Corinthians e MSI negam acusações e dizem ter agido dentro da lei

O presidente do Corinthians, Alberto Dualib, e a empresa parceira corintiana, MSI, refutaram ontem as denúncias feitas pelo Ministério Público federal e acolhidas pela Justiça federal. Além disso, empresa questiona a decisão de decretar prisão preventiva de seu presidente, Kia Joorabchian, e do diretor Nojan Bedroud.

Tanto a presidência do clube como a MSI se pronunciaram no fim da tarde de ontem por meio de notas oficiais.

A MSI contratou o advogado criminalista Luiz Fernando Pacheco para se defender e também defender seus executivos das acusações.

Na nota oficial divulgada pela assessoria da MSI, Pacheco afirma que, em relação a acusações sobre lavagem de dinheiro, a empresa "sempre agiu estritamente dentro da lei".

O texto classifica ainda a decisão da Justiça federal de acolher o pedido do Ministério Público de prisão preventiva para Kia e Nojan, diretor da MSI, como "absurda, arbitrária e carente de suporte legal".

"Em nenhum momento do inquérito feito pelo Ministério Publico Federal, os senhores Kia e Nojan foram convidados a depor, tendo sido cerceados seus direitos de responder sobre o que estavam sendo acusados. Usaremos de todos os argumentos legais para demonstrar a inocência de ambos e restabelecer a verdade", afirma o advogado da MSI.

Já Dualib falou via site oficial do Corinthians. Em texto assinado por ele, o presidente corintiano nega ter participação em atos ilegais.

"A presidência do Sport Club Corinthians Paulista vem a público reiterar que todos os atos, fatos e documentos que envolveram a relação de administração do departamento de futebol do clube, foram praticados dentro dos princípios da legislação vigente, em especial dos que tratam do registro, contabilização e suas relações com as áreas financeiras, tributárias, fiscais, estando relatados nos balanços patrimoniais auditados e publicados na imprensa local, conforme os esclarecimentos já prestados a respeito", alega a nota.

O vice-presidente corintiano Nesi Curi negou envolvimento no caso. "Não recebi nada, não sei de nada e quem vai cuidar disso é o departamento jurídico. Mas estou tranqüilo. Não tenho nada a temer."

A reportagem tentou localizar Paulo Angioni, ex-diretor da MSI, e o advogado Alexandre Verri, também denunciados, mas eles não foram encontrados.