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27/04/2002
-
17h54
ALEC DUARTE
WAGNER EUFROSINO
da Folha Online
Foi um jogo eletrizante do início ao fim. Mas o regulamento esdrúxulo do Torneio Rio-São Paulo fez com que o juiz Carlos Eugênio Simon se transformasse no principal personagem do clássico, apagando o alto nível técnico de São Paulo e Palmeiras, que empataram em 2 a 2, nesta tarde, no Morumbi.
Isso porque com os sete cartões que a equipe do Parque Antarctica recebeu nos dois jogos das semifinais, o time do Morumbi, que teve quatro advertências, se classificou para a final do principal interestadual do país. Seu adversário na decisão será conhecido amanhã, entre Corinthians e São Caetano.
Para agravar ainda mais o regulamento criado pelo presidente da Liga Rio-São Paulo, Eduardo José Farah, e aprovado pelos dirigentes dos clubes participantes, o São Paulo vai à decisão apesar de ter recebido mais cartões que o adversário na primeira fase da competição.
O gol que assegurou a vaga ao time comandado pelo técnico Nelsinho Baptista foi marcado pelo lateral-esquerdo Gustavo Nery, quando restavam nove minutos para o término do jogo. O goleiro Rogério Ceni, de falta, abriu o placar. Ainda no primeiro tempo, o atacante Christian e o volante Magrão viraram para a equipe de Wanderley Luxemburgo.
O jogo
A partida foi emocionante desde seu primeiro minuto e o gol não demorou para sair. Logo aos 5min, Souza sofreu falta de Daniel e Rogério Ceni foi para a cobrança. O goleiro pegou mal na bola, que passou por baixo da barreira palmeirense e entrou.
Animado, o São Paulo continuou atacando e teve duas chances de ampliar a vantagem nos minutos seguintes, mas Gustavo Nery chutou em cima de Marcos, após um lindo toque de calcanhar de Kaká, e Reinaldo errou o gol por alguns centímetros, em um chute colocado da entrada da área.
Aos poucos o Palmeiras foi equilibrando e, depois, tomando conta do jogo. Depois de criar dois lances perigosos, com Muñoz e César, o time alcançou o empate aos 23min, em um lance de sua especialidade. Arce cobrou escanteio e Christian se antecipou à zaga adversária para cabecear e superar Rogério Ceni.
Três minutos depois, o gol da virada. Muñoz chutou errado, mas a bola sobrou para Magrão na área, que dominou e tocou rasteiro na saída do goleiro são-paulino.
O gol deixou o São Paulo desorientado em campo no restante do primeiro tempo. O time começou a errar muitos passes e não conseguia chegar ao gol de Marcos. Mas com as entradas de Adriano e Lúcio Flávio na segunda etapa, a equipe melhorou, ainda que lentamente.
Marcos começou a trabalhar mais e fez pelo menos duas boas defesas. A primeira em uma cabeçada de Reinaldo, e depois em uma de Adriano. Antes, o goleiro palmeirense só acompanhou o chute do meia reserva passar rente à sua trave.
A partir do 12º minuto o futebol ficou de lado e o que passou a ganhar importância eram os cartões. O Palmeiras, mesmo com a vantagem no placar, mostra-se nervoso e cometeu várias faltas. Consequentemente, foi punido. O juiz Carlos Eugênio Simon distribuiu quatro amarelos para os palmeirenses, e dois, para os são-paulinos.
Com a vantagem nos cartões assegurada, o São Paulo partiu para cima do rival, já que o empate garantia a equipe na final. E o gol da classificação veio, a nove minutos do final. Adriano cobrou falta da direita e Gustavo Nery, no segundo pau, subiu para cabecear e empatar. O jogador, que um dia foi considerado uma "laranja podre" por Nelsinho Baptista, colocou o São Paulo na decisão.
PALMEIRAS
Marcos; Arce, Alexandre, César e Daniel (Galeano); Paulo Assunção, Magrão (Lopes), Claudecir (Taddei) e Alex; Christian e Muñoz.
Técnico: Wanderley Luxemburgo
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Gabriel (Lúcio Flávio), Jean, Emerson e Gustvo Nery; Fábio Simplício (Sandro Hiroshi), Maldonado, Belletti e Souza (Adriano); Kaká e Reinaldo
Técnico: Nelsinho Baptista
Local: Morumbi, em São Paulo
Juiz: Carlos Eugênio Simon (Fifa-RS)
Cartões amarelos: César, Galeano, Paulo Assunção e Alex (P); Fábio Simplício e Kaká (SP)
Gols: Rogério Ceni, aos 5min, Christian, aos 23min, Magrão, aos 26min do primeiro tempo, e Gustavo Nery, aos 36min do segundo
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Regulamento esdrúxulo coloca o São Paulo na final do Rio-SP
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WAGNER EUFROSINO
da Folha Online
Foi um jogo eletrizante do início ao fim. Mas o regulamento esdrúxulo do Torneio Rio-São Paulo fez com que o juiz Carlos Eugênio Simon se transformasse no principal personagem do clássico, apagando o alto nível técnico de São Paulo e Palmeiras, que empataram em 2 a 2, nesta tarde, no Morumbi.
