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26/12/2000 - 22h00

RETROSPECTIVA: Luxemburgo vai mal em campo e nas explicações

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da Folha Online
O pior período da vida de Wanderley Luxemburgo começou no dia 18 de julho, quando a seleção brasileira sofreu sua segunda derrota na história das eliminatórias da Copa _2 a 1 para o Paraguai.

Mas foi em 23 de agosto que estourou o maior escândalo envolvendo o técnico. Sua ex-secretária Renata Carla Moura Alves o acusou de receber comissão na compra e venda de jogadores.

A confusão entre os dois teve início quando a Receita Federal e o Ministério Público Federal começaram a investigar sonegação fiscal por parte dos dois. No dia 25 daquele mês, foi revelado que Luxemburgo fora autuado pelo Fisco três vezes e devia cerca de R$ 1,4 milhão, em impostos, multas e atualização monetária.

Mesmo com o fraco desempenho em campo e as acusações, o treinador foi mantido no cargo para os Jogos Olímpicos de Sydney. Em busca da única grande conquista que faltava ao futebol brasileiro, a seleção, grande favorita, decepcionou.

Perdeu para a África do Sul na primeira fase, por 3 a 1, e por pouco não se classificou. Mas na etapa seguinte, nas quartas-de-final, foi eliminado por Camarões. Conseguiu um empate em 1 a 1 no último minuto de jogo e sofreu um gol de ouro na morte súbita.

Foi o estopim para a demissão do técnico.

As acusações de irregularidade de Luxemburgo foram um dos responsáveis pela criação das CPIs do Futebol (Senado), que investiga as irregularidades no esporte, e da CBF-Nike (Câmara), que analisa o contrato entre a entidade e sua patrocinadora.

O técnico depôs no dia 30 de novembro para os deputados federais e não soube explicar a origem de R$ 10 milhões em depósitos feitos em sua conta bancária. Seu sigilo bancário e fiscal foi quebrado.

A CPI do Senado, em 14 de dezembro, quebrou o sigilo bancário e fiscal dos principais clubes brasileiros e de seus dirigentes, além do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e de quatro dirigentes da entidade.

Clique aqui para ver toda a retrospectiva do ano 2000

 

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