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15/09/2002 - 15h52

Guga quebra jejum de 13 meses e é campeão em casa

da Folha Online

Depois de 13 longos meses de sua última conquista, no mais doloroso jejum de sua carreira, Gustavo Kuerten voltou a ser campeão de um torneio da ATP Tour e se tornou o primeiro brasileiro a vencer um título de um torneio da principal série do circuito mundial disputado no país.

POA Press

Guga vibra e ergue sua 17ª taça

Na decisão do Torneio da Costa do Sauípe, na Bahia, após mais de três horas de jogo e debaixo de um calor de mais de 40º C, Guga bateu o argentino Guillermo Coria por 2 sets a 1, com parciais de 6/7 (4/7), 7/5 e 7/6 (7/2).

Na semana em que completou 26 anos (na terça-feira, dia 10), Guga vence seu primeiro título no ano, o quarto disputado em quadras sintéticas e o 17º da carreira.

Clique aqui para conferir o jogo set-a-set.

Desde o dia 12 de agosto de 2001, quando derrotou o australiano Patrick Rafter e foi campeão do Masters Series de Cincinnati, Guga não erguia uma taça. Foi o segundo período mais longo sem conquistas desde que o tenista catarinense despontou para o mundo, em 1997, vencendo como azarão o título do Aberto da França, em Roland Garros.

De lá para cá, nunca mais chegou tão longe. No total, descontada a campanha na Bahia, foram 40 jogos, com 18 vitórias e 22 derrotas. Depois da queda no Aberto dos EUA-2001, Guga amargou a pior sequência de derrotas de sua carreira _cinco consecutivas (quatro em estréias) e nove em dez jogos_, perdeu o topo dos rankings da ATP para Lleyton Hewitt, operou o quadril e ficou dois meses afastado das quadras.

Após a artroscopia realizada em fevereiro, Kuerten voltou timidamente. Em Roland Garros, perdeu uma invencibilidade de três anos e 17 jogos nas oitavas-de-final. No segundo semestre, desabou no ranking de entradas e passou a ocupar suas piores posições na lista desde que despontou para o mundo, em 1997, vencendo seu primeiro título do Grand Slam francês.

A "ressurreição" do primeiro sul-americano que terminou uma temporada como número um do mundo começou no Aberto dos EUA, há duas semanas. O catarinense venceu o russo Marat Safin na segunda rodada e obteve sua primeira vitória contra um top ten em mais de um ano. Depois, caiu nas oitavas, derrotado pelo holandês Sjeng Schalken, que só perderia para Pete Sampras, o campeão do Grand Slam.

O jogo
A decisão da Costa do Sauípe foi disputada ponto-a-ponto, com intermináveis trocas de bola no fundo da quadra e lances espetaculares de ambos os lados.

Apesar de não sacar bem e só ter conseguido um ace no primeiro set, Guga começou muito bem o jogo e com duas quebras de serviço abriu 4/1. Mas Coria reagiu e também venceu dois break-points e empatou a disputa.

Equilibrada, a partida foi para o tie-break, e o argentino conquistou apenas um mini-break, mas foi o suficiente para vencer a parcial.

No segundo set, depois de um começo instável, Guga melhorou seu serviço, pouco foi ameaçado e no 11º game conquistou a quebra com a qual venceria a parcial por 7/5.

O terceiro set manteve o nível da disputa. Guga saiu na frente com uma quebra no primeiro game de serviço do argentino e deu a impressão de que venceria fácil. Mas Coria reagiu no oitavo game e chegou a ter um match-point no saque do brasileiro.

Guga se recuperou com bons saques e lances magistrais, como um lob que caiu no meio da quadra. Com a torcida do seu lado, o brasileiro manteve seu saque e forçou novo tie-break.

No desempate decisivo, Guga conquistou apenas um mini-break, teve uma bola duvidosa conferida ao argentino e mesmo assim abriu 5/2. Foi quando Coria cometeu uma dupla falta e deu o match-point ao brasileiro. No ponto final, um erro não-forçado garantiu a vitória de Kuerten.

Mais tarde, ainda hoje, Guga volta à quadra central do complexo da Costa do Sauípe para disputar a final de duplas, ao lado de André Sá e contra o norte-americano Scott Humphries e o bahamense Mark Merklein.

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