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04/07/2006 - 12h53

"Ronaldinho precisa mais do Barcelona que o clube dele", diz Valdano

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da Folha Online

Jorge Valdano, campeão mundial pela Argentina em 1986, analisou a atuação do meia-atacante brasileiro Ronaldinho nesta Copa do Mundo como fora de seu padrão inquestionável no Barcelona.

"Manter a posse de bola é o que ele mais sabe fazer. Durante a Copa do Mundo, ele parecia um estranho no time. Minha única conclusão depois de ver Ronaldinho aqui é que ele precisa do Barcelona mais do que o Barcelona precisa dele", declarou o ex-jogador, segundo o site da Fifa.

Para o ex-jogador argentino, Ronaldinho mostrou que não consegue ficar com a bola no pé na seleção como sabe fazer no clube. "Acho que ele saiu da função que normalmente desempenha no Barcelona e, assim, começou a perder a bola", disse, apontando que o jogador não se adaptou à posição na seleção brasileira.

Para Valdano, dominar a posse de bola era o diferencial esperado não só para Ronaldinho, mas para toda seleção brasileira no torneio.

"É difícil defender o modo como o Brasil jogou. Um grande número de ótimos jogadores apenas tocando a bola de um lado a outro, problemas de posições, um meio-de-campo desfalcado e o desrespeito a uma das máximas do futebol brasileiro: manter a posse de bola", observou Valdano.

O argentino lamentou a eliminação da seleção de seu país nas quartas-de-final, assim como aconteceu com o Brasil, apontando que houve excessiva preocupação com a tática e pouco espaço para bons jogadores, como Lionel Messi, atuarem.

"Tive a impressão de que o time tinha dúvidas quando enfrentou o México, e isso levou a uma aparente obsessão com a tática contra a Alemanha", apontou.

"Às vezes, quando nos preocupamos muito com a tática, alguns dos melhores jogadores passam despercebidos. A única coisa que lamento é que não vimos Messi em ação por mais tempo. Contudo, o time jogou muito bem", elogiou Valdano, que jogou ao lado de Maradona.

Para ele, hoje não se pode mais dizer que a supremacia européia na fase final da Copa do Mundo tem relação com o fato de o torneio estar sediado na Europa. Não há desculpas para os sul-americanos.

"Há circunstâncias menos atenuantes desta vez. A maioria dos jogadores do Brasil e da Argentina atua na Europa. Eles deveriam estar acostumados a jogar aqui", afirmou Valdano.

A Alemanha e a Itália farão nesta terça-feira a primeira partida das semifinais da Copa do Mundo. Na quarta-feira, é a vez de França e Portugal definirem quem terá a segunda vaga na final do Mundial.

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