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COI se move para repassar as medalhas de Marion Jones
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ADALBERTO LEISTER FILHO
da Folha de S.Paulo
O doping de Marion Jones fez o COI (Comitê Olímpico Internacional) criar uma operação de guerra para repassar, o mais rápido possível, as medalhas de Sydney-2000 para suas novas donas.
Não é para menos. Marion Jones haviam se tornado a primeira competidora do atletismo a obter cinco medalhas em uma só Olimpíada. "Será um processo razoavelmente extenso", admite Giselle Davies, porta-voz do COI.
O caso mais trabalhoso será nos revezamentos. As colegas de equipe de Marion que foram bronze no 4 x 100 m e ouro no 4 x 400 m e competiram limpas também teriam que devolver suas comendas.
O Comitê Olímpico dos EUA pediu que as atletas entreguem voluntariamente essas medalhas.
Outro empecilho está nos 100 m. Com a cassação do ouro de Marion, a campeã seria Ekaterini Thanou. O problema é que a grega sofreu punição por doping antes dos Jogos de Atenas-2004, e é malvisto entre dirigentes colocar um ouro no pescoço de quem já foi punida.
A jamaicana Tanya Lawrence, bronze naquela prova, reivindica o status de mulher mais rápida do mundo em Sydney-2000.
"Todas essas atletas estão sujas. Para mim, está claro que a única competidora realmente limpa foi a medalhista de bronze", defende Tony Campbell, agente de Tanya.
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