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23/11/2006 - 18h09

Tostão elogia estrutura do São Paulo e trabalho de Muricy no título

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da Folha Online

O ex-jogador da seleção brasileira Eduardo Gonçalves de Andrade, o Tostão, 59, colunista da Folha, que participou nesta quinta-feira de um bate-papo sobre a vitória do São Paulo no Campeonato Brasileiro de futebol, disse que o título foi justo e apontou a estrutura do clube como grande trunfo para o sucesso. Participaram do chat 831 pessoas.

"Não há dúvidas, [o São Paulo] foi a melhor equipe. O Inter, que seria o principal adversário, perdeu vários dos seus principais jogadores após a Libertadores", afirmou.

"O São Paulo é um clube organizado, e isso reflete na atuação da comissão técnica e dos jogadores. Noto uma grande seriedade e uma grande vontade coletiva de vencer no clube, maior que em outras equipes. O time tem também uma base boa de jogadores há vários anos, como Rogério, Fabão, Mineiro, Josué, Júnior e Danilo", continuou.

Apesar de o time perder alguns jogadores no fim deste ano, Tostão disse acreditar que o São Paulo continuará forte na próxima temporada e pensa que o clube tem que trazer novos atacantes.

"Fabão e Danilo deverão ser bem substituídos, como tem feito o São Paulo. Falta ao time para ficar mais forte um atacante de maior qualidade para uma grande equipe. Aloísio e Leandro são apenas bons jogadores. Uma das qualidades do clube é trazer bons jogadores. Além disso, todo jogador brasileiro prefere atuar no São Paulo a outros clubes", afirmou.

O colunista também fez elogios ao trabalho do técnico Muricy Ramalho. "Muricy alternou o 3-5-2, característico do São Paulo nos últimos anos, com o 4-4-2, no momento certo. Isso mostra a evolução da equipe e do técnico", disse.

Tostão também comentou o nível técnico do Campeonato Brasileiro e escolheu o jogador que, para ele, foi o melhor. "O campeonato foi muito equilibrado, emocionante, mas o nível técnico individual não foi bom, como esperado, já que os melhores jogadores estão na Europa", disse.

"Acho que foi o Mineiro [o melhor do campeonato] pela regularidade, pela capacidade de defender e atacar. Outros volantes já tentam fazer o mesmo. Isso é bom para o futebol", finalizou.

Especial
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