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26/12/2001 - 08h11

Viradas de mesa mancham imagem da Série B-2001

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PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo

O que parecia o campeonato nacional mais revigorado no final da década de 90 foi em 2001 o torneio mais bagunçado da temporada do futebol brasileiro.

Vitimada pela virada de mesa que criou a Copa João Havelange, a primeira Série B do Nacional do século 21 chafurda na desorganização e vê o público cair praticamente pela metade.

Com uma competição que ainda não definiu todos os seus rebaixados e ameaçada de ter um de seus promovidos à primeira divisão definido no tapetão, a Série B tinha até antes das finais uma média de apenas 3.387 pagantes.

Mesmo sem a divulgação dos números finais pela CBF, já se pode estimar que a média final não passará muito das 3.500 pessoas por jogo na competição.

Situação bem diferente viveu o torneio em 1998, quando as regras foram cumpridas e times de tradição e apelo popular, como Bahia, Fluminense e Santa Cruz, o disputaram. Naquela ocasião, a audiência média da Série B ficou em 6.568 pagantes por partida.

Em 1999, mesmo sem o Fluminense, que estava na terceira divisão do Nacional, o público ficou em patamar parecido.

Essas marcas colocavam a segunda divisão brasileira em um patamar muito parecido com o das grandes potências européias em termos de bilheteria.

Na Itália, por exemplo, a Série B de 1998/1999 teve público médio de 7.500 por encontro. Enquanto isso, nas divisões de elite, o Italiano tinha uma audiência 105% maior do que o Campeonato Brasileiro de três anos atrás.

O que "matou" a Série B foi a virada de mesa que criou a Copa JH em 2000 e "içou" para a primeira divisão times mais tradicionais.

No lugar do Bahia, que levava mais de 20 mil pagantes aos seus jogos em Salvador, e Fluminense, que tinha na segunda divisão mais público do que na primeira, a Série B passou a contar com equipes como Serra (ES) e Malutrom (PR), que também garantiram lugar na competição sem ser por méritos esportivos.

Dessa forma, o que era um atrativo que despertava interesse até das emissoras de televisão se transformou em uma competição que atraiu, na maioria dos jogos, públicos dignos da várzea.

Na primeira fase, cinco partidas tiveram menos de cem torcedores presentes. No duelo entre Serra-ES e XV de Piracicaba, 34 "testemunhas" presenciaram a partida.

Seis equipes tiveram média caseira final inferior a mil pagantes por confronto disputado. O Americano de Campos (RJ) teve a ridícula marca de 202 torcedores nas vezes que atuou em casa.

O único lugar que se motivou com a esvaziada segunda divisão foi o Ceará. Fortaleza e Ceará, os dois clubes do Estado na competição, tiveram as maiores médias de público _ambos beiraram os 10 mil pagantes por jogo e fizeram sete das dez partidas de maior audiência na fase de classificação.

O impacto causado pela virada de mesa na Série B pode ser medido com os números da primeira divisão. Apesar de também ter menos público do que nas últimas edições antes da Copa João Havelange, a queda no torneio da elite não foi tão brusca.

Em 1999, a média de público da primeira divisão do Nacional ficou em 16,7 mil. Agora, esse número deve cair em cerca de 25%.

Leia mais:

  •  Tapetão será o palco final da competição

  •  Política definiu clubes da disputa



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