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06/07/2006 - 18h08

Final da Copa-2006 opõe "ofensivo" Lippi a "retranqueiro" Domenech

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RAFAEL REIS
da Folha Online

Quando às 15h do próximo domingo o árbitro argentino Horacio Elizondo apitar o início da partida decisiva da Copa do Mundo-06, entre Itália e França, os técnicos Marcello Lippi e Raymond Domenech chegarão ao ápice de suas carreiras e tentarão provar que as "revoluções" feitas em suas equipes renderam os resultados esperados.

Os dois treinadores assumiram suas equipes nacionais após fracassos na Eurocopa de 2004 e tiveram como missão mudar as tradicionais formas de atuar.

Assim, a Itália, que historicamente é um time bastante defensivo, passou a se destacar por sua força ofensiva, enquanto a França fez o caminho inverso.

Os números do Mundial-06 comprovam estas novas tendências. A Itália, criadora do "catenaccio", um esquema de jogo baseado na retranca, já marcou onze vezes no torneio e divide o melhor ataque da competição com a anfitriã Alemanha.

Já a França, que tem como principal característica histórica a força do seu ataque (o melhor das Copas de 1998, 1982 e 1958, competição em que Just Fontaine fez 13 gols), hoje enfrenta problemas no setor --marcou apenas oito tentos em seis jogos-- e tem na solidez defensiva --vazada apenas duas vezes-- sua grande virtude.

Os responsáveis

Com 58 anos, Marcello Lippi assumiu o comando da seleção após a Itália ser eliminada ainda na primeira fase da Eurocopa-04, em um grupo formado por Suécia, Dinamarca e Bulgária.

O treinador, que vinha de uma campanha vitoriosa na Juventus, substituiu o experiente Giovanni Trapatonni na equipe nacional com a missão de reerguer um time sem títulos há 22 anos --desde o Mundial de 1982.

Ex-jogador mediano de Savona, Pistoiese e Sampdoria, Lippi treina equipes profissionais desde 1989, quando assumiu o controle do Cesena. Após isso, ainda dirigiu Lucchese, Atalanta e Napoli antes de chegar à Juventus.

Quatro anos mais novo que o seu rival de domingo, Raymond Domenech trabalha para a FFF (Federação Francesa de Futebol) desde 1993, mas só em 2004, após a queda de Jacques Santini, chegou ao comando da seleção principal, que vinha de dois fracassos consecutivos (eliminações prematuras na Copa do Mundo de 2002 e no Campeonato Europeu de 2004).

Para levar o país à sua segunda final de Mundial, o treinador teve que enfrentar as 'aposentadorias' de nomes experientes, como o meia Zidane e o zagueiro Thuram, que posteriormente voltaram ao grupo.

Com elenco completo, conseguiu a classificação para a Copa e reergueu a confiança do time.

Antes de chegar ao comando da França, Domenech, um esforçado ex-lateral-esquerdo que chegou a disputar oito jogos com a camisa francesa, dirigiu seleções de base do país por mais de dez anos --conquistou dois Torneios de Toulon e um Torneio de Casablanca.

O treinador, que como jogador atuou por Lyon, Strasbourg, Paris Saint-Germain e Bordeaux, iniciou sua carreira como técnico no Mullhouse em 1985. Além disto, treinou o Lyon de 1989 a 1993 e conseguiu promover à primeira divisão local o hoje pentacampeão francês.

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