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07/07/2006 - 17h23

Lippi tenta ser 1º técnico campeão mundial de clubes e seleções

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JOSÉ RICARDO LEITE
THIAGO BARROS RIBEIRO
da Folha Online

Ele é um dos treinadores mais respeitados do mundo. Na Europa, ganhou a admiração de dirigentes, atletas e torcedores ao tirar a Juventus, clube mais tradicional da Itália, de um jejum de quase dez anos sem títulos do Campeonato Italiano.

Vencedor, este é um adjetivo que Marcello Lippi pode legitimar definitivamente em seu currículo neste domingo, quando tem a chance de se tornar o primeiro técnico de futebol campeão mundial por clubes e seleções.

Após iniciar a carreira no Cesena no fim da década de 80 e ganhar destaque anos depois, com uma boa campanha pelo Napoli, Lippi chegou à Juventus na temporada 1994/95 e conquistou o "Scudetto" logo em seu primeiro ano na equipe de Turim.

Classificado para a Copa dos Campeões do ano seguinte, sagrou-se campeão da competição, desbancando o Ajax, da Holanda, então detentor do título. E, no dia 26 de novembro de 1996, uma vitória por 1 a 0 sobre o River Plate, da Argentina, deu a Lippi e ao clube italiano o título mundial daquele ano.

Agora, passados seis jogos na Copa da Alemanha, Lippi, com seus jogadores, atingiu o objetivo tão sonhado por toda a Itália: chegou à final do Mundial, igualando seu compatriota Arrigo Sacchi, até então único treinador campeão mundial de clubes (Milan, 1989 e 1990) a disputar uma final de Copa, em 1994.

Porém, Lippi não quer deixar que a França faça com ele o mesmo que o Brasil fez com Sacchi, destruindo, de uma só vez, os sonhos do tetra italiano e do recorde pessoal, para o que conta, entre outros, com Alessandro Del Piero, autor do único gol da Juventus sobre o River, dez anos atrás, quando Lippi sentiu o sabor de um título mundial pela primeira vez.

Dois outros treinadores competiam neste Mundial com Lippi pela inédita marca. Luis Aragonés, técnico da seleção da Espanha, conquistou o título do Mundial Interclubes de 1974, com o Atletico de Madrid. Mas a Espanha foi eliminada da Copa-06 pela França, nas oitavas-de-final.

Outro era o holandês Guus Hiddink, campeão do Mundial de 1998 pelo Real Madrid. Hiddink dirigiu a seleção da Austrália nesta Copa, mas caiu diante da própria Itália nas oitavas. O holandês poderia ter conseguido o feito nos Mundiais de 1998 e 2002, quando levou Holanda e Coréia do Sul, respectivamente, às semifinais. Mas acabou derrotado nas duas oportunidades.

Entre treinadores brasileiros, quem mais se aproximou do feito foi Luiz Felipe Scolari, atualmente na seleção de Portugal. Scolari foi campeão mundial pela seleção brasileira em 2002, mas perdeu as duas finais de Mundiais Interclubes que disputou --1995, pelo Grêmio, e 1999, pelo Palmeiras.

Quem também chegou perto foi Telê Santana. Bicampeão mundial com o São Paulo, em 1992 e 1993, o treinador dirigiu o Brasil nas Copas de 1982 e 1986, mas conseguiu apenas a quinta colocação em ambos os torneios, sendo eliminado, curiosamente, por Itália (1982) e França (1986), os dois que decidem, em Berlim, o título deste ano, às 15h de Brasília do próximo domingo.

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