm duas vitórias e empataram outras duas vezes.

Com o triunfo de hoje, os italianos mantiveram uma invencibilidade em Copas disputadas na Europa que já dura 32 anos. Desde 1974, quando perdeu para a Polônia, a Itália acumula 24 jogos sem derrotas em torneios mundiais disputados no velho continente, tendo sucumbido apenas nos pênaltis, em 1990 e 1998.

Além disso, sob o comando de Lippi, a "Squadra Azzurra" está invicta há 23 jogos, com 14 vitórias e nove empates. O último revés da equipe foi contra a Eslovênia, em 2004.

No duelo de hoje, a Itália começou com tudo e, aos 6min, já estava à frente no placar, após chute de fora da área do lateral Zambrotta. Em vantagem, os italianos diminuíram bastante o ritmo e, beneficiados pela fraca atuação da Ucrânia, mantiveram o placar mínimo até o fim do primeiro tempo.

Nos 45 minutos finais, a Ucrânia voltou melhor e chegou a assustar os italianos em alguns cruzamentos à área. Entretanto, quem fez o segundo, e justamente após um cruzamento, foi a Itália, aos 14min, num lance em que Toni arrematou de cabeça para o gol, em posição de impedimento não observada pela arbitragem.

Em seguida, aos 24min, novamente Toni se aproveitou de um belo lance de Zambrotta pela esquerda e apenas completou para as redes, fazendo o gol que sacramentou a classificação italiana.

Eliminada, a Ucrânia não conseguiu manter a escrita de, normalmente, uma seleção européia sem tradição em Mundiais chegar às semifinais da competição, como ocorreu em 1986 (Bélgica), 1994 (Bulgária), 1998 (Croácia) e 2002 (Turquia).

O jogo

Marcello Lippi voltou às origens italianas e começou o jogo com apenas Luca Toni no ataque. Gilardino, que, até o duelo com a Austrália, era seu companheiro, foi substituído pelo meia Camoranesi.

E foi Camoranesi que criou a primeira boa jogada, em lance individual, aos 4min, chutando da entrada da área, à direita do goleiro ucraniano.

Logo depois, aos 6min, o lateral Zambrotta recebeu um passe de letra de Totti, avançou e, da meia-direita, bateu no gol. Shovkovskyi pulou atrasado e a bola entrou no canto esquerdo: 1 a 0 Itália.

Tentando mudar o destino da partida, até então completamente dominada pela Itália, o técnico Oleg Blokhin tirou o defensor Sviderskyi e colocou em campo o atacante Vorobey, aos 19min.

Mas a Ucrânia continuou inofensiva, sem ameaçar o gol da Itália, que, em vantagem, também diminuiu seu ritmo de jogo. O primeiro chute ucraniano ao gol surgiu apenas aos 33min, quando Tymoschuk mandou de longe e para longe da meta de Buffon.

Embora a Itália se mantivesse senhora do confronto, aos 41min, Shevchenko bateu de fora da área e a bola desviou no meio do caminho. Não o suficiente para enganar Buffon, que fez a defesa. E, até o fim do primeiro tempo, a Itália continuou tranqüila.

Na etapa final, a Ucrânia criou sua primeira chance graças a uma falha da defesa italiana. Aos 4min, Kalinichenko cruzou da esquerda e Barzagli pegou mal na bola, mandando para escanteio. Em seguida, Tymoschuk cruzou da direita e Gusin cabeceou bem, obrigando Buffon a uma ótima intervenção.

Os ucranianos eram bem mais perigosos do que no primeiro tempo e, aos 13min, desperdiçaram sua melhor chance para empatar. Gusev recebeu de Milevskyi e, já dentro da área, chutou forte, cruzado. Buffon espalmou e a bola sobrou para Kalinichenko, que mandou para o gol. Praticamente em cima da linha, Zambrotta salvou o gol.

Um minuto depois, a Itália fez o segundo, num lance irregular. Depois de escanteio pela esquerda, Totti lançou para a área e Toni, em posição de impedimento não marcada pelo trio de arbitragem belga, completou de cabeça para as redes.

A Ucrânia ameaçava bastante e, aos 17min, depois de outro cruzamento de Kalinichenko, novamente Gusin cabeceou, acertando o travessão italiano. Aos 21min, foi a vez de os italianos reclamarem do belga Frank De Bleeckere, que deixou de marcar uma falta em Camoranesi, dentro da área.

Toni, que, até o jogo contra a Ucrânia, ainda não marcara na Copa do Mundo, aproveitou-se então de uma bela jogada de Zambrotta pela esquerda e, depois de o lateral invadir a área e tocar para o meio, teve apenas o trabalho de completar para o gol, aos 24min, fazendo o seu segundo e o terceiro da Itália, que sacramentava sua classificação.

A Ucrânia ainda tentou descontar, arriscando alguns chutes de fora e lançamentos à área da Itália, mas o resultado não mais se alterou até o fim do jogo. Festa italiana em Hamburgo.

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