Grega suspensa herda medalha de Marion Jones em Mundial

Uma medalha de prata retirada da norte-americana Marion Jones por doping deverá ser concedida à velocista grega Katerina Thanou, também condenada por violação das leis antidoping, informou nesta sexta a Segas (Federação Grega de Atletismo).

O presidente da Segas, Vassilis Sevastis, afirmou que a medalha de prata conquistada por Jones no Mundial de 2001, em Edmonton (Canadá), quando superou Thanou na decisão, chegou na quarta-feira à capital grega.

A Iaaf (Federação Internacional de Atletismo) decidiu conceder a medalha a Thanou no final de março, já que Jones reconheceu ter se dopado entre setembro de 2000 e julho de 2001.

"Legalmente, não temos escolha. Não há provas de que Thanou tenha se dopado durante o período em questão", explicou o porta-voz da Iaaf, Nick Davies.

Thanou foi excluída, ao lado do também velocista grego Costas Kenteris, dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, por ter se negado a se submeter a um exame antidoping às vésperas do início do evento. Como já era a terceira vez que tomava essa atitude, foi suspensa por dois anos.

Vice-campeã olímpica dos 100 m rasos em Sydney-2000, Thanou poderá herdar também a medalha de ouro conquistada por Jones na prova, embora o COI (Comitê Olímpico Internacional) hesite em tomar essa medida.

Jones cumpre atualmente uma pena de seis meses de prisão por ter mentido para investigadores do FBI sobre suas práticas de doping.

Junto com Kenteris, Thanou também deve responder por perjúrio ante a justiça grega, porém este processo já foi adiado em duas ocasiões.