Publicidade
Publicidade
12/12/2006
-
11h15
MÁRIO MAGALHÃES
da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro (RJ)
Canteiro de obras infindáveis, o estádio do Maracanã ganhou ontem à tarde mais uma placa de inauguração, desta vez no Museu Internacional do Futebol Mané Garrincha. A última a ornamentar o museu fora descerrada em 2002, quando o governo do Estado do Rio anunciou ter investido R$ 4 milhões.
Semanas depois de inaugurado, o museu fechou as portas ao público e assim as manteve por quatro anos e meio. Agora, a Secretaria de Cultura ampliou e modernizou as instalações e acervo com verba de R$ 1.075.926,00 da Embratel.
A empresa telefônica não confirmou os dados do Estado: "Quanto ao valor do patrocínio, [...] prefere não se manifestar", escreveu em nota.
Em meio ao embate entre os lobbies cultural e desportista sobre vantagens fiscais, o patrocínio é feito por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Estado do Rio. Com a renúncia fiscal (tributos que deixam de ser pagos), a empresa recupera cinco sextos (83%) do seu desembolso, segundo o governo.
Por essa projeção, o Estado financia indiretamente (verbas que deixa de arrecadar) o museu com R$ 900 mil. Um tributarista ouvido pela Folha estima que o valor possa ser maior.
A quantia se soma aos R$ 252 milhões previstos como gastos em reformas no complexo do Maracanã de 1999 até julho de 2007, quando os Jogos Pan-Americanos serão abertos com uma cerimônia no estádio.
A previsão de custo é da Superintendência dos Desportos do Estado do Rio de Janeiro. A Suderj administra o estádio de futebol, o de atletismo, o ginásio Maracanãzinho e o parque aquático do Maracanã, mas não o museu, da alçada da Secretaria de Cultura. Em abril de 2005, a governadora Rosinha Matheus disse que as obras no Maracanã para o Pan sairiam por R$ 71 milhões. A previsão agora é de R$ 192 milhões.
"Esse [museu] veio para ficar. As pessoas se prendem a números", afirmou o coordenador do projeto, o chefe-de-gabinete da Secretaria de Cultura, João Carlos dos Santos. "Chegamos à secretaria há sete meses e mudamos a filosofia", diz. "Trabalhamos com parcerias. Ninguém é louco de botar o nome em uma brincadeira que acabe em 48 horas."
Segundo ele, o museu foi "praticamente construído novamente". O espaço foi inaugurado sem elevadores --os convidados subiram mais de 60 lances de escada. No local, entre outros, estão a rede e a bola do milésimo gol de Pelé e o uniforme de Garrincha em 62.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Maracanã
Com nova placa, museu do Maracanã é reinaugurado
Publicidade
da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro (RJ)
Canteiro de obras infindáveis, o estádio do Maracanã ganhou ontem à tarde mais uma placa de inauguração, desta vez no Museu Internacional do Futebol Mané Garrincha. A última a ornamentar o museu fora descerrada em 2002, quando o governo do Estado do Rio anunciou ter investido R$ 4 milhões.
Semanas depois de inaugurado, o museu fechou as portas ao público e assim as manteve por quatro anos e meio. Agora, a Secretaria de Cultura ampliou e modernizou as instalações e acervo com verba de R$ 1.075.926,00 da Embratel.
A empresa telefônica não confirmou os dados do Estado: "Quanto ao valor do patrocínio, [...] prefere não se manifestar", escreveu em nota.
Em meio ao embate entre os lobbies cultural e desportista sobre vantagens fiscais, o patrocínio é feito por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Estado do Rio. Com a renúncia fiscal (tributos que deixam de ser pagos), a empresa recupera cinco sextos (83%) do seu desembolso, segundo o governo.
Por essa projeção, o Estado financia indiretamente (verbas que deixa de arrecadar) o museu com R$ 900 mil. Um tributarista ouvido pela Folha estima que o valor possa ser maior.
A quantia se soma aos R$ 252 milhões previstos como gastos em reformas no complexo do Maracanã de 1999 até julho de 2007, quando os Jogos Pan-Americanos serão abertos com uma cerimônia no estádio.
A previsão de custo é da Superintendência dos Desportos do Estado do Rio de Janeiro. A Suderj administra o estádio de futebol, o de atletismo, o ginásio Maracanãzinho e o parque aquático do Maracanã, mas não o museu, da alçada da Secretaria de Cultura. Em abril de 2005, a governadora Rosinha Matheus disse que as obras no Maracanã para o Pan sairiam por R$ 71 milhões. A previsão agora é de R$ 192 milhões.
"Esse [museu] veio para ficar. As pessoas se prendem a números", afirmou o coordenador do projeto, o chefe-de-gabinete da Secretaria de Cultura, João Carlos dos Santos. "Chegamos à secretaria há sete meses e mudamos a filosofia", diz. "Trabalhamos com parcerias. Ninguém é louco de botar o nome em uma brincadeira que acabe em 48 horas."
Segundo ele, o museu foi "praticamente construído novamente". O espaço foi inaugurado sem elevadores --os convidados subiram mais de 60 lances de escada. No local, entre outros, estão a rede e a bola do milésimo gol de Pelé e o uniforme de Garrincha em 62.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Guga perde processo milionário no Carf e diz que decisão é 'lamentável'
- Super Bowl tem avalanche de recordes em 2017; veja os principais
- Brady lidera maior virada da história do Super Bowl e leva Patriots à 5ª taça
- CBF quer testar uso de árbitro de vídeo no Brasileiro deste ano
- Fifa estuda usar recurso de imagem para árbitros na Copa do Mundo-18
+ Comentadas