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23/03/2003
-
19h54
RODRIGO BERTOLOTTO
da Folha de S.Paulo
Kaká chorou por não jogar. E a missão de se lamuriar pelo vice-campeonato paulista coube a Oswaldo de Oliveira e a Ricardinho, porta-vozes do São Paulo.
Os dois afirmaram temer que o desalento do time contamine a atuação pela Copa do Brasil.
A reação tem de ser rápida, afinal, quarta-feira o adversário é o Gama, em Brasília.
"Temos de sentir a dor de uma derrota. Todo mundo fica chateado, não é só o torcedor", disse Ricardinho, que admitiu que seu atual time é "freguês" de sua ex-equipe. "É lógico que todos ficaram chateados e é assim que deve ser", completou o meia.
Suas palavras de alento, porém, vêm em forma de chavão: "A vida continua". A mesma frase foi usado pelo treinador.
Oliveira sabe que o aspecto psicológico está afetando os são-paulinos. Eles se deixaram levar pelas provocações corintianos e entraram em campo com os nervos à flor da pele. A expulsão prematura de Reinaldo, irritado com Vampeta, é prova disso.
Tanto a raiva quanto o abatimento foram reações diante das condições adversas. "O ser humano sofre a influência da altitude, da temperatura, da umidade e também do lado psicológico. Pode reduzir a produtividade de um jogador", afirmou Oliveira.
Segundo o supervisor da equipe, Marco Aurélio Cunha, o clima nos bastidores do Morumbi é de tristeza e conformismo com a superioridade do oponente. O lateral -direito Gabriel traduziu o sentimento: "Corremos muito, mas só isso não foi suficiente para vencermos o Corinthians".
Espantando o fantasma da demissão, Oliveira também encarou o tropeço como normal. "A derrota para o Corinthians, realmente, não pode nos influenciar. É claro que todo mundo vai sentir porque somos seres humanos."
E resumiu: "Precisamos trabalhar o lado emocional. Vamos sentir, sim. Mas isso não pode influenciar. Se você não consegue se reerguer, é melhor parar porque é assim que funciona".
Além da cabeça, o São Paulo não está bem do pé também. Kaká chorou ao saber que não poderia jogar a final e seria desconvocado para o amistoso da seleção.
A informação foi dada pelo médico são-paulino, José Sanchez, que disse que o meia mal conseguia andar e ficaria três semanas sem jogar. Mesmo com esse diagnóstico, Kaká, assistindo à partida das tribunas, pulou muito nos gols e mostrou disposição também para discutir com uma torcedora são-paulina que, sem apresentar a histeria comum às kakazetes, criticou o time. Seguranças separaram Kaká da confusão.
"Pela idade, é um rapaz muito responsável. É até difícil dizer o quanto ele queria jogar essa partida", disse o médico.
Já o goleiro Rogério se contundiu no final da partida, no choque com Jorge Wagner, no terceiro gol corintiano. O são-paulino recebeu cinco pontos cirúrgicos na ferida que ganhou no joelho. Ele deve ser substituído por Roger para a partida pela Copa do Brasil.
O time também tem no departamento médico o lateral-direito Leonardo. Já o atacante Luis Fabiano ainda se queixa do joelho.
Especial
Copa do Brasil
São Paulo admite que desânimo pode atrapalhar na Copa do Brasil
PAULO GALDIERIRODRIGO BERTOLOTTO
da Folha de S.Paulo
Kaká chorou por não jogar. E a missão de se lamuriar pelo vice-campeonato paulista coube a Oswaldo de Oliveira e a Ricardinho, porta-vozes do São Paulo.
Os dois afirmaram temer que o desalento do time contamine a atuação pela Copa do Brasil.
A reação tem de ser rápida, afinal, quarta-feira o adversário é o Gama, em Brasília.
"Temos de sentir a dor de uma derrota. Todo mundo fica chateado, não é só o torcedor", disse Ricardinho, que admitiu que seu atual time é "freguês" de sua ex-equipe. "É lógico que todos ficaram chateados e é assim que deve ser", completou o meia.
Suas palavras de alento, porém, vêm em forma de chavão: "A vida continua". A mesma frase foi usado pelo treinador.
Oliveira sabe que o aspecto psicológico está afetando os são-paulinos. Eles se deixaram levar pelas provocações corintianos e entraram em campo com os nervos à flor da pele. A expulsão prematura de Reinaldo, irritado com Vampeta, é prova disso.
Tanto a raiva quanto o abatimento foram reações diante das condições adversas. "O ser humano sofre a influência da altitude, da temperatura, da umidade e também do lado psicológico. Pode reduzir a produtividade de um jogador", afirmou Oliveira.
Segundo o supervisor da equipe, Marco Aurélio Cunha, o clima nos bastidores do Morumbi é de tristeza e conformismo com a superioridade do oponente. O lateral -direito Gabriel traduziu o sentimento: "Corremos muito, mas só isso não foi suficiente para vencermos o Corinthians".
Espantando o fantasma da demissão, Oliveira também encarou o tropeço como normal. "A derrota para o Corinthians, realmente, não pode nos influenciar. É claro que todo mundo vai sentir porque somos seres humanos."
E resumiu: "Precisamos trabalhar o lado emocional. Vamos sentir, sim. Mas isso não pode influenciar. Se você não consegue se reerguer, é melhor parar porque é assim que funciona".
Além da cabeça, o São Paulo não está bem do pé também. Kaká chorou ao saber que não poderia jogar a final e seria desconvocado para o amistoso da seleção.
A informação foi dada pelo médico são-paulino, José Sanchez, que disse que o meia mal conseguia andar e ficaria três semanas sem jogar. Mesmo com esse diagnóstico, Kaká, assistindo à partida das tribunas, pulou muito nos gols e mostrou disposição também para discutir com uma torcedora são-paulina que, sem apresentar a histeria comum às kakazetes, criticou o time. Seguranças separaram Kaká da confusão.
"Pela idade, é um rapaz muito responsável. É até difícil dizer o quanto ele queria jogar essa partida", disse o médico.
Já o goleiro Rogério se contundiu no final da partida, no choque com Jorge Wagner, no terceiro gol corintiano. O são-paulino recebeu cinco pontos cirúrgicos na ferida que ganhou no joelho. Ele deve ser substituído por Roger para a partida pela Copa do Brasil.
O time também tem no departamento médico o lateral-direito Leonardo. Já o atacante Luis Fabiano ainda se queixa do joelho.
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