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04/07/2006 - 08h00

Itália reedita 1982 "antes da hora"

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THIAGO BARROS RIBEIRO
da Folha Online

Antes do início da Copa, o clima que cercava a delegação italiana na Alemanha não era dos melhores. Cercada pela polêmica de armação de resultados na primeira divisão do país, a seleção tentava usar o mau momento para fazer comparações com 1982, ano do tricampeonato mundial.

Agora, depois de cinco jogos e já na semifinal, a Itália revive com a Alemanha o jogo que marcou seu último momento de glória no futebol: a final do Mundial da Espanha, em 1982. A diferença é que, desta vez, uma vitória servirá apenas de passaporte para a disputa do título. Para levantar a taça, os italianos ainda terão de passar por outro desafio, no próximo domingo, em Berlim.

Antes da Copa, não era apenas o escândalo envolvendo a arbitragem que servia para relembrar o campeonato da Espanha. Francesco Totti, grande estrela da "Azzurra", não chegou à Alemanha em suas melhores condições físicas, da mesma forma como Paolo Rossi, que terminou a campanha em território espanhol como artilheiro, não estava 100% no início do torneio.

Para completar, na preparação para o Mundial de 1982, a Itália empatara com a Suíça por 1 a 1, em Genebra. Neste ano, pouco antes da estréia na Alemanha, a Itália voltou a jogar com a Suíça no estádio de Genebra. O resultado não poderia ser mais atrativo para os supersticiosos de plantão: 1 a 1.

Contudo, depois de iniciada a Copa na Alemanha, as coincidências com 1982 ficaram para trás. Ao contrário daquele ano, a Itália começou bem sua campanha em 2006, vencendo dois dos três jogos da primeira fase e se classificando em primeiro lugar no seu grupo.

Apenas agora, nas semifinais, os italianos voltam a se lembrar da jornada de 24 anos atrás. Mas a final de 1982 vem antecipada, em forma da primeira semifinal do Mundial-06. Se, daquela vez, o apito final de Arnaldo Cezar Coelho sacramentou o título italiano, desta feita o êxito não terá tamanhas conseqüências, embora possa, de uma única vez, jogar por terra duas tradições indigestas que os italianos carregam há alguns anos.

Vencendo a Alemanha após uma disputa de pênaltis, a Itália conseguiria se livrar do trauma de ter sido eliminada em três das últimas quatro Copas nesse tipo de decisão e, de quebra, não veria o sonho do tetra finalizado pelo anfitrião do torneio, como ocorreu em 1998 e 2002.

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