Isso porque com os sete cartões que a equipe do Parque Antarctica recebeu nos dois jogos das semifinais, o time do Morumbi, que teve quatro advertências, se classificou para a final do principal interestadual do país. Seu adversário na decisão será conhecido amanhã, entre Corinthians e São Caetano.
Para agravar ainda mais o regulamento criado pelo presidente da Liga Rio-São Paulo, Eduardo José Farah, e aprovado pelos dirigentes dos clubes participantes, o São Paulo vai à decisão apesar de ter recebido mais cartões que o adversário na primeira fase da competição.
O gol que assegurou a vaga ao time comandado pelo técnico Nelsinho Baptista foi marcado pelo lateral-esquerdo Gustavo Nery, quando restavam nove minutos para o término do jogo. O goleiro Rogério Ceni, de falta, abriu o placar. Ainda no primeiro tempo, o atacante Christian e o volante Magrão viraram para a equipe de Wanderley Luxemburgo.
O jogo
A partida foi emocionante desde seu primeiro minuto e o gol não demorou para sair. Logo aos 5min, Souza sofreu falta de Daniel e Rogério Ceni foi para a cobrança. O goleiro pegou mal na bola, que passou por baixo da barreira palmeirense e entrou.
Animado, o São Paulo continuou atacando e teve duas chances de ampliar a vantagem nos minutos seguintes, mas Gustavo Nery chutou em cima de Marcos, após um lindo toque de calcanhar de Kaká, e Reinaldo errou o gol por alguns centímetros, em um chute colocado da entrada da área.
Aos poucos o Palmeiras foi equilibrando e, depois, tomando conta do jogo. Depois de criar dois lances perigosos, com Muñoz e César, o time alcançou o empate aos 23min, em um lance de sua especialidade. Arce cobrou escanteio e Christian se antecipou à zaga adversária para cabecear e superar Rogério Ceni.
Três minutos depois, o gol da virada. Muñoz chutou errado, mas a bola sobrou para Magrão na área, que dominou e tocou rasteiro na saída do goleiro são-paulino.
O gol deixou o São Paulo desorientado em campo no restante do primeiro tempo. O time começou a errar muitos passes e não conseguia chegar ao gol de Marcos. Mas com as entradas de Adriano e Lúcio Flávio na segunda etapa, a equipe melhorou, ainda que lentamente.
Marcos começou a trabalhar mais e fez pelo menos duas boas defesas. A primeira em uma cabeçada de Reinaldo, e depois em uma de Adriano. Antes, o goleiro palmeirense só acompanhou o chute do meia reserva passar rente à sua trave.
A partir do 12º minuto o futebol ficou de lado e o que passou a ganhar importância eram os cartões. O Palmeiras, mesmo com a vantagem no placar, mostra-se nervoso e cometeu várias faltas. Consequentemente, foi punido. O juiz Carlos Eugênio Simon distribuiu quatro amarelos para os palmeirenses, e dois, para os são-paulinos.
Com a vantagem nos cartões assegurada, o São Paulo partiu para cima do rival, já que o empate garantia a equipe na final. E o gol da classificação veio, a nove minutos do final. Adriano cobrou falta da direita e Gustavo Nery, no segundo pau, subiu para cabecear e empatar. O jogador, que um dia foi considerado uma "laranja podre" por Nelsinho Baptista, colocou o São Paulo na decisão.
PALMEIRAS
Marcos; Arce, Alexandre, César e Daniel (Galeano); Paulo Assunção, Magrão (Lopes), Claudecir (Taddei) e Alex; Christian e Muñoz.
Técnico: Wanderley Luxemburgo
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Gabriel (Lúcio Flávio), Jean, Emerson e Gustvo Nery; Fábio Simplício (Sandro Hiroshi), Maldonado, Belletti e Souza (Adriano); Kaká e Reinaldo
Técnico: Nelsinho Baptista
Local: Morumbi, em São Paulo
Juiz: Carlos Eugênio Simon (Fifa-RS)
Cartões amarelos: César, Galeano, Paulo Assunção e Alex (P); Fábio Simplício e Kaká (SP)
Gols: Rogério Ceni, aos 5min, Christian, aos 23min, Magrão, aos 26min do primeiro tempo, e Gustavo Nery, aos 36min do segundo
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