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18/12/2006 - 09h51

Personagens menos badalados garantem conquista do Inter

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da Folha de S.Paulo

No caminho traçado por Abel Braga para levar o Inter ao topo do mundo, Fernandão, Alex e até o jovem Alexandre Pato figuravam como protagonistas de uma sonhada conquista diante do Barcelona, o então mais temido time do momento.

Mas quando Adriano saiu do banco de reservas aos 31min da etapa final e, seis minutos mais tarde, venceu o goleiro Valdés, ficou claro que o Inter utilizara uma espécie de plano B para conquistar o título mais importante de sua história.

Estratégia que segurou o 1 a 0 hoje, no estádio de Yokohama, e garantiu a taça do Mundial de Clubes da Fifa.

O Al Ahly (EGI), que bateu o América (MEX) por 2 a 1, ficou em terceiro lugar.

Saíram os "homens de confiança" de Abel e entraram em cena personagens que, antes de o time chegar ao Japão, passavam longe dos holofotes.

O capitão Fernandão, que foi artilheiro do time na Libertadores, fez uma final discreta. Sentiu cãibras e precisou ser substituído.

Alex seria o homem da criação no meio-campo gaúcho. Apagado, deixou a decisão no intervalo e viu o colombiano Vargas assumir o setor.

No ataque, um tímido Alexandre Pato esbarrou no vigor físico da dupla Puyol-Marquez.

Na verdade, quando se esgotaram os 45 minutos iniciais, era evidente que não seria somente com esses atletas que o Inter venceria o poderoso Barcelona de Ronaldinho.

Apesar da aplicação na marcação --Ceará perseguiu o camisa 10 por todo o confronto--, o Inter praticamente não atacou, com exceção de um chute do zagueiro Índio aos 37min.

Do outro lado, Deco orquestrava as principais jogadas ofensivas do clube catalão.

Na primeira mais incisiva, aos 18min, ele deixou a bola passar para que o holandês Van Bronckhorst exigisse complicada defesa de Clemer.

Desajeitado, ele ainda impediu que Ronaldinho marcasse no rebote.
Um minuto depois, uma entrada de Índio em Ronaldinho dentro da grande área gaúcha gerou reclamações dos espanhóis contra o árbitro Carlos Batres, da Guatemala, que não assinalou o suposto pênalti.

Mesmo com o zero no placar, o Barcelona deixou o gramado com a impressão de que o gol era apenas questão de tempo.

Na etapa final, Belletti assumiu o lugar do italiano Zambrotta, lesionado.

Xavi também entrou --na vaga de Thiago Motta--, e veio de seus pés uma das melhores oportunidades para abrir o placar, aos 28min.

Após receber passe de Deco dentro da área, ele pegou de primeira, cruzado, mas Clemer mostrou reflexo e defendeu.

Sem Fernandão, machucado, Alex, apagado, e Pato, intimidado, Abel Braga olhou para o banco. Era hora de botar em prática um plano alternativo.
O treinador, então, apostou nos Adrianos. O mais jovem, de 19 anos, foi o herói da classificação contra o Al Ahly, na semifinal, quando marcou o segundo e decisivo gol da partida.

Mas veio do xará, 17 anos mais velho, o lance capital da decisão. Depois de Iarley puxar rápido contra-ataque e deixar Puyol para trás, Adriano recebeu dentro da área e chutou à esquerda de Valdés, que ainda resvalou na bola antes de vê-la cair dentro da meta espanhola.

Depois, foi segurar a bola e torcer para que Ronaldinho errasse uma cobrança de falta já nos instantes finais.

"Quando ia entrar em campo, o Abel disse que confiava em mim", destacou o dono do confronto momentos após o término da partida.

